sexta-feira, 24 de julho de 2009
João Calvino sobre a Excelência dos Salmos
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto1
Na Dedicatória ao seu comentário sobre os Salmos, João Calvino confessa que palavras não podem transmitir a maravilha desse livro inspirado: "As riquezas variadas e esplêndidas que compõem este tesouro não são algo fácil de se expressar em palavras … cuja grandeza não admite permanecer completamente velada."2
Para Calvino, os Salmos eram um livro único no cânon da Sagrada Escritura.
Não existe outro livro onde mais se expressem e magnifiquem as celebrações divinas, seja da liberalidade de Deus sem paralelo em favor de sua Igreja, seja de todas as suas obras. Não há nenhum outro livro em que haja registrados tantos livramentos, nenhum outro em que as evidências e as experiências da providência paternal e a solicitude que Deus exerce para conosco sejam celebradas com tanto esplendor de expressão e ao mesmo tempo com a mais estrita aderência à verdade. Em suma, não há outro livro em que somos mais perfeitamente instruídos na correta maneira de louvar a Deus, ou em que somos mais poderosamente estimulados à realização desse sacro exercício.3
Os Salmos são cheios das riquezas da doutrina bíblica, e os santos encontram neles grande bem-aventurança e paz.
Numa palavra, aqui não só encontraremos enaltecimento à bondade de Deus, a qual tem por meta ensinar aos verdadeiros crentes a confiadamente buscarem nele, de todo o seu coração, auxílio em todas as suas necessidades. Mas também descobriremos que a graciosa remissão dos pecados, a qual é o único meio de reconciliação entre Deus e nós, e a qual restaura nossa paz com ele, é tão demonstrada e manifesta, como se aqui nada mais faltasse em relação ao conhecimento da eterna salvação.4
O reformador de Genebra via nos Salmos uma preparação para a piedade cristã vital, principalmente o "levar a cruz." Indubitavelmente ele estava pensando nas palavras do Senhor Jesus e "todo o curso da vida de Davi."5
Além do mais, ainda que os Salmos estejam repletos de todo gênero de preceitos que servem para estruturar nossa vida a fim de que a mesma seja saturada de santidade, de piedade e de justiça, todavia eles principalmente nos ensinarão e nos exercitarão para podermos levar a cruz; e levar a cruz é uma genuína prova de nossa obediência, visto que, ao fazermos isso, renunciamos a liderança de nossas próprias afeições e nos submetemos inteiramente a Deus, permitindo-lhe nos governar e dispor de nossa vida segundo os ditames de sua vontade, de modo que as aflições que são as mais amargas e mais severas à nossa natureza se nos tornem suaves, porquanto procedem dele.6
Uma característica notável do livro de Salmos, na estima de Calvino, é que eles cobrem todo o âmbito das emoções e fraquezas cristãs, expondo nosso coração ao olho perscrutador de nosso Pai no céu e nos chamando ou atraindo ao auto-exame. "Tenho por costume," escreve Calvino, "denominar este livro – e creio não de forma incorreta – de: ‘Uma Anatomia de Todas as Partes da Alma.’" Ele explica a razão para esse título perspicaz:
… não há sequer uma emoção da qual alguém porventura tenha participado que não esteja aí representada como num espelho. Ou, melhor, o Espírito Santo, aqui, extirpa da vida todas as tristezas, as dores, os temores, as dúvidas, as expectativas, as preocupações, as perplexidades, enfim, todas as emoções perturbadas com que a mente humana se agita. As demais partes da Escritura contêm os mandamentos, os quais Deus ordenou a seus servos que no-los anunciassem. Aqui, porém, os profetas mesmos, visto que nos são descritos falando com Deus e pondo a descoberto todos os seus mais íntimos pensamentos e afeições, convidam ou, melhor, atraem cada um de nós a fazer um exame de si mesmo individualmente, a fim de que nenhuma das muitas debilidades a que estamos sujeitos, e nenhum dos muitos vícios aos quais estamos jungidos, permaneça oculto. Com toda certeza é uma rara e singular vantagem quando todos os esconderijos se põem a descoberto e o coração é trazido à claridade e purgado da mais perniciosa das infecções – a hipocrisia!7
A partir disso, Calvino louva os Salmos por seu ensino concernente à oração cristã. Ele fala brilhantemente do privilégio e acesso que temos às cortes do Onipotente:
… pareceu-me ser indispensável mostrar… que este livro nos torna notório este privilégio, o qual é desejável acima de todos os demais, a saber: que não só nos é franqueado aquele familiar acesso à presença de Deus, mas também que temos permissão e nos é concedida a liberdade de pôr a descoberto diante dele aquelas nossas fraquezas que teríamos vergonha de confessar diante dos homens.8
Ele continua para falar da utilidade dos Salmos como um auxílio para a genuína e fervorosa oração, pois "é através de uma atenta leitura dessas composições inspiradas que os homens serão mais eficazmente despertados para a consciência de suas enfermidades, e, ao mesmo tempo, instruídos a buscar o antídoto para sua cura."9 Isso é impressionante, visto que muitos vêem o cântico Reformado dos Salmos como um obstáculo à súplica real. "A verdadeira oração," eles dizem, "é estimulada pelo cântico de hinos" (de composição humana). O grande Reformador tinha outra opinião: "Numa palavra, tudo quanto nos serve de encorajamento, ao nos pormos a buscar a Deus em oração, nos é ensinado neste livro."10 O crente reconhecerá a verdade dessas palavras na conexão vital entre os Salmos (lidos e cantados) e a oração fervorosa:
A genuína e fervorosa oração provém, antes de tudo, de um real senso de nossa necessidade, e, em seguida, da fé nas promessas de Deus. É através de uma atenta leitura dessas composições inspiradas que os homens serão mais eficazmente despertados para a consciência de suas enfermidades, e, ao mesmo tempo, instruídos a buscar o antídoto para sua cura. Numa palavra, tudo quanto nos serve de encorajamento, ao nos pormos a buscar a Deus em oração, nos é ensinado neste livro. E não é só o caso de as promessas divinas nos serem apresentadas nele, mas às vezes se nos exibe, por assim dizer, uma posição entre os convites de Deus, por um lado, e os empedimentos da carne, por outro, envolvendo-nos e preparando-nos para a oração. Desse modo ensinando-nos – se porventura em qualquer tempo formos agitados por forte gama de dúvidas – a resistir e lutar contra tais empedimentos, até que a alma, libertada e desembaraçada de todos eles, se ponha diante de Deus; e não só isso, mas que, mesmo em meio às dúvidas, os temores e as apreensões, envidemos todo o nosso esforço em orar, até que experimentemos alguma consolação que venha acalmar e trazer refrigério às nossas mentes.11
Calvino identifica os Salmos como a melhor ajuda na oração: "a melhor e mais inerrante regra para guiar-nos nesse exercício não poder ser encontrada em outra parte senão nos Salmos" (p. 34). Sobre essa base, ela chega a uma conclusão importante:
Em suma, como invocar a Deus é um dos principais meios de garantir nossa segurança, e como a melhor e mais inerrante regra para guiar-nos nesse exercício não poder ser encontrada em outra parte senão nos Salmos, segue-se que em proporção à proficiência que uma pessoa haja alcançado em compreendê-los, terá também alcançado o conhecimento da mais importante parte da doutrina celestial.12
Se isso é verdade, devemos confessar o quanto precisamos dos Salmos! Podemos tê-los em excesso, se a oração cristã (que o Catecismo de Heidelberg, Dia do Senhor 45, chama de "a parte principal da gratidão, que Deus requer de nós") é tão forte ou fraca quanto a nossa compreensão sincera dos Salmos? O raciocínio de Calvino aqui deveria nos estimular a ler, cantar e meditar nos Salmos. Está o Reformador de Genebra aqui identificando o problema com a oração em nosso país? A ignorância dos Salmos e a popularidade dos hinos modernos não-inspirados?
Sem dúvida, Calvino elogia os Salmos não somente com respeito à doutrina, piedade e oração cristã, mas também adoração. Além de regulamentar nossa adoração, os Salmos nos asseguram que Deus se deleita na adoração bíblica sincera.
Além disso, temos também aqui prescrito uma regra infalível a nos orientar sobre a maneira correta de oferecer a Deus o sacrifício de louvor, o qual ele declara ser a coisa mais preciosa aos seus olhos e o mais agradável dos aromas.13
Os Salmos não somente nos ensinam o caminho aceitável de louvar a Deus, mas também nos despertam nesse chamado pelo Espírito Santo.
… em suma, não há outro livro em que somos mais perfeitamente instruídos na correta maneira de louvar a Deus, ou em que somos mais poderosamente estimulados à realização desse sacro exercício.14
Assim, de acordo com Calvino, nunca haverá algo como um cântico "morto" de Salmos na igreja de Cristo!
O próprio Calvino entendeu as implicações da excelência dos Salmos com respeito ao conteúdo do cântico da igreja. Em seu Prefácio ao Saltério de Genebra (1543), ele argumenta:
Pois aquilo que S. Agostinho disse é verdadeiro, que ninguém é capaz de cantar algo digno de Deus, exceto o que recebemos dele. Portanto, quando procurarmos diligentemente, aqui e ali, não iremos encontrar cânticos melhores, por mais apropriados que sejam os seus propósitos, do que os Salmos de Davi, que o Espírito Santo falou e preparou através dele. Assim, cantando-os podemos estar seguros que nossas palavras vêm de Deus, como se ele cantasse em nós para sua própria exaltação.
Fonte: John Calvin on the Excellence of the Psalms
1E-mail para contato: felipe@monergismo.com. Traduzido em outubro/2007.
2João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo, Paracletos, 1999, Vol. 1, p. 33.
3Ibid., p. 35-36.
4Ibid., p. 36.
5Ibid., p. 42.
6Ibid., p. 36.
7Ibid., p. 33.
8Ibid., p. 35.
9Ibid., p. 34.
10Ibid., p. 34.
11Ibid., p. 34.
12Ibid., p. 33-34.
13Ibid., p. 35.
14Ibid., p. 35-36.
Para ler mais click aqui:
Enfrentando as Adversidades - Pr. Douglas Freitas
Referência Bíblica: Mt 15.21 a 28
Em nossas vidas enfrentamos muitas adversidades, lutas e obstáculos. Dia após dia lutamos para vencer e superar dificuldades. Uma adversidade fica para trás e sentimos alívio, mas logo outra aparece em seu lugar. Há momentos em que surgem adversidades maiores e as lutas se agigantam de tal forma diante de nós, que nos perguntamos se teremos vitória.
Na Roma antiga havia um adágio que dizia: "Ai dos vencidos". O lema dos romanos era sempre a vitória. No texto bíblico lido, vemos a história de uma mulher que perseverou e também não aceitou sair derrotada da situação adversa. Ela enfrentou grandes obstáculos e teve vitória.
Hoje em dia, temos lutas. Lutamos contra o diabo, o mundo e a carne. O diabo já foi vencido na Cruz do Calvário, mas uma luta diária é travada contra nossa carne, convivemos com este adversário diariamente, lutando contra desejos, pensamentos, impulsos e sentimentos.
Mas cremos que com a graça de Deus, conseguiremos superar todos os obstáculos, assim como aquela mulher superou. Vejamos então o exemplo dela, os dramas e obstáculos que ela teve de superar para chegar à vitória.
1° - (v.23) O Sentimento de não ser ouvida.
Diante de um terrível problema, aquela mulher clamou e teve de enfrentar o silêncio de Jesus. Há tempos em que clamamos e não conseguimos ouvir a voz de Deus. Ele fica em silêncio e há uma sensação de solidão, uma angústia.
A Bíblia cita algumas situações assim. Como quando os hebreus passaram 430 anos no cativeiro até vir a libertação. Ou como quando após Elias clamar parou de chover em Israel e depois de um longo período, Elias orou sete vezes até que Deus enviasse chuva. Em outra ocasião Lázaro estava doente e, suas irmãs, Marta e Maria, mandaram chamar Jesus. O Senhor não respondeu nada. Lázaro morreu e após quatro dias Jesus foi ao encontro delas. Elas disseram para o Ele que se Ele estivesse lá, Lázaro não teria morrido. Então Jesus ressuscitou a Lázaro.
Talvez você esteja com este sentimento de não ser ouvido, mas saiba que o nosso Deus tem ouvidos e ouve. Mais breve do que você pensa, o Senhor te responderá trazendo vitória à tua vida.
2° - (v.24) Sentimento de Rejeição.
Jesus disse àquela mulher que havia vindo para as ovelhas perdidas da casa de Israel. E ela era gentia.
Muitas pessoas estão passando por dramas e problemas e tem convivido com este sentimento de rejeição. Gideão estava vivendo este sentimento, ele se via como o menor na casa de seu pai e o anjo lhe disse: "o Senhor é contigo, Varão valoroso". Samuel foi enviado por Deus à casa de Jessé para ungir, dentre seus filhos, o futuro rei de Israel.Todos foram trazidos menos Davi. A própria família não lhe dava valor.
Talvez em sua casa, ou no ambiente que você freqüenta, você se sinta rejeitado, discriminado e sente que ninguém acredita em você. Talvez você ache que até Deus deixou de te amar, perdeu a esperança.
Aquela mulher estava em desespero e primeiro teve de enfrentar o silêncio de Jesus, depois se sentiu rejeitada. Mas ela não desistiu com mais este obstáculo. Ainda que você se sinta rejeitado, o teu Deus te chama:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." (Mateus 11.28-30)
"Porque, quando meu pai e minha mãe me desampararem, o SENHOR me recolherá." (Salmo 27.10)
Você pode ser rejeitado até pela sua família, mas o teu Deus não te rejeitará.
3° - (v.26) Sentimento de humilhação.
A expressão "cachorrinhos" usada por Jesus era comumente usada para designar os pagãos. Para aquela mulher foi uma humilhação.
Talvez você esteja se sentindo humilhado pela situação adversa que está vivendo. O diabo quer se aproveitar da luta para te fazer sentir para baixo, humilhado. Mas Jesus disse:
"... porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado." (Lucas 18.14)
"Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará." (Tiago 4.10)
Você pode estar momentaneamente passando por um momento de censura, vergonha e humilhação, mas o teu Deus trará dupla honra no lugar da vergonha. Ele trará restituição e te fará sair da humilhação.
Diante destes três obstáculos muitos teria desistido. Quando enfrentam o silêncio de Deus, o sentimento de rejeição e o de humilhação. Aquela mulher enfrentou todos aqueles obstáculos e não desistiu, mas superou porque:
1) Porque ela via além das crises.
Pela fé veja Deus operando em teu favor. Enxergue a tua bênção em nome de Jesus.
2) Porque ela não aceitava outra coisa além da vitória.
Haverá obstáculos e cadeias, mas com fé na vitória, supere e rompa em nome de Jesus.
3) Esta mulher não via problemas, só via soluções.
Ela não viu problemas nas três tentativas frustradas, nos problemas ela via soluções. Eu não sei qual é o teu problema, mas sei que em Cristo Jesus há solução e vitória para a tua vida.
4) Ela não aceitava a derrota, a vitória era o seu lema.
Se ela aceitasse a derrota, teria desistido no primeiro obstáculo. Muitos desistem quando estão perto de receber a bênção, mas não foi o caso desta mulher. Assim como ela, não aceite a derrota, nosso lema é a vitória para a glória de Deus.
"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Rm 8.35-39)
Ela via além das crises e não aceitava outra coisa além da vitória. Não via problemas, só soluções e não aceitava a derrota, mas a vitória era o seu lema. Ela respondeu para Jesus que até os cachorrinhos comem as migalhas que caem da mesa de seus senhores. Por isso ela recebeu a bênção e o milagre que desejava. Jesus disse a ela: "Grande é a tua fé" e, desde àquela hora o demônio abandonou a vida da filha daquela mulher.
Quando Jesus declara a vitória, não há demônio que resista, todos tem que sair. Não valorize as obras do diabo, Jesus veio desfaze-las e veio para que tenhamos vida e vida com abundância.
Se você está vivenciando um drama, não tem ouvido a voz do Senhor, está se sentindo rejeitado e humilhado, o Senhor hoje te restaura para que você veja além das crises e tenha vitória em nome de Jesus.
Aquela velha opinião formada sobre tudo
Existem pessoas que acham que sabem de tudo um pouco. Para estas o mais importante é emitir sua opinião. Nesta perspectiva, os sabichões da existência discutem futebol, hóquei no gelo, literatura, matemática, engenharia, medicina, música e até teologia. Basta aparecer uma pequena discussão que lá vem o palpiteiro com suas idéias e percepções querendo impor sua sabedoria aos “incautos debatedores”. O pior é que em tempos de relativismo como o nosso, tais indivíduos tem por hábito questionar a Bíblia afirmando que os tempos são outros e que virtude disto necessitamos de uma nova interpretação das Escrituras. Nesta perspectiva tudo é lícito no namoro, nas relações familiares, no trabalho e na igreja.
Caro leitor, a Palavra do Senhor não muda. Suas verdades jamais poderão ser relativizadas. As verdades de ontem, são as de hoje e serão as de amanhã. Do ponto de vista bíblico não dá para emitir novas interpretações doutrinárias que contraponham a tudo aquilo que o Senhor já ensinou. Em outras palavras isto significa dizer, que a Bíblia sempre vai tratar do pecado como pecado, e não como tabus que precisam ser quebrados.
Os que têm opinião formada sobre tudo precisam ter seus conceitos e idéias anticristãs rechaçados, até porque, como cristãos não podemos negociar o inegociável. Para os seguidores de Cristo a Bíblia Sagrada sempre será a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina. Além disso, ela sempre será o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida.
Prezado amigo, como discípulos do Senhor não nos é possível relativizarmos o pecado nem tampouco a Palavra de Deus, até porque, ela sempre será lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.
Pense Nisso!
Autor : Pr. Renato Vargens
Fonte: Ministério CACP
Música para o diabo
O que fez com que o povo de Israel, a priori não herdasse a terra prometida, dentre outras coisas, foi o espírito de murmuração existente no arraial, no período em que eles peregrinavam pelo deserto.
A geração do deserto fora uma geração de insatisfeitos. Nada os satisfazia, reclamavam de tudo e por tudo. Queixavam-se pela falta de carne, dizendo que no Egito comiam com fartura, reclamavam do Maná que caía diariamente dos céus, blasfemavam contra o Senhor afirmando ser aquilo um vil pão. Não foram poucas as vezes que eles resmungaram da escassez de água, da jornada cansativa, do calor do deserto, das dificuldades do caminho etc. Você já se deu conta de que existe gente que nunca está satisfeita com nada?
Veja bem, uma das coisas que mais entristecem Deus é insatisfação promovida pela murmuração. Isto porque, quando murmuramos, afirmamos categoricamente que não acreditamos na soberania de Deus em nossas vidas.
Lembremos-nos do episódio ocorrido com Paulo e Silas na cidade de Filipos. Lá estavam eles, pregando o evangelho com intrepidez, libertando os cativos do diabo com autoridade e recebendo como pagamento afrontas, açoites e flagelos no corpo. Entretanto, em vez de reclamarem de Deus, ou chiarem por causa do sofrimento imposto, diz a Bíblia que tanto Paulo como Silas, evidenciaram com maturidade uma espiritualidade saudável, mediante às atitudes de oração e louvor. Ora, diz o texto que por volta da meia-noite eles oravam e cantavam louvores a Deus.
“Por volta da meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros de prisão escutavam. De repente sobreveio tamanho terremoto, que sacudiu os alicerces da prisão; abriram-se todas as portas; soltaram-se as cadeias de todos”.
(Atos 16:25-26)
Humanamente falando, Paulo e Silas poderiam ter reclamado com Deus dizendo: Puxa Senhor, nós não merecíamos isso! Estávamos fazendo a sua obra! Isto não é justo! Temos andado corretamente em seus caminhos, temos sido fiéis em todo tempo, por que o Senhor permitiu isto? Pelo contrário, eles não entorpecerem a alma com amarguras e azedumes, mas oraram e cantaram louvores a Deus, demonstrando assim, uma absoluta confiança no Senhor.
Em casos como este, podemos afirmar convictamente que quem canta os seus males espanta!
Assim como o apóstolo Paulo, Abraão foi um excepcional homem de Deus. Em nenhum momento, a Bíblia nos mostra ele reclamando da vida, da demora de Deus, ou das circunstâncias adversas. As Escrituras só nos trazem elogios quanto a sua postura diante das dificuldades. Nos 25 anos em que Deus retardou o cumprimento da promessa, em nenhum momento vemos Abraão embriagado pelo espírito da murmuração.
Lembre-se de que as murmurações de Israel diante das dificuldades fizeram com que uma geração inteira não pudesse experimentar os frutos da terra prometida.
Tenho notado a existência de pessoas que preferem permanecer em uma “aparente situação de tranqüilidade” a ter que atravessar o deserto árido. Este tipo de pessoa se contenta com o pouco que tem preferindo o comodismo medíocre da situação a ter que enfrentar o calor escaldante do deserto. Ora, ninguém gosta de passar por privações na vida, entretanto, é importante que entendamos que sem a experiência do deserto, não nos é possível crescer no conhecimento de Deus, porque, é na aridez do deserto que nos deparamos com o cuidado do Senhor para conosco, suprindo sobrenaturalmente todas as nossas necessidades. E quando isto acontece, somos envolvidos pela certeza de que os seus caminhos são perfeitos. E de que ninguém é tão grande e poderoso como o nosso Deus.
“Não ponhamos o Senhor a prova, como alguns deles fizeram e pereceram pelas mordeduras da serpentes. Nem murmureis como alguns deles murmuram, e foram destruídos pelo murmurador”. I Coríntios 10:11
Pense nisso!
Autor : Pr. Renato Vargens
Fonte: Ministério CACP
1975 - Um ladrão com hora marcada?
Sem levar em consideração aqueles que eram Testemunhas na ocasião e já não o são ou já faleceram, usando aritmética simples, conclui-se que pelo menos algo em torno de 3 milhões de pessoas (talvez muito mais), conhecidas hoje como Testemunhas de Jeová, não o eram ainda naquela data e, muito provavelmente, pouco ou nada sabem sobre os acontecimentos que marcaram o ano de 1975.
Justiça seja feita, a culpa desta ignorância sobre o assunto não lhes pode ser atribuída, simplesmente porque em primeiro lugar os dirigentes da Sociedade Torre de Vigia sepultaram o assunto em suas publicações. Segundo porque no meio das Testemunhas, mesmo entre aquelas que já o eram em 1975, este assunto é evitado o máximo possível, comportamento estimulado pela Sociedade por meio da ameaça velada de apostasia a quem insistir em apontar o seu erro.
Nas publicações posteriores, a Sociedade trata do assunto de forma evasiva, sem maiores esclarecimentos dos motivos levaram seus dirigentes a tomar as atitudes que tomaram e sem reconhecer que houve erro ou, como é mais politicamente correto dizer, que houve especulação profética de datas, por parte da própria Sociedade Torre de Vigia, para a esperada destruição deste sistema de coisas.
Não é difícil colocar a culpa na ansiedade e na expectativa exagerada de algumas Testemunhas de Jeová da época, pois muitas delas deixaram a organização depois disso e suas vozes são consideradas manifestações apóstatas. Não usufruem o direito de expressar a sua posição e de defender-se das acusações.
O que se ouve geralmente, e os que se tornaram Testemunhas nos últimos vinte anos fatalmente ouviram isso, é que alguns especularam que 1975 seria a data da vinda do Armagedom, mas não em publicações da Sociedade, não "oficialmente".
As Testemunhas são levadas a acreditar que tratou-se apenas de boatos repetidos boca-a-boca, à partir de especulações pessoais talvez feitas por um membro do Corpo Governante em discursos, e repetidos por anciãos, superintendentes viajantes e publicadores pelo mundo. O que praticamente todas as Testemunhas de Jeová tem conhecimento hoje em dia, é que o Corpo Governante e a Sociedade Torre de Vigia nada tiveram a ver como as especulações.
Será que isto é verdadeiro? Será que houve apenas boatos entre as Testemunhas sobre a data de 1975? Será que os dirigentes da Sociedade na época nada fizeram? Seria justo, mais do que isto, seria honesto que todas as Testemunhas soubessem a verdade e pudessem tirar as suas próprias conclusões. Seria também honesto permitir que as Testemunhas mais recentes pudessem pesquisar e perguntar sobre o assunto, sem serem logo tratadas como suspeitas. Pensando nisso, preparamos um cronograma dos acontecimentos que levaram ao clímax de 1975.
Isso foi possível devido ao grande trabalho de pesquisa de William do Valle Gadêlha, ex-ancião, nas publicações da Sociedade Torre de Vigia da época, que preparou um dossiê com fotocópias comentadas das páginas publicadas no período e referentes ao assunto.
Tudo começou nove anos antes, em 1966, quando foi lançado pela Sociedade Torre de Vigia o livro "Vida Eterna - Na Liberdade dos Filhos de Deus". Na página 27 do livro, o início do parágrafo 40 dizia: "Podemos assim relacionar a contagem do tempo pela Bíblia com a contagem do tempo pelo mundo até a presente data. Ao fazermos isso torna-se evidente que o homem se aproxima do fim de seis mil anos de sua existência."
Logo depois no parágrafo 41 é dito: "Neste século vinte, realizou-se um estudo independente que não acompanha cegamente certos cálculos cronológicos tradicionais da cristandade, e a tabela de tempo publicada, resultante deste estudo independente, fornece a data da criação do homem como sendo 4026 AEC. Segundo esta cronologia bíblica fidedigna, os seis mil anos desde a criação do homem terminarão em 1975 e o sétimo período de mil anos da história humana começará no outono (segundo o hemisfério setentrional) do ano de 1975 EC."
Até aqui tudo bem, apenas publica-se um outro ponto de vista sobre a cronologia bíblica em relação a contagem de tempo secular. Importante observar que é dito que o tal "estudo independente" é fidedigno e que aponta para um ano específico: 1975.
Mas não ficou só nisso, a Sociedade queria dizer mais, como mostra a última frase do parágrafo 42 e o inteiro parágrafo 43: "Assim, dentro de poucos anos em nossa própria geração atingiremos o que Jeová Deus poderia considerar como o sétimo dia da existência do homem." "Quão apropriado seria se Jeová Deus fizesse deste vindouro sétimo período de mil anos um período sabático de descanso e livramento, um grandioso sábado de jubileu para se proclamar liberdade através da terra a todos os seus habitantes!
Isto seria muito oportuno para a humanidade. seria bem apropriado da parte de Deus, pois, lembre-se de que a humanidade ainda tem na sua frente o que o último livro da Bíblia Sagrada chama de reinado de Jesus Cristo sobre a terra por mil anos, o reinado milenar de Cristo. Jesus Cristo, quando na terra há dezenove séculos, disse profeticamente a respeito de si mesmo: 'Porque Senhor do sábado é o Filho do homem.' (Mateus 12:8) Não seria por mero acaso ou acidente, mas seria segundo o propósito amoroso de Jeová Deus que o reinado de Jesus Cristo, o 'Senhor do sábado', correspondesse ao sétimo milênio da história do homem."
Inicia-se aqui portanto, a especulação profética sobre o ano de 1975. Ao dizer-se "Quão apropriado seria...", "...muito oportuno...", "...segundo o propósito amoroso de Jeová...", tudo isto em conexão com uma data firmemente apontada: 1975. É claro que este livro foi o ponto inicial de um frenesi sobre o final deste sistema de coisas em meados da década de 70.
Não se tratou de especulações pessoais oriundas de "irmãos ansiosos", mas sim, partiu de uma publicação da própria Sociedade Torre de Vigia, conseqüentemente, com a anuência de seus dirigentes, o Corpo Governante. Ou algum livro poderia ser publicado sem que os responsáveis pela provisão do alimento espiritual no tempo apropriado estivessem a par de seu conteúdo? Não é provável, pois nos anos seguintes as especulações ganharam força à medida que as Testemunhas de Jeová, impulsionadas pela mola propulsora da visão de um paraíso ao alcance das mãos, passaram a trabalhar com ânimo redobrado, engrossando as fileiras de publicadores com mais e mais pessoas que passavam a compartilhar a esperança comum.
No Ministério do Reino de maio de 1968, uma parte chamava a atenção para o trabalho de pioneiro de férias, uma espécie de pioneiro auxiliar: "Em vista do curto período de tempo que resta, desejamos fazer isso tão amiúde quanto as circunstâncias o permitam. Apenas pensem, irmãos, restam menos de noventa meses até que se completem os 6.000 anos da existência do homem na terra. Lembram-se do que aprendemos nas assembléias no verão passado? A maioria das pessoas que vivem atualmente estarão vivas provavelmente quando irromper o Armagedom, e não há esperança de ressurreição para os que forem destruídos então."
Mais uma vez aponta-se para o ano em que pretensamente se completariam os seis mil anos de existência do homem. Aplica-se o tempo faltante "...menos de noventa meses..." como um chamamento a urgência, vinculado a palavra "Armagedom", uma associação bem explícita.
A revista A Sentinela de novembro de 1968 consegue ser ainda mais explícita ao vincular o ano de 1975, quando seriam completados os seis mil anos, com o final do sofrimento da humanidade, sendo o ponto cronológico onde o reinado milenar de Cristo teria seu início. Conforme indicam partes dos parágrafos 5,6 e 7 nas páginas 659 e 660: "Assim, restam sete anos para se chegar aos inteiros 6.000 anos do sétimo dia. Sete anos a contar do outono setentrional de 1968 nos levariam ao outono setentrional de 1975, 6.000 anos completos do sétimo dia de Deus, seu dia de descanso." "Depois de 6.000 mil anos de miséria, labuta, dificuldades, doença e morte sob a regência de Satanás, a humanidade sente deveras a premente necessidade de alívio, de descanso. O sétimo dia da semana judaica, o sábado, bem prefiguraria o reinado final de 1.000 anos do reino de Deus sob Cristo, quando a humanidade será soerguida dos 6.000 anos de pecado e de morte. (Rev. 20:6)".
"Por isso, quando os cristãos notam pela tabela cronológica de Deus o fim aproximador dos 6.000 anos da história humana, isso os enche de expectativas." "O futuro imediato com certeza estará repleto de eventos climáticos, pois este velho sistema se aproxima de seu fim completo. Dentro de alguns anos, no máximo, as partes finais da profecia bíblica relativas a estes 'últimos dias' terão cumprimento, resultando na libertação da humanidade sobrevivente para o glorioso reino milenar de Cristo."
Estas linhas transcritas acima não permitem a menor sombra de dúvida sobre a origem da especulação profética sobre o ano de 1975: Foi nas próprias publicações da Sociedade Torre de Vigia, em artigos cuidadosamente preparados pelo Corpo Governante para provocar expectativa e esperança entre as Testemunhas de Jeová. Conforme o tempo passava, mais matérias instilavam o sentimento de que o ano de 1975 era realmente um ano marcado.
O parágrafo mostrado a seguir, é o primeiro de um artigo publicado na A Sentinela de 15 de fevereiro de 1969, página 110, com o sugestivo título "Por Que Está Aguardando 1975?": "O que há com toda esta conversa sobre o ano de 1975? Nos meses recentes surgiram repentinamente animadas palestras, algumas baseadas em especulação, entre sérios estudantes da Bíblia. Seu interesse foi suscitado pela crença de que 1975 marcará o fim de 6.000 anos da história humana desde a criação de Adão. A proximidade de tal data importante deveras estimula a imaginação e apresenta ilimitadas possibilidades para palestras."
A mesma revista, na página 115, diz nas primeiras linhas do parágrafo 30: "Devemos presumir, à base deste estudo, que a batalha do Armagedom já terá acabado até o outono de 1975 e que o reinado milenar de Cristo, há muito aguardado, começará então? Possivelmente, mas, nós esperamos para ver quão de perto o sétimo período de mil anos da existência do homem coincide com o reinado milenar de Cristo, que é com um sábado. Se este dois períodos decorrerem paralelamente quanto ao ano calendar, não será por mero acaso ou acidente, mas será segundo os propósitos amorosos e oportunos de Jeová."
Mais uma vez a ênfase em 1975, mais uma vez esta data associada com as palavras "Armagedom" e "reinado milenar de Cristo", bem como com a expressão "propósito de Jeová". A especulação continua na revista A Sentinela, edição de 15 de abril de 1970, página 239, nas frases finais dos parágrafos 39 e 42: "...os seis mil anos da vida da humanidade na terra terminariam nos meados da década de mil novecentos e setenta.
Portanto, o sétimo milênio a partir da criação do homem por Jeová Deus começaria em menos de dez anos." "Não seria então, o término dos seis milênios da escravização laboriosa da humanidade, sob Satanás, o Diabo, o tempo apropriado para Jeová Deus introduzir um milênio sabático para todas as suas criaturas humanas? Deveres seria! E seu Rei Jesus Cristo será o Senhor daquele sábado."
A expectativa sobre o fim deste sistema de coisas em 1975 era constantemente alimentada. A Despertai!, 22 de abril de 1972, nas páginas 26 e 27, trata do assunto dentro do mesmo padrão adotado nos artigos da A Sentinela já visto acima: "Se aplicarmos a declaração bíblica de que, para Jeová, 'mil anos são como um dia', isto significaria que os seis mil anos da existência do homem são como apenas seis dias à vista de Deus. (Sal. 90:2 Ped. 3:8) O vindouro reinado milenar de seu Filho seria então um sétimo 'dia' após aqueles seis.
Seria perfeitamente apropriado ao padrão profético de um período sabático de descanso seguir seis períodos de trabalho e labuta. Assim, ao nos aproximarmos do término de seis mil anos de existência humana, durante esta década, há emocionante esperança de que um grandioso Sábado de descanso e alívio se acha deveras às portas."
Se o leitor é uma das Testemunhas de Jeová, provavelmente já deve ter ouvido falar sobre irmãos precipitados, que venderam suas propriedades e se desfizeram de seus recursos financeiros, muitas vezes doando-os para a "obra do Reino". Estes são normalmente acusados de terem se deixado levar pela ansiedade e, se deixaram a organização após 1975, também falta de fé.
Vale a pena observar o que a Sociedade Torre de Vigia e seus dirigentes incentivaram no Ministério do Reino de julho de 1974, nas páginas 3 e 4: "Receberam-se notícias de irmãos que venderam sua casa e propriedade e que planejam passar o resto dos seus dias neste velho sistema de coisas empenhados no serviço de pioneiro. Este é certamente um modo excelente de passar o pouco tempo que resta antes de findar o mundo iníquo."
Com o ano de 1975 já em curso, mas ainda no início, A Sentinela de 15 de março, na página 189, reforça a "data especial": "E agora, neste ano crítico de 1975, pode-se perguntar: Será que o Deus Altíssimo fez para si um nome? A resposta é óbvia: Sim! Por meio de quem? Não pela cristandade, nem pelo judaísmo, mas pelas testemunhas cristãs de Jeová".
Alguns meses depois o ano de 1975 chegou ao fim e com ele a falsa expectativa criada pela Sociedade Torre de Vigia. A espera ainda se prolongou por mais alguns meses, afinal quem sabe a cronologia estava errada em algumas semanas ou meses, mas não havia jeito, a especulação profética incitada pelos líderes das Testemunhas de Jeová demonstrava ser apenas isso: Especulação.
Mesmo assim, mesmo com um erro monumental como este, os membros do Corpo Governante não se curvaram humildemente como homens pecadores comuns que são e reconheceram o engano. Em vez disso, as publicações posteriores a 1975, encontraram nas próprias Testemunhas, ou em algumas delas, os culpados pela desilusão, conforme mostrava A Sentinela de 15 de janeiro de 1977, página 56, parágrafo 11: "Pode ser que alguns daqueles que têm servido a Deus planejaram sua vida de acordo com um conceito errôneo do que é que deveria acontecer em determinada data ou em certo ano.
Por este motivo, eles talvez tenham adiado ou negligenciado coisas de que, de outro modo, teriam cuidado. Mas, eles desperceberam o ponto das advertências bíblicas a respeito do fim deste sistema de coisas, pensando que a cronologia bíblica revelasse uma data específica".
Dois fatores são dignos de nota nestas palavras acima e de modo geral em todas as publicações posteriores que trataram do assunto. Primeiro os dirigentes da Sociedade esquivam-se de assumir a responsabilidade do erro, que é somente deles, jogando a culpa nos "irmãos". Segundo que a menção do ano 1975 parece trazer algum tipo de transtorno, pois sempre é dito "determinado ano" ou "certo ano" e não mais o ano a que se referia expectativa. Jogou-se uma pá de cal no assunto, responsabilizou-se alguns irmãos afoitos pelo ocorrido, como se eles tivessem sido guiados pelo seu próprio entendimento pessoal, devendo portanto reajustar o seu ponto de vista, porém mantendo o Corpo Governante como sendo o instrumento usado por Jeová para fornecer o alimento espiritual no tempo apropriado, como mostra a revista A Sentinela de 15 de setembro de 1980, páginas 17 e 18, parágrafo 6: "Caso alguém tenha ficado desapontado, por não seguir este raciocínio, deve agora concentrar-se em reajustar seu ponto de vista, por não ter sido a palavra de Deus que falhou ou o enganou e lhe causou desapontamento, mas, sim, seu próprio entendimento baseado em premissas erradas."
Para finalizar esta análise dos acontecimentos que envolveram uma das mais importantes especulações proféticas da Sociedade Torre de Vigia no século vinte, resta dizer que, apesar de ter produzido alguns milhares de decepcionados, foi altamente lucrativa para a Sociedade Torre de Vigia. Seria leviano duvidar de um erro sincero, mesmo que não admitido, por parte dos dirigentes da Sociedade, mas não é engano dizer que a especulação sobre o ano de 1975 foi uma gigantesca catapulta, impulsionando como nunca antes as atividades das Testemunhas.
No período de nove anos decorridos entre a publicação do livro "Vida Eterna - Na Liberdade dos Filhos de Deus", em 1966 e o clímax em 1975, mais que dobrou o número de Testemunhas de Jeová em todo o mundo, período em que mais de um milhão de pessoas aderiram aos ensinamentos providos pelo Corpo Governante. Como pouco menos de 70 mil desiludidos saíram, conforme o crescimento negativo publicado do anuário de 1979, o efeito da especulação em termos de ampliação no número de Testemunhas foi definitivamente positivo.
Autor: Luiz Lopes
Fonte: http://iepaz.org.br
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Quatro Dimensões do Cuidado de Deus para Conosco - Pr. Douglas Freitas
Domingo, 01 de Março de 2009
Preletor: Pr. Douglas Freitas
Referência Bíblica: Salmo 124
Tema: Quatro Dimensões do Cuidado de Deus para Conosco
Um dos aspectos mais importantes na vida cristã, para nós cristãos é crermos no cuidado de Deus para conosco. Todo o crente enfrenta lutas e dificuldades. Temos pelo menos três inimigos, contra os quais constantemente estamos enfrentando uma batalha espiritual, o diabo e os demônios, o mundo e a nossa carne.
Em alguns momentos de adversidade e luta intensa, temos o sentimento de estar sozinhos e desamparados, o diabo tenta nos convencer de que, se Deus estivesse ao nosso lado, não enfrentaríamos tantas tribulações.
Em toda a Bíblia, lemos palavras onde Deus nos mostra Seu cuidado para com seus filhos. Uma vez Jesus disse que, até os fios de cabelo de nossa cabeça estão todos contados. Isso significa que Deus conhece os mínimos detalhes a nosso respeito e que nada acontece sem Sua permissão. Nem uma folha cai da árvore sem que Deus permita. Ele cuida de nós. É um Deus zeloso.
O salmista Davi, muitos anos antes de Jesus nascer, entendeu o cuidado de Deus e compôs este salmo, expressando as quatro dimensões do cuidado de Deus:
1ª) (Versos 1 e 2) A Companhia de Deus. Deus ao nosso lado.
Se não fosse o Senhor, que esteve ao lado de Israel, eles teriam sido derrotados e sucumbidos.
Mesmo que você esteja passando por lutas e dificuldades, saiba que até aqui nos ajudou o Senhor. Se Ele não estivesse ao seu lado, você já teria perecido, mas Ele é contigo e te garanta a vitória.
(Sl. 16.8; Is 41.10) Deus está do nosso lado. Não aceite a mentira do diabo. Você não está só. Deus está ao teu lado e é Ele quem peleja por você. Você tem a companhia de Deus.
2ª) (Verso 6) A Proteção de Deus. Deus não nos deixa na mão do inimigo.
Há muitos inimigos querendo nos ter em seus aguçados dentes, o diabo e os demônios sabem que lhes resta pouco tempo e desejam nos tirar da presença de Deus. O mundo tenta nos atrair de volta e diariamente enfrentamos o pior dos inimigos que é a nossa carne, que continua querendo as coisas deste mundo. O espírito deseja as coisas de Deus e peleja contra a carne constantemente.
A sociedade vive com medo dos inimigos, recorrendo a simpatias e despachos, mas também há crentes com medo do diabo. Se tornando, até mesmo supersticiosos. Mas em provérbios está escrito que, quando o crente fica com medo do diabo, este lhe arma ciladas.
Se você crê em Deus, saiba que você está guardado.
"Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas não chegará a ti. Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos ímpios. Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos." (Sl 91.7-11)
"Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós." (Tg. 4.7)
"Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca." (I Jo 5.18)
"E pelejarão contra ti, mas não prevalecerão contra ti; porque eu sou contigo, diz o SENHOR, para te livrar." (Jr 1.19)
Você não será entregue nas garras do diabo. Para o ele chegar em você, primeiro teria que passar pelos anjos do Senhor que estão ao teu redor e chegando em você teria de recuar, pois o Espírito Santo habita em nós e maior é o que está em nós do que o que está no mundo. Deus não nos deixa nas mãos do inimigo, Ele nos protege.
3ª) (Verso 7) Libertação. Deus quebra o laço.
O inimigo tem armado laços para pegar os cristãos. O sexo ilícito, a pornografia, o vício, as heresias, bares, discotecas, jogos e muitas outras coisas, são armadilhas do diabo que tem laçado muitos cristãos.
Quem sabe recentemente você caiu em um laço do diabo, ou talvez ele esteja te tentando. Saiba que há uma esperança para você. Chama-se Jesus Cristo. Ele é capaz de quebrar qualquer laço que esteja te tentando. O crente só cai no laço se quiser. Deus sempre o alerta antes para que este não caia na tentação.
(Jo 8.32,36) O Senhor é a esperança para você. Ele te liberta. Suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos. O Senhor está aqui para te livrar e te libertar deste laço. Pela fé, veja o laço sendo quebrado e você escapando livre. Você não vai morrer, mas vai viver para glorificar o nome do Senhor através da tua existência.
4ª) (Verso 8) Socorro. Deus te liberta.
O nosso socorro está no nome do Senhor dos exércitos que fez os céus e a terra. O socorro para o teu problema não está nos recursos deste mundo, mas no nome do Senhor que fez os céus e a terra.
(Sl. 46.1) Ele é socorro bem presente na angústia. A tua vitória não demorará. Ele está presente e fará coisas grandes para você e através de você neste ano de 2009! Creia nisso.
Deus te socorre, você não está desamparado, o teu socorro está no nome do Senhor que fez os céus e a terra.
Cristãos paquistaneses ameaçados: Conversão ou morte
“Sabemos que vocês são cristãos, nós convidamo-los a deixarem esta região, a converterem-se ao Islão e a pagarem um milhão e meio de rupias ou serão atingidos por um atentado suicida". Este é o conteúdo de uma carta enviada ao centro administrado pelo Departamento de Comunicação da Conferência Episcopal do Paquistão.
Segundo o jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano, os talibãs retomaram uma maciça campanha de intimidação contra as minorias religiosas do país. As ameaças também foram enviadas à Catedral do Sagrado Coração da cidade de Lahore e a associações e escolas católicas.
Algumas denominações cristãs organizaram-se para sensibilizar a sociedade sobre o perigo do extremismo religioso, e convocaram para o dia 16 de Agosto uma Jornada ecuménica de justiça social. Esta é uma questão que está a ser acompanhada e divulgada pela agência Católica Ajuda à Igreja que Sofre, que trabalha com comunidades cristãs minoritárias ou perseguidas.
Além disso, as comunidades cristãs de todas as confissões pedem ao governo uma reforma estrutural, seja a nível legislativo, seja político, para evitar que as violações contra as minorias religiosas se expandam com o passar do tempo.
Por sua vez, o secretário-executivo da Comissão Justiça e Paz da Igreja paquistanesa, Padre Peter Jacob, afirmou à agência AsiaNews que "a situação é delicada e é evidente um clima de tensão", mas destacou também a vontade de "continuar o trabalho pelo bem do país e das pessoas".
Este responsável, citado pela Rádio Vaticano, confirma as ameaças de sequestro com fins de extorsão, uma situação que preocupa os cristãos, mas que não os impede de prosseguirem o trabalho. O Pe. Jacob reiterou a importância de organizações empenhadas na assistência aos refugiados do vale de Swat e no distrito de Malakand, aos quais fornecem alimentos e bens de primeira necessidade.
Fonte: Renascença
Gripe modifica rotina de igrejas católicas, evangélicas, e de escolas
O tradicional abraço para desejar a paz de Cristo em celebrações religiosas está suspenso em Santo André, na Grande São Paulo. Na Igreja Renascer, os cultos são celebrados apenas com as portas abertas, para facilitar a circulação do ar.
O tradicional abraço para desejar a paz de Cristo em celebrações religiosas está suspenso em Santo André, na Grande São Paulo, e em pelo menos 63 paróquias da capital paulista. A medida foi tomada para diminuir o risco de contágio da gripe suína entre os fiéis.
Além da suspensão do abraço, o bispo de Santo André, Nelson Westrupp, e o bispo auxiliar, Pedro Luiz Stringhini, da Região Episcopal Belém, na zona leste de São Paulo, recomendam que os frequentadores da igreja não mais deem as mãos durante a oração do Pai Nosso e que recebam a hóstia nas mãos, e não diretamente na boca, como alguns costumam fazer.
"Quando houve o surto de meningite no país, em 1973, também passamos a orientar os padres para que a comunhão não fosse dada na boca dos fiéis. Agora é o momento de pedir novamente para que essas ações sejam suspensas", explica Dom Pedro Luiz.
A recomendação do bispo auxiliar será adotada por toda a Arquidiocese de São Paulo. Segundo o padre Juarez de Castro, assessor de imprensa do órgão, ainda não há uma recomendação oficial, mas as medidas têm sido adotadas em algumas igrejas e deve ser ampliada. "A orientação dos líderes religiosos foi pedida pela Organização Mundial de Saúde ao Vaticano. Para tornar a recomendação da arquidiocese oficial, basta a palavra do bispo Dom Odilo Pedro Scherer, mas a maioria dos bispos auxiliares já orientaram as paróquias de suas regiões."
As igrejas evangélicas também adotaram medidas semelhantes. Na Renascer, os cultos são celebrados apenas com as portas abertas, para facilitar a circulação do ar, e os abraços entre os fiéis também foram suspensos. "Fizemos uma campanha de orientação e informamos as pessoas que frequentam a igreja sobre a gripe e as formas de prevenção", explica a pastora Márcia Mello.
Segundo Mauro Salles, infectologista da Sociedade Brasileira de Infectologia, as mudanças são eficientes. "Em épocas de epidemia, quanto menor o contato físico, menor o risco de contagio. É recomendado também que as celebrações religiosas aconteçam em locais arejados."
RIO GRANDE DO SUL
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) cancelou todos os eventos programados para julho e agosto como meio de prevenir a propagação da gripe suína na região central do RS. No norte do Estado, a Universidade de Passo Fundo cancelou todas as formaturas previstas para os próximos dias. No nordeste, Nova Bassano, Vista Alegre do Prata, Nova Prata e Boa Vista do Sul anteciparam o início das férias da rede municipal do próximo sábado para hoje.
Fonte: Estadão
23 de julho de1532: Protestantes ganham liberdade de religião
Há 477 anos, no dia 23 de julho de 1532, foi assinado o acordo conhecido como Nürnberger Anstand (Paz de Nurembergue). Ele garantia liberdade de religião aos evangélicos que colaborassem na guerra contra os turcos. Mesmo com a Reforma Protestante, por Martinho Lutero (foto), em 1517, a igreja evangélica só foi reconhecida oficialmente, 15 anos depois.
Após a fixação das teses da Reforma Protestante, em 31 de outubro de 1517, por Martinho Lutero, ainda demorou muito para que a nova religião se impusesse na Alemanha e obtivesse o reconhecimento da Igreja Católica. Em 30 de maio de 1518, Lutero enviou suas teses ao papa Leão 10º, pois estava convicto de que o Sumo Pontífice iria apoiá-lo.
A 3 de janeiro de 1521, Lutero foi oficialmente excomungado da Igreja Católica (Édito de Worms). Numa época em que Estado e Igreja eram fortemente aliados, não tardou para que Lutero e seus seguidores tivessem também os direitos civis cassados, o que acabou acontecendo em 26 de maio de 1521.
Lutero exilou-se, secretamente, no Castelo de Wartburg, com o apoio de Frederico, o Sábio, príncipe-eleitor da Saxônia. No exílio, Lutero trabalhou no seu maior legado: em dois meses traduziu a Bíblia para o alemão. Em 1518, o reformador havia conhecido aquele que seria seu braço direito no processo da Reforma: o estudioso alemão Philipp Melanchthon.
Carlos 5º, rei da Espanha e imperador do Sacro Império Romano da Nação Germânica a partir de 1530, ordenou aos teólogos católicos a elaboração de uma refutação da confissão dos evangélicos. Esta refutação foi apresentada à Dieta de Augsburg no dia 3 de agosto. Ela exigia apenas a submissão dos evangélicos à autoridade da Igreja Romana. Mais do que nunca, tornou-se evidente que as diferenças entre as duas igrejas eram profundas e inconciliáveis.
Ainda em Augsburg, Melanchthon redigiu uma apologia à Confissão. Carlos 5º não a aceitou, por achar que os protestantes deveriam capitular. A Dieta lhes concedeu o prazo até 15 de abril de 1531 para voltarem ao seio da igreja romana e exigiu rigoroso cumprimento do Édito de Worms.
Necessidade de aliança militar
Embora desaconselhada por Lutero, foi constituída em fevereiro de 1531 uma poderosa agremiação política dos príncipes luteranos, denominada Liga de Esmalcalde (em referência à cidade na Turíngia, leste alemão). Porém, em vista do perigo representado pelo Exército turco às portas do império, em Viena, o imperador dependia da ajuda militar dos príncipes protestantes.
A liberdade religiosa aos protestantes foi tolerada com a assinatura da Paz de Nurembergue, em 23 de julho de 1532. Essa tolerância seria dada até a realização de um concílio da Igreja. O papa Paulo 3º, no entanto, empenhou-se com todos os meios para evitar que este concílio se realizasse em território germânico. O Concílio de Mântua, convocado por Paulo 3º, em 1537, para "exterminar a peste luterana", como ele próprio se expressou, acabou não acontecendo.
Como os nobres protestantes estivessem convictos de que o encontro não seria livre, negaram-se a participar do Concílio de Trento (1545 - 1563), que desencadeou a contra-reforma, no pontificado de Paulo 3º.
Somente a Paz de Augsburg, em 1555, atendeu, de certa forma, aos anseios dos protestantes, pois incluiu a tolerância religiosa nos seguintes termos: os príncipes e cidadãos do império respeitariam a filiação religiosa de cada um e o povo teria a opção de adotar a confissão religiosa do respectivo domínio ou de emigrar a território que tivesse a confissão desejada.
Fonte: DW World
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Terceiro Seminário de Famílias
Domingo dia 2 de Agosto: Início: 10:15h - Término: 11:30h
Inscrições antecipadas com: Jessé e Selma; Eduardo e Marlúcia; Giovane e Fabiana; Paulo e Meri
Taxa da inscrição:
Adultos: R$ 15,00 – Quinze Reais
Crianças até 12 anos – R$ 7,50 – Sete Reais e cinqüenta centavos.
Incluídos: materiais, refeição e coffee-break
Forças malignas conspiram e provocam crises gigantescas contra a família com o firme propósito de desestabilizá-la e destruí-la.
Chamo sua atenção para uma família que foi bombardeada pela fúria dc Satanás. Trata-se da família de Jó. Ele era um homem bem- sucedido. Realizado financeiramente. Tinha uma vida moral sem manchas. Era elogiado pôr Deus. Era um pai extraordinário que tinha boa comunicação com os filhos e orava pôr eles constantemente às madrugadas. Satanás, porem, questionou a integridade de Jó e Deus permitiu que ele fosse provado. Satanás atingiu as cinco áreas vitais da sua vida:
1- Finanças
2- Filhos
3- Saúde
4- Casamento
5- Amizades
14º ENCONTRO DE CASAIS
Já estão abertas as inscrições para o próximo Encontro de Casais.
Que irá acontecer nos dias 23, 24 e 25 de Outubro, no sitio “Jardim de Oração” em Itaipuaçú.
Valor da inscrição por casal: R$ 150,00 (Cento e Cinqüenta reais), que poderão ser parcelado se feita com antecedência em até 4 parcelas com o último vencimento até o dia 15 de Outubro.
Obs.: Visando uma melhor responsabilidade sobre a utilização da ficha de inscrição, será cobrada uma antecipação de R$ 10,00 (Dez reais) no ato do recebimento da ficha para o devido preenchimento.
Inscrições: Maiores informações no site do CEI
Os 3 Jardins de Deus, significando as 3 fases da vida cristã. - Pr. Douglas de Freitas
Domingo, 19 de Julho de 2009
Preletor: Pr. Douglas de Freitas
Referência Bíblica: Is 51.3; 58.11
Tema: Os 3 Jardins de Deus, significando as 3 fases da vida cristã.A Bíblia diz que, no princípio criou Deus os céus e a terra. Criou também a luz, os luminares, as estrelas, os animais e, no sexto dia, criou o homem à Sua imagem e semelhança. Deus criou o homem para dominar sobre a terra e o colocou no Jardim do Edem.
O Primeiro Jardim é o Jardim do Edem.
Deus mandou Adão dar nome aos animais e cuidar do jardim. Então Deus viu que não era bom que o homem estivesse só e criou, a partir da costela de Adão uma mulher, Eva. Foi instituída então, a primeira família e realizado o primeiro casamento da terra, no Jardim do Edem.
Edem significa paraíso e simboliza a comunhão com Deus. Os dias de felicidade, paz e alegria. Adão e Eva viviam no paraíso, em comunhão com Deus.
Todos nós, no início da vida cristã, também vivenciamos o nosso Edem. O nosso paraíso em comunhão com Deus. Nosso desejo é buscar a Deus 24h por dia e 7 dias por semana. É o momento em que estamos sensíveis à voz de Deus, ouvindo-o falar através de tudo. Se você está no Edem, faça de tudo para não sair. Não perca a comunhão com Deus.
Mas um dia a serpente se aproximou de Eva e a tentou. Eva pecou e Adão também. Neste momento o paraíso e a comunhão com Deus acabaram. Sobre Adão, a mulher e a serpente, veio o juízo de Deus e o pecado e a morte entraram na terra como conseqüência e, por causa do pecado, Deus expulsou Adão e Eva do Edem.
Muitos cristãos já não estão mais no Edem em plena comunhão com Deus por causa do pecado. A desobediência fez com que perdessem a comunhão com Deus, o paraíso. Omomento de pureza e o Edem são interrompidos.
Mas no meio do juízo, Deus diz que enviaria um, que esmagaria a cabeça da serpente. Este é Jesus Cristo, Seu filho. E é aí que vem o segundo jardim.
O segundo jardim é o Jardim do Getsêmane.
Quando o cristão sai do Edem, vai para o Jardim do Getsêmane. Getsêmane significa lagar de azeite. No Jardim do Getsêmane Jesus esteve sozinho, em agonia, suando gotas de sangue, no momento de aflição.
Quem sabe você se encontra no Jardim do Getsêmane. Está sozinho, vivendo horas amargas e lutas. Os amigos se afastaram e você se sente aflito. Jesus passou pelo Jardim do Getsêmane e nos dá algumas lições. Ali na aflição, Ele teve forças para clamar: "Pai, se queres, passa de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a tua." (Lc 22.42)
Você pode estar em uma hora amarga de tribulação. Mesmo que se sinta sozinho, saiba que Deus está com você. Mesmo na aflição, clame e o Senhor te ajudará a passar pelo Jardim do Getsêmane. Passar por ele é necessário. É o momento de Deus trabalhar em nossas vidas para depois Ele ser glorificado.
Depois de Jesus passar pelo Jardim do Getsêmane as coisas ficaram ainda piores. Ele foi crucificado, morto e sepultado num sepulcro novo. O Jardim do Getsêmane foi necessário por causa do pecado cometido no Edem. Mas não era o fim. O sepulcro ficava no Jardim da Ressurreição.
O terceiro jardim é o Jardim da Ressurreição.
"Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome." (Fl. 2.9)
Depois do Getsêmane Jesus foi exaltado e glorificado. Ele recebeu um nome que está acima de todo o nome no Jardim da Ressurreição.
Se você está no Getsêmane saiba que não está tudo acabado. Ainda há esperança, ainda há o Jardim da Ressurreição. Nele virá a ressurreição dos teus sonhos. Dias melhores virão. Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente. "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;" (Jo. 11.25)
"Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará." (Sl. 1.1-3)Mas no salmo 1, vemos que, aqueles que estão em Cristo, são como árvores que, independente do jardim que estiver, prosperará.
Toda árvore tem que ter:
RAIZ - Base, Solidez.
Onde você estiver, esteja firmado na base que é a Palavra de Deus. Assim, ventos e tempestades não te derrubarão. Aquele que ouve e pratica a Palavra de Deus tem raiz.FOLHA - Vigor, Sombra.
Que a tua vida seja sombra para os outros em dificuldades e que você tenha vigor para orar, ler a Palavra e buscar ao Senhor.FLORES - Beleza, Perfume.
Nós temos que resplandecer a beleza de Cristo e exalar o bom perfume do Senhor. Não podemos deixar que as adversidades ofusquem isso.
FRUTOS - Serviço eficaz.
Crente que é crente dá frutos em qualquer situação. Nada pode impedir você de dar frutos para a glória de Deus. Se você está no Edem, continue dando frutos. Se estiver no Getsêmane, tenha esperança, dê frutos aí mesmo e, se está no Jardim da Ressurreição, dias melhores virão, dê frutos para a glória do Senhor.Pare de murmurar olhando seus problemas. Deus é contigo em todo o tempo para te garantir força, gozo, vigor e a bênção, para Sua glória. Em vez de reclamar no paraíso, como do fruto da vida e dê frutos, pois Deus tem que ser glorificado através da tua vida.