quinta-feira, 8 de julho de 2010

Os dois malfeitores

"Como explicar Mateus 27.44 e Marcos 15.32, onde se diz que os dois malfeitores crucificados com Jesus o injuriavam, e blasfemavam contra Ele, com Lucas 23.39,40, que afirma ser um só o blasfemador, e o outro não, antes censurava seu companheiro em defesa do Senhor, a quem fez o célebre pedido: 'Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino'?"

Não há dificuldade em conciliar estas passagens. Os evangelhos não foram escritos ao mesmo tempo, nem no mesmo local, nem destinados às mesmas pessoas: Mateus, por exemplo, apresenta Jesus como o Messias, e foi endereçado primeiramente aos judeus; Marcos apresenta o Senhor como Maravilhoso, e destinou-se aos gentios; Lucas mostra o Mestre como o Filho do homem, e teve endereço pessoal a Teófilo; João mostra o Salvador como o Filho de Deus, e é o Evangelho Teológico destinado a todos os crentes. Mateus e João foram apóstolos e tiveram a oportunidade de ver e ouvir melhor tudo o que se passou com Jesus, pois conviveram com Ele por mais de três anos; Lucas e Marcos não foram apóstolos. Para escrever seu evangelho, Lucas só o fez depois de haver-se "informado minuciosamente de tudo desde o princípio", 1.3. De Marcos, se diz que foi informado do que conhecera pelo apóstolo Pedro, talvez por não possuir conhecimento e instrução suficiente do que ocorrera. É uma verdade conhecida que duas ou mais pessoas, ao presenciarem o mesmo fato, divergem, ao descrevê-lo, mas essa divergência, quando não prometida, é benéfica, pois completa a descrição.

De fato, os Evangelhos foram escritos sem prévia combinação entre seus escritores. Desse modo, um descreve um fato que o outro não narra. Mateus e Marcos deram ênfase a que os dois ladrões que estavam sendo crucificados com Jesus blasfema-vam e zombavam. E isso foi verdade, porque ambos estavam revoltados, pois julgavam que a crucificação de Jesus apressara a própria crucificação deles. Lucas, por sua vez, relata o sucedido, ou seja, a conversão de um dos malfeitores, enquanto o outro continuou com o coração endurecido e fechado para a grandiosidade da obra que presenciava. A descrição dessa minúcia que completou o ocorrido no Calvário foi citado pelo médico amado, Lucas, visto que se informara "minuciosamente de tudo". Desejamos enfatizar que esse comentário em nada contraria a inspiração divina das Escrituras. Na inspiração Deus usou também a ação dos escritores bíblicos. Uma prova irrefutável disso são as próprias palavras de Lucas já citadas: "Havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio". Deus usou ainda a idéia do escritor, a sua instrução, os seus conhecimentos, etc. Pedro, o pescador, não poderia jamais ser usado para descrever a sublimidade do Evangelho e a sua eficácia, como o foi Paulo, o apóstolo. Mas Deus, pela inspiração, fez com que a ação, o pensamento, a instrução do escritor bíblico fossem adaptados a revelar unicamente o plano divino, ao escoimá-lo de qualquer sombra de erro.

Fonte: Livro "A Bíblia Responde" Editora CPAD

Fonte: Ministério CACP 

Odiado sem Causa

Odiado sem Causa

Herman Hoeksema

"Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa." João 15:25.

Que há uma boa dose de ódio no mundo é inegável.

Indivíduos, grupos sociais e nações expressam abertamente e manifestam o seu ódio de uns pelos outros. Os homens odeiam um ao outro pelo amor ao dinheiro, ganância e cobiça, ambição pessoal e desejo de poder, inveja e vingança. E a Escritura nos ensina que a raiz mais profunda de todo o ódio entre os homens é inimizade contra Deus.

Assim como o amor de um pelo outro é principalmente amor a Deus, o ódio dos homens de uns pelos outros não é senão a expressão de seu ódio a Deus. No entanto, o pecador é relutante em admitir isso. Ele entende que admitir que o seu ódio ao próximo é, principalmente, o ódio a Deus, é a sua condenação. Assim, ele tenta justificar-se. Ele encontra um motivo de seu ódio, e a causa é sempre o próximo que ele odeia.

Seu vizinho é mau, tem-no prejudicado, é um opressor dos pobres, é ávido de ganho e ambicioso de poder, um tirano cruel e assassino, alguém que não deverá ter lugar numa sociedade decente, e que deveria, portanto, ser destruído. E assim ele tenta encontrar uma justa causa do seu ódio, e apresentá-lo à luz da justa indignação.

Também não é muito difícil para o homem se enganar a si mesmo, e descobrir uma causa que justifique no seu próximo para o seu ódio contra ele, num mundo de homens que as Sagradas Escrituras expressam na sentença:
"que todos estão debaixo do pecado; Como está escrito: Não há um justo, nem sequer um; Não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis, não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto, com as suas línguas tratam enganosamente; veneno de víboras está nos seus lábios, cuja boca é cheia de maldição e amargura. Os seus pés são velozes para derramar sangue, destruição e miséria estão em seus caminhos; E o caminho da paz não conheceram; Não há temor de Deus diante de seus olhos." Rom. 3:9-18.

Em tal mundo, não deveria ser difícil encontrar a causa do ódio de alguém ao seu próximo no seu próprio próximo, e assim, justificar-se a si mesmo perante o tribunal do Homem e do Deus do homem! No entanto, este estado de coisas pode não prevalecer. Não pode ser definitivo e final. Deus deve estar justificado quando Ele julga, e todos os homens devem ser achados mentirosos. Todas as desculpas possíveis devem ser tiradas deles. Eles devem ser deixados sem nenhuma desculpa. Toda a aparente bondade e justiça e até mesmo piedade e religiosidade deve ser exposto como fundamentalmente maldade e inimizade contra Deus. As brancas sepulturas devem ser abertas, e os fedorentos e podres ossos de homens mortos devem ser revelados. Deve ser providenciada uma situação em que o pecador deve confessar que ele odeia sem uma causa, isto é, que o seu ódio não tem outra causa que não seja a sua própria inimizade contra Deus, e que, portanto, ele está irremediável e absolutamente condenado perante o tribunal de Deus.

E esta situação é criada quando o próprio Filho de Deus torna-se semelhante aos homens, e habita entre nós, na semelhança da carne pecaminosa. O Filho de Deus torna-se o Filho do homem! Deus torna-se o próximo do homem! Ele vive com eles, Ele caminha entre eles e lhes fala na sua própria língua, ele entra em suas casas e anda em suas ruas, ele come e bebe com eles, e senta-se em suas festas, Ele atende seus casamentos e seus funerais, Ele entra nos seus aposentos de convalescença e está em seus leitos de morte, ele canta e chora com eles: Ele é o Filho do homem, o próximo de todos!

Aqui, então, os homens têm a oportunidade de provar que não odeiam a menos que o seu ódio do próximo tenha uma causa, é justificado. Porque Cristo, o Filho de Deus, na semelhança da carne do pecado, o Filho do homem, é o próximo perfeito. Ele não é de modo algum abrangido pela condenação da passagem do terceiro capítulo de Romanos que acabamos de citar. Ele veio a nós de fora, mesmo sendo Ele carne da nossa carne e sangue do nosso sangue. Pois, embora Ele é nascido de uma mulher, Ele foi concebido do Espírito Santo, sem a vontade do homem. A Pessoa do Filho de Deus em carne humana é sem pecado, separado dos pecadores, apesar dEle se ter tornado seu próximo, santo e imaculado. Ele é o próximo perfeito!

Certamente, nEle os homens olham em vão pela causa de seu ódio. Nenhum pecado foi encontrado nEle, não há dolo encontrado em sua boca. Certamente que, se o ódio do homem ao próximo é sempre, ou normalmente, provocado por uma causa justificadora no próximo, eles não vão, eles não podem odiar este Filho do Homem. Se O odeiam, eles se expõem como mentirosos, e como inimigos de Deus. No entanto, assim foi. Pois este próprio Filho do homem se queixa, alegando a sua causa perante a face de Deus: "Eles odiaram-me sem causa".

Foi na noite em que o nosso Salvador foi traído, na própria véspera da hora quando a fúria infernal deste ódio sem causa que iria condená-Lo à morte, e pregá-Lo na árvore maldita. Ou Ele ainda estava no Cenáculo em Jerusalém, onde Ele tinha comido a última Páscoa com seus discípulos, ou eles já estavam a caminho do Getsêmani. E estes últimos momentos da sua permanência na Terra, ele presta valioso conforto instruindo os seus discípulos e orando por eles. Ele avisa que o mundo irá odiá-los, e persegui-los, explicando ao mesmo tempo que este ódio contra eles será realmente dirigido contra Ele.

Pois, assim, Ele se dirige a eles: "Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. Se eu não viera e não lhes falara, não teriam pecado; agora, porém, não têm desculpa do seu pecado. Aquele que me odeia a mim, odeia também a meu Pai. Se eu entre eles não tivesse feito tais obras, quais nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora, não somente viram, mas também odiaram tanto a mim como a meu Pai. Mas isto é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa." João 15:21-25.

Não podemos ignorar o facto de que o Salvador está aqui a citar o Velho Testamento, que ele designa pela expressão "sua lei". As palavras ocorrem literalmente nos Salmos. No Salmo 35:19 lemos: "Não se alegrem sobre mim os que são meus inimigos sem razão, nem pisquem os olhos aqueles que me odeiam sem causa." Mas a referência é, talvez, especialmente para aquele especificamente messiânico Salmo 69, no quarto verso em que lemos: "Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça;"

Se o eunuco etíope tivesse lido estas palavras, ele, sem dúvida, teria feito a mesma pergunta que surgiu na sua mente quando ele ponderava as palavras de Isaías 53: "De quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro homem?" Pois é evidente que o salmista também, e mesmo em primeiro lugar, fala de si mesmo. Ele fala na primeira pessoa. Ele se queixa perante a face de Deus de seu próprio sofrimento. Ele é aquele cujos inimigos são mais do que os cabelos da sua cabeça, odeiam-no sem causa, e buscam a sua destruição.
Mais ainda, sabemos que o Espírito Santo inspirou o salmista a compor esta canção, não apenas para si, mas para a Igreja do Velho Testamento, a fim de que eles também pudessem tomá-la em seus lábios, torná-la sua própria, e queixarem-se do seu próprio sofrimento, e de seus inimigos que os odiavam sem causa. Tudo isto foi séculos antes da vinda de Cristo. No entanto, centenas de anos mais tarde, o Salvador declara que estas palavras fazem referência a Ele, e que têm o seu cumprimento nEle.

O que significa? E como isto é possível? Existe apenas uma resposta a esta questão: é o próprio Cristo que é o tema central também no trigésimo quinto e no sexagésimo nono Salmos, e em toda a Lei e os Profetas da antiga dispensação. Era Ele que estava em todos os santos da antiga dispensação, e que se tornou manifesto neles, em suas palavras e andar no meio do mundo. Ele estava nos profetas, sacerdotes e reis de Israel, e em todos os santos, toda a Igreja, representada por eles, e em todo o povo de Deus da velha dispensação, até mesmo desde o começo do mundo. E como Ele se manifestava neles, Ele sempre foi odiado sem causa. O cordeiro é morto desde a fundação do mundo. E somente na medida em que Cristo estava neles, e era revelado em suas palavras e conversas, em toda a sua vida e modo de andar no meio de um mundo impiedoso, poderiam eles se queixar com o salmista do Salmo 69: "Os que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça."

Eles eram odiados assim, mas apenas como representantes de Cristo. Eles sofreram e foram perseguidos, mas apenas porque Cristo estava neles. Eles eram constantemente fustigados por inimigos que visavam a sua destruição, mas só porque eles foram feitos para representar a causa do Filho de Deus no meio do mundo. Em Seu povo, Cristo foi odiado desde o começo do mundo, e ao longo dos séculos da antiga dispensação, até que este ódio sem causa foi finalmente cumprido completamente na plenitude dos tempos, quando o Filho de Deus caminhou entre nós em semelhança da carne pecaminosa.

Deste sofrimento de Cristo em seus santos, deste ódio sem causa, atesta o sangue de todos os justos. É deste ódio que Abel, depois de morto, ainda fala, porque ele ofereceu um sacrifício melhor do que Caim, assim testemunhando de Cristo, e ele foi morto porque ele era justo e o seu irmão perverso.

Deste ódio sabia Henoch, que testemunhou contra o mundo ímpio dos seus dias, e teve o testemunho de que agradara a Deus, a quem procuravam para matar, mas não conseguiram encontrá-lo, porque Deus o tinha transladado. E toda a Igreja pré-diluviana estava familiarizada com a fúria deste ódio, e que, humanamente falando, teria sido destruída, não os tivesse Deus salvo pelas águas do dilúvio.

Esse ódio sem causa foi dirigido contra o povo de Israel na casa do cativeiro no Egipto, quando Moisés escolheu sofrer aflição com o povo de Deus em vez de ser chamado filho da filha de Faraó, e desfrutar dos prazeres do pecado por um tempo, tendo o vitupério de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egipto.

E através de toda a sua história, o povo de Israel, no deserto, na sua própria terra de Canaã, na Babilónia, e após o seu regresso, eram objecto deste ódio furioso e sem sentido. Ainda mais. Mesmo dentro da nação de Israel este ódio foi revelado, e se expressou mais furioso e maldoso do que em qualquer outro lugar. Porque sempre a semente carnal odeia e persegue a semente espiritual. Eles mataram os profetas, e apedrejaram os que foram enviados a eles por Deus. E assim, alguns "experimentaram escárnios e açoites, e ainda cadeias e prisões. Foram apedrejados e tentados; foram serrados ao meio; morreram ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, necessitados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos e montes, e pelas covas e cavernas da terra." Hb 11:36-38.

Não admira que eles pudessem cantar com o salmista: "Salva-me, ó Deus, pois as águas entraram até a minha alma! Atolei-me em profundo lamaçal, onde não há pé; entrei em águas profundas, onde a corrente me leva. Estou cansado do meu choro; minha garganta está seca: os meus olhos desfalecem, esperando por meu Deus. Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; aqueles que procuram destruir-me, sendo injustamente meus inimigos, são poderosos (v.1-4) ... Porque por amor de ti tenho suportado afrontas (v.7); a confusão cobriu o rosto."

"Por amor de ti!" Na verdade, esse ódio sem causa era dirigido contra o Cristo neles, e manifesto através deles!

E, no entanto, esta palavra não foi cumprida neles. Pois, em primeiro lugar, no caso deles, os inimigos ainda podiam encontrar uma desculpa, uma causa que parecesse justificar o seu ódio cruel. Mesmo eles lutando pela causa de Cristo, e sofrendo por Sua causa, eles não eram perfeitos. O inimigo podia facilmente encontrar e apontar para a iniquidade neles, e afirmar que eles eram dignos de destruição. Como seria fácil para o inimigo de Cristo descobrir um pretexto para o ódio contra um homem como David, o cantor de Israel, o próprio que se queixa de seu ser odiado sem causa no Salmo 69! Não era ele um adúltero e assassino, e não pôs ele toda a nação sofrer por causa de seu orgulho? Não, não poderia tornar-se manifesto plenamente neles, que eles eram odiados sem causa. E, além disso, o seu sofrimento não preencheu a medida. Nem sempre eles sofriam. Ocasionalmente, eles até chegaram a ocupar posições de poder e honra. Eles não foram uniformemente odiados. A palavra, portanto, que foi escrita na sua lei aguardava o seu cumprimento.
E cumprido foi em Cristo! Totalmente sem causa foi Ele odiado. Nunca poderia o inimigo encontrar uma causa para o ódio nEle, uma causa que justificasse, ou sequer parecesse justificar seu ódio perante o tribunal de Deus. Ele era o Filho de Deus em carne humana. Ele era a perfeita revelação do Pai. Ele sempre representou a causa de Deus. Ele testemunhou sempre Dele. Nunca foi encontrado pecado em Sua pessoa. Ele podia ficar no meio de seus inimigos, e desafiá-los: "Qual de vós pode acusar-me de pecado?" Tão sem pecado, tão imaculado, tão perfeito era Ele, que, embora fossem sempre procurando ocasiões para matá-lo, nunca conseguiam encontrar uma razão.
Tão imaculadamente puro era Ele, que mesmo quando O fizeram prisioneiro, e julgaram-nO nos seus tribunais, todas as suas tentativas de encontrar testemunho contra ele fracassaram totalmente, e o governador romano foi repetidamente forçado a admitir que não encontrava nenhuma causa de morte nEle de modo nenhum. Sempre Ele fez bem. Nem nunca Ele ocupou ou pretendeu ocupar uma posição de poder e glória no mundo, que pudesse oferecer uma ocasião de malícia e inveja aos adversários. Ele era o mais humilde entre os humildes. Ele não tinha lugar onde reclinar a cabeça!
No entanto, como eles O odiavam! Ninguém jamais foi odiado como Ele!

Seus inimigos eram, de fato, mais do que os cabelos da cabeça. Constantemente procuravam destruí-Lo. E quando finalmente parecia terem sucedido em seus planos malignos, a sua fúria não conheceu limites. Era como se o seu ódio não pudesse ser saciado. Eles zombavam dEle, maltrataram-nO de todas as maneiras possíveis, exigiram a morte mais vergonhosa e cruel que pudessem pensar para Ele, e mesmo quando eles O pregaram à árvore maldita, continuaram a enchê-Lo com reprovação!

Sem uma causa? Não existe então uma resposta para a pergunta: Porque O odiaram com tanta fúria? Oh, sim! Ouça, Ele mesmo dá a resposta: "Aquele que me odeia a mim, odeia também a meu Pai". E ainda: " mas agora, não somente viram, mas também odiaram tanto a mim como a meu Pai." João 15:23, 24. Que todo o nosso ódio é revelado como o ódio a Deus – isso é o significado da cruz.

Mas quem são esses inimigos que tão cruelmente e perversamente O odeiam? O texto diz simplesmente: "Eles". Mas isto não é muito indefinido? Alguém que faz uma acusação tão grave, e que, também, perante a face de Deus, não menciona os seus inimigos pelo nome? Neste caso, isso é supérfluo. "Eles" é bastante suficiente. Significa homens, apenas homens, homens de todas as classes e posições, todos os homens, sem excepção. Essa cruz significa que você e eu O odiámos sem causa, e que somos inimigos de Deus, que destruiríamos o próprio Deus, se pudéssemos!

E então? Devemos abordar essa cruz para ter pena do Crucificado, e para lançar uma piedosa lágrima de auto-justiça? Não permita Deus! Mas a única maneira boa, a única coisa possível de fazer é prostrar-nos a nós próprios diante da cruz, sob a poderosa mão do juízo de Deus, e confessar incondicionalmente e sem reservas, que odiávamos a ambos, Ele e seu Pai!

Mas não estamos absolutamente perdidos, e não assinamos a nossa própria condenação, se fizermos isso? Deve esta, então, ser a nossa última palavra? Graças sejam dadas a Deus, porque não! Pois, ouça! Se pela graça de Deus, você assim assinar a sua própria condenação, Deus certamente irá justificar a você! Porque o Filho do homem, a quem vós crucificastes, fez dessa cruz o altar de Deus e no amor insondável, Ele suportou a culpa do seu ódio, e tirou-a para sempre! E, portanto, naquela cruz você também pode clamar: "Ó Deus, sê propício a mim, um pecador!" e regressar a sua casa, limpo de pecado, e justificado para sempre!

Fonte (original): When I Survey, Book 3, Chapter 2, Herman Hoeksema, Reformed Free Publishing Association, pp. 211-218.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

8 Ataques Contra a Missa

8 Ataques Contra a Missa 


João Calvino
 

Se nos tempos de Paulo um abuso vulgar da Ceia pôde provocar a ira de Deus contra os coríntios, de maneira a os ter punido tão severamente, que devemos nós pensar quanto ao estado das coisas hoje em dia? Nós vemos, em toda a extensão do papado, não apenas desagradáveis profanações da Ceia, mas até uma abominação sacrilégia colocada no seu lugar.
 
Em primeiro lugar, está prostituída ao lucro imundo (I Timóteo 3:8) e comércio.
Em segundo lugar, está coxa, ao tirarem o uso da taça.
Em terceiro lugar, é alterada para outro aspecto, ao se ter tornado costume de alguém participar da sua própria celebração separadamente, paricipação sendo feita longe.
Em quarto lugar, não há lá nenhuma explicação do significado do sacramento, mas um balbuciar que combina melhor com um encantamento mágico ou os sacrifícios detestáveis dos gentios, do que com a instituição do nosso Senhor.
Em quinto lugar, há um infindável número de cerimónias, abundando umas partes com insignificâncias, outras com supertições e consequentemente poluições manifestas.
Em sexto lugar, há a invenção diabólica do sacrifício, que contém uma ímpia blasfémia contra a morte de Cristo.
Em sétimo lugar, está feita para intoxicar o homem miserável com confiança carnal, enquanto apresentam-no a Deus como se fosse uma expiação, e pensam que por este charme eles desviam todas as coisas danosas, e isso sem fé nem arrependimento. E ainda, enquanto confiam que estão armados contra o diabo e a morte, e estão fortificados contra Deus por uma sólida defesa, eles se entregam ao pecado com maior liberdade e tornam-se obstinados.
Em oitavo lugar, um ídolo é ali adorado no lugar de Cristo.
 
Em suma, está cheia de todas as formas de abominação.
 
(João Calvino, Coment. de I Cor. 11:30).

FONTE: http://www.cprf.co.uk/languages/portuguese.htm 

Unidade da Igreja de Cristo

Helder Flávio Gomes de Morais (helerfmorais@googlemail.com)
JesusSite


Panorâmica geral

Ao longo dos tempos a Igreja de Cristo tem vindo a ser alvo preferencial dos ataques do diabo que por todos os meios a tenta destruir. O diabo vem utilizando os crentes, pastores e as próprias igrejas para se lançarem umas contra as outras criando cisões, abandonos e destruições. O ladrão não vem, senão a roubar, matar e destruir (João 10:10). Na verdade também se aplica à Igreja de Cristo. Nos primórdios da Igreja constatamos as inúmeras perseguições, atentados, prisões e mortes perpetradas pelos detractores da doutrina de Cristo. Paulo foi um dos elementos que mais perseguiu a Igreja de Cristo e é o que mais ensinamentos nos deixa. Nessa época e porque era o início, os diferentes pontos de vista não eram assim tão visíveis. No entanto, uns discípulos diziam ser de Paulo, de Apolo, de Pedro etc., o que levou Paulo a esclarecer o assunto. Durante a Idade Média ocorreu um obscurantismo espiritual que quase reduziu a zero a obra de Cristo, até surgir a Reforma e recomeçar de novo a pregação do evangelho e o ensino das doutrinas de Cristo. Muito por causa daquele obscurantismo, houve necessidade de recomeçar tudo. Com a evolução dos acontecimentos, a Bíblia foi impressa, traduzida nas mais diversas línguas e surgem também diversas correntes de opinião sobre as Escrituras. O certo é que as Igrejas Cristãs pregam o Evangelho de Jesus Cristo. Umas dão mais ênfase a determinados mandamentos ou doutrinas, outros não lhes dão tanta relevância. Daí surge uma diferença de pontos de vista e que está na base das diversas denominações. Em tese, todas as pessoas têm a sua maneira de pensar e de interpretar determinado tema.

Seguramente se eu e outro crente dissertarmos sobre determinado tema, não utilizaremos as mesmas expressões nem colocaremos o enfoque nas mesmas personagens ou pontos de doutrina. Isso não quer dizer que o assunto central não seja exactamente o mesmo e que o resultado não seja o mesmo, explicado de maneiras diferentes. É esta diferença de expressão, de opinião e de condução que muitas pessoas se baseiam para formar grupos e criar denominações. Uns dão mais ênfase à salvação, outros ao baptismo, outros à cura; outros aos dons do Espírito Santo, outros ao sábado e ainda outros à prosperidade. Todos ensinam que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador e que com o Seu sacrifício vicário tornou-se a causa da salvação dos pecadores. No fundo o que mais interessa é que os pecadores sejam salvos. Uma vez salvos crescerão espiritualmente e desempenharão os seus papéis de acordo com os dons que o Espírito Santo distribuir a cada um para o que for útil.

Pergunta-se então: Porque criticar, denegrir e maldizer os restantes membros do corpo de Cristo?

“A verdade sempre teve os seus "falsificadores". Da mesma maneira que convém a todo cidadão reconhecer o dinheiro de seu país a fim de evitar problemas, assim devemos nós ser capazes de discernir a origem das diferentes doutrinas que nos são apresentadas. Cada uma delas deve ser submetida à prova (v. 1; 1 Tessalonicenses 5:21); a Palavra de Deus dá-nos o meio seguro para reconhecer as "notas falsas". As boas levam sempre o selo: Jesus Cristo veio em carne (v. 3). Boa Semente”.

Atualmente nota-se uma crescente crítica mordaz de uns contra os outros, igrejas contra igrejas em prejuízo da obra de Deus. Através de programas de televisão, de emissões de rádio ou de jornais, na internet, revistas e mesmo em tribunais a obra de Deus vem sendo destruída pelos próprios ministros de Deus. Será isto possível? Será loucura? Infelizmente é o que está a acontecer.

Vejamos o que diz o apóstolo Paulo sobre isto em I Coríntios 1:6:9: O irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis. Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos. Não sabeis que os injustos não hão-de herdar o reino de Deus?

Críticas, Condenações e Divisões

Desde o início da era Cristã que existem críticas, condenações e divisões entre os crentes e que, afectam a obra de Deus. Paulo testifica em I Coríntios 5:6: Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Para melhor compreendermos, jactância tem entre outros os seguintes significados: bazófia, vanglória, soberba, ufania, arrogância e amor-próprio. E é o que alguns têm sido (quando se colocam contra os irmãos e a doutrina de Cristo); mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (I Coríntios 6:11) e é o que se espera dos servos de Deus.

Certamente que as críticas não deixarão de existir por parte de ministros intolerantes e arrogantes. O receio de que outra igreja lhes leve os crentes está na base de tão acesa polémica. Das duas uma, ou estão receosos de perder o emprego e com isso o seu bem-estar, agindo com amor-próprio ou, realmente, não se deixam guiar pelo Espírito Santo. Lembro-me quando era jovem a Igreja que a minha família frequentava, não receava convidar pastores de outras denominações para fazerem campanhas de evangelização, findas as quais havia sempre muitas conversões e as relações entre as diferentes denominações se estreitavam com amor cristão. Não me parece que este tipo de relacionamento entre as igrejas se pratique muito hoje em dia. Cada um tem receio do outro, de ser roubado, como se ouve dizer. Por isso, criticam, deploram, incendeiam ânimos e afastam os crentes e recém-convertidos. Que lamentável, que tristeza verificar que irmãos em Cristo se digladiam ao invés de darem as mãos e colaborarem para o avanço da obra de Deus.

Dissensões nas Igrejas

Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado…que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós baptizados em nome de Paulo? (I Cor 3: 1). Dentro das próprias igrejas existem sempre o que vulgarmente se chamam de “ovelhas ranhosas”. São crentes que, por tudo e por nada, causam dissensões e divisões entre os irmãos, seja por calúnia, inveja, falso testemunho ou mesmo arrogância. Este tipo de pessoas consegue perturbar de tal maneira as igrejas que se dão algumas cisões. Uns ficam na igreja, outros procuram outra igreja, ou afastam-se ou ainda seguem o desordeiro para formar outra igreja. Igreja que não esteja baseada em Jesus Cristo é de barro, depressa se desfará. Infelizmente assisti a dois ou três casos que feriram a obra de Deus. Qual será o galardão para esses detractores da obra de Deus? Certamente que Deus os julgará. Hoje em dia assiste-se com mais frequência a esse tipo de insinuações muito pelo desplante dos pastores e da facilidade de comunicação. Uma das razões para que isso aconteça relaciona-se com a falta de chamada. A pessoa não sentiu a chamada para o Ministério. Sentiu um desejo ou uma oportunidade de se tornar pastor, faltando todo um suporte espiritual e de conhecimento da Palavra de Deus. Não frequentou o Seminário nem fez cursos bíblicos adequados. Assim como a semente lançada sobre pedregais que logo nasce e depressa morre por não ter raízes profundas, tais são aqueles que por uma emoção mais forte se querem dedicar à pregação do evangelho sem terem raízes e certezas da chamada do Mestre. São igrejas que podem transtornar os crentes ensinando doutrinas de homens.

E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (I Cor 3). Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor. E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro (I Cor 4:5-6).

Lobos vestidos de Cordeiros

E a História repete-se. Existem e existirão sempre lobos vestidos com pele de cordeiro que transtornam casas inteiras com doutrinas de demónios. Existem e existirão falsos profetas que arrastarão muitos para a perdição. As pessoas acreditam que encontram soluções para os seus problemas e aderem a essas igrejas e acabam por se deixar iludir com falsas doutrinas. Uma vez enraizados naquela doutrina tentam arrastar mais pessoas consigo, na suposição de que estão certos e que ganharão o paraíso. O que aqui falo diz apenas respeito às igrejas e seitas que não se baseiam em Jesus Cristo, ainda que algumas delas utilizem o nome de Jesus. Mas se o Espírito Santo não os ilumina são igrejas ocas que conduzem à perdição. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem (Mateus 7:12:14).

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis (Mateus 7:15-20). E nesta loucura muitos se perdem…

Segue a advertência: Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne (Colosenses 2:18-23). "Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados." (2 Timóteo 3:13). E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Apoc. 18:4. Deixemos que seja Deus a tratar a desfazer as falsas igrejas e a depor os falsos profetas.

A unidade do corpo

Ora digam os detractores: Pé, não necessito de ti ou, olho não preciso de ti. Reparou que, ou é coxo ou é cego? Quem ousaria dizer tal absurdo contra o seu próprio corpo?

Mas é o que alguns têm sido…

Vejamos o que o apóstolo Paulo nos diz: Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfacto? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros (I Coríntios 12: 13-).

Ninguém terá dúvidas em aceitar como verdade o que Paulo ensina sobre a unidade do corpo. Todos nós devemos zelar pelo nosso corpo que é o tempo do Espírito Santo. Se cuidamos dele no dia a dia com desvelo para que seja sempre saudável, porque não o faríamos em relação ao corpo de Cristo. É dever de todo o crente zelar pelo corpo de Cristo e pela sua unidade.

Correlação entre o corpo e a Igreja de Cristo

Ora, vós sois corpo de Cristo, e seus membros em particular (1 Coríntios 12:27).
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros” (Romanos 12:4-5). Outras passagens, como 1 Coríntios 12 e Efésios 4:11-16, enfatizam a mesma verdade. (Romanos 12:3-8). Não teremos de igual forma, zelo pelo corpo de Cristo? Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Por certo que alguns maltratam, hostilizam ou dividem o corpo para demonstrar determinada arrogância ou falta de auto estima. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele (I Cor 12).

Qual será então a razão pela qual os membros do corpo de Cristo se dividem, se hostilizam, se ferem e se maltratam? Não será isto obra satânica para dividir o corpo de Cristo? Deixo aos detractores o alerta para que revejam a sua conduta no seio do corpo de Cristo. Porquê? Ouçamos o conselho de Gamaliel em Actos 5: 34: Levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo…e disse-lhes: … acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens... digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus.

Ainda em I Cor 3: 10:17: Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício… a obra de cada um se manifestará. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão, se a obra de alguém se queimar sofrerá detrimento. Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. Portanto acautelai-vos dos falsos profetas que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis (Mateus 7:20).

A Igreja de Jesus Cristo

Pedro ensina que “cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”. (1 Pedro 4:10) Notemos a diversidade dos dons: todos temos recebido algum dom e somos convidados a utilizá-lo, conscientes da graça de Deus que nos foi dada. Mas também é fundamental que cada um “não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3; 2 Coríntios 10:13). Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente ( I Cor 12: 4-31).

Que ensinamentos podemos retirar?

João disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demónios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós, é por nós (Marcos 9:38:40). Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há-de vir, e eis que já está no mundo (I João 4:1-3).
Porque então existe esta guerra entre as diversas denominações das igrejas de Cristo?
A quem serve todas essas dissensões. Porque então caluniar, denegrir e julgar aqueles por quem Cristo morreu?

Irmãos não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei; e se julgas a lei não és observador mas juiz. Há um só legislador e um juiz que pode salvar ou destruir. Tu, porém, quem és que julgas a outrem? Tiago 4:11-12.

Cabe a responsabilidade a cada um de nós em obedecer à vontade de Deus.


Helder Flávio Gomes de Morais
Servo do Deus Altíssimo


Fonte: Jesus Site 

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'Sex Shop Gospel' regado a oração, bíblia e Jesus A nova empreitada responsável pelo crescimento de dois sex shops online nos Estados Unidos é a prova de que no mercado erótico há espaço para todos.

O site pioneiro “Book22” começou em 2008. A proprietária, Joy Wilson, disse em entrevista ao site religioso “NPR.com” que ao procurar alguns brinquedos pela internet para melhorar a vida entre quatro paredes com o seu marido, ambos se depararam com pura pornografia. Não era isso que procuravam: “Fiquei muito surpresa que era tão ruim”.

Por isso, ela resolveu começar seu próprio sex shop livre de pecados. O site comercializa livros, brinquedos e até mesmo conselhos sexuais e amorosos. O nome da loja faz referência ao salmo 22 da bíblia.

Preocupada em garantir a santidade dos produtos oferecidos, Joy faz questão de fazer sua parte: “Nós oramos por todos os produtos antes de adicioná-los ao site”. Ao que parece, a tática tem dado certo: “Ele (Jesus) realmente nos impressionou. Quase toda nossa página de 'pedidos especiais' está esgotada”. A especialidade envolve um “kit de aventura para o fim de semana” e um “kit sexy de velcro”.

A página inicial do site deixa claro a filosofia da loja: “oferecemos ótimos preços em nossos brinquedos sexuais cristãos, sempre mantendo Jesus Cristo no centro de tudo”.

Nota do CACP: Os cristãos verdadeiros não podem se calar diante de tanta corrupção. Precisamos nos levantar diante dessas afrontas e bradar - BASTA!

Fonte: http://www.conscienciacrista.com.br

Fonte: CACP