sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A Morte

A Morte


Rev. Ronald Hanko

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto / felipe@monergismo.com

Não há dúvida que a morte é um inimigo – o último inimigo (1Co. 15:26). Tememos a morte, porém não simplesmente porque ela é desconhecida. Ninguém jamais retornou para nos dizer como é morrer, mas nosso temor da morte vem especialmente do conhecimento que a morte é o salário do pecado (Rm. 6:23), o julgamento de Deus sobre aqueles que se rebelaram contra ele.

Não é de maravilhar que toda tentativa é feita para esconder o horror e a corrupção da morte. Nem é de se admirar que em face da morte, a maioria tente afogar suas tristezas em diversão e bebidas. Mesmo quando estão morrendo, eles não querem pensar ou falar da morte, e em muitos casos eles simplesmente negam que estejam morrendo, quando é claro que não há nenhum remédio ou socorro.

Quando o ímpio vê a morte na criação, eles falam de "sobrevivência do mais adaptado"1 e da "natureza, vermelha no dente e na unha"2 para esconder o fato que a morte não é natural e que a ira de Deus é evidente nela. A morte está em todo lugar e sempre é o fim de todas as esperanças, o inimigo que chega rápido demais. Na morte, pelo julgamento de Deus, todos os labores e esperanças são deixados sem cumprimento e satisfação.

É somente pela fé que um crente é capaz de enfrentar a morte, e mesmo então isso não é fácil. Em face da morte, a fé deve brigar, lutar e sobrepujar, embora sempre tenha a vitória. Com consciência dos seus próprios pecados, o filho de Deus ainda deve buscar pela fé confiar no sacrifício e vitória de Cristo sobre a morte e crer de todo o seu coração que a morte foi tragada na vitória.

A morte está conquistada para o crente. A morte não pôde deter Cristo (At. 2:24), pois o aguilhão (o poder destruidor) da morte é o pecado (1Co. 15:56), e Cristo não tinha nenhum pecado. Os pecados que tomou sobre si, como Mediador, ele pagou até o último centavo. Ele deliberadamente colocou a si mesmo no poder da morte e permitiu que ela fizesse o pior com ele, mas ela não podia e não o conquistou, pois ele era o Filho de Deus, o Santo. Sua morte, como John Owen colocou tão belamente, foi "a morte da morte"3 para todos a quem o Pai tinha lhe dado.

Isso levanta a pergunta: "Por que os crentes devem morrer, se a morte foi tragada na vitória?". Ou, como o Catecismo de Heidelberg coloca: "Se Cristo morreu por nós, por que devemos nós morrer também?" A resposta do Catecismo é a resposta da Escritura: "Nossa morte não é para pagar nossos pecados, mas somente significa que morremos para o pecado e que passamos para a vida eterna"4 (Veja também Jo 5:24; Fp. 1:23).

Que maravilha! A porta escura, que antes tinha sido aberta somente para o inferno e condenação, abre-se agora para que os crentes entrem na gloriosa vida celestial. Portanto, talvez não seja errado dizer que devemos morrer para mostrar quão completa foi a conquista de Cristo em nosso favor. A morte é um fim para todo pecado, sem dúvida, e uma porta para glória, mas também um testemunho do fato que essa morte foi verdadeiramente tragada.

E assim, os crentes dizem: "Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor" (Rm. 14:8). Será essa a nossa confissão quando a morte chegar?

Fonte (original): Doctrine according to Godliness, Ronald Hanko, Reformed Free Publishing Association, p. 309-311.

1"Sobrevivência do mais adaptado", do livro Principles of Biology (1864-1869) de Herberts Spencer, foi tomado por Charles Darwin para descrever sua teoria de evolução.

2"Nature red in tooth and claw" faz parte do estrofe 4 do poema In Memorium, Parte 56, de Alfred Lord Tennyson.

3"A Morte da Morte na Morte de Cristo: Um Tratado sobre a Redenção e Reconciliação que há no Sangue de Cristo, com o Mérito disso, e a Satisfação adquirida por ela" em The Works of John Owen, editado por William H. Goold, vol. 10 em Division 3:c Controversiel (London: The Banner of Truth Trust, 1967) 139-421. Originalmente publicado em 1850-1853.

4Catecismo de Heidelberg, Dia do Senhor 16, P&R 42.

Sobre a Natureza do Seu Rebanho

Sobre a Natureza do Seu Rebanho

Thomas Miersma

Tradução: Marcelo Herberts

Jesus disse: "Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem" (João 10:14).

Por essas palavras Jesus nos ensina sobre as suas ovelhas. Elas constituem um rebanho espiritual, conhecidas por Cristo através do Seu amor, e o amam como seu pastor. Elas representam a Sua igreja e reino. Acerca delas Jesus diz, "Meu Pai, que as deu para mim" (João 10:29), isto é, "a mim." Suas ovelhas foram confiadas a ele por Deus na eternidade, e ele as conhece. Ele também diz, "[Eu] dou a minha vida pelas ovelhas" (João 10:15). Aquelas que Lhe foram entregues foram compradas pelo Seu sangue; por elas somente Ele morreu. "As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão" (João 10:27-28). Elas crêem e são salvas. Elas crêem porque são "de Deus" e ouvem as Suas palavras, tal como Jesus disse, "Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz" (João 8:47). Elas nascem do Espírito, crêem e entram no Seu reino, como Ele disse, "Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo [ou ‘de cima’]" (João 3:3). E mais uma vez, Jesus disse, "O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito" (João 3:6).

Jesus nos ensina que o Seu rebanho, igreja e reino é uma obra da graça, definida e confiada a Ele, comprada com o Seu sangue, a qual Ele dá vida eterna. É uma realidade espiritual surgida pelo poder do Seu espírito, trazida à fé e preservada pela eternidade. A igreja é um organismo espiritual. Jesus a descreve como uma planta viva, quando diz, "Eu sou a videira; vocês são os ramos" (João 15:5). É uma unidade espiritual viva em Cristo, assim como Ele diz "Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um: eu neles e tu em mim. Que eles sejam levados à plena unidade, para que o mundo saiba que tu me enviaste, e os amaste como igualmente me amaste" (João 17:22-23). Então Ele também diz, "porque o Reino de Deus está entre [ou ‘dentro de’] vocês" (Lucas 17:21). O rebanho, igreja e reino de Cristo no mundo é uma unidade espiritual invisível em Cristo o Senhor, uma fraternidade espiritual. Essa igreja e reino não se restringe a uma denominação visível ou "igreja." Apegar-se a uma igreja visível por conta de tradições ou vínculos terrenos, quando ela se tornou corrupta e afastada da Palavra de Cristo, é pecado.

Em harmonia com a natureza espiritual do Seu rebanho, Jesus fala da reunião e do crescimento do Seu reino, "O Reino de Deus não vem de modo visível" (Lucas 17:20). Ele cresce pela reunião espiritual das Suas ovelhas nos termos terrenos do seu tamanho ou influência no mundo. É um reino e rebanho reunido e regido pela graça agora presente no mundo.

Trata-se então de um reino espiritual e celeste, chamado "o reino do céu." Jesus diz, "O meu Reino não é deste mundo" (João 18:36). Não no presente mundo, não em Jerusalém, nem num reino terreno de glória, mas num novo céu e numa nova terra será conhecida a sua glória visível. Tal como Jesus disse, "Quando o Filho do homem vier em sua glória … assentar-se-á em seu trono na glória celestial … E colocará as ovelhas à sua direita… Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo’" (Mateus 25:31-34). Você está procurando este reino ou outro?


Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 17.

Sobre o Seu Reino no Mundo

Sobre o Seu Reino no Mundo

Thomas Miersma

Tradução: Marcelo Herberts

Jesus disse: "O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeia é o Diabo. A colheita é o fim desta era, e os encarregados da colheita são anjos. Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era" (Mateus 13:38-40).

Com essas palavras Jesus explica a parábola do joio (Mateus 13:24-30; 36-43), uma parábola em que Ele descreve a Sua igreja e reino, em sua manifestação visível no campo deste mundo.

Essencialmente, essa igreja e reino é obra da Sua graça, a boa semente espalhada e plantada em Seu reino. É a reunião do Seu povo, a igreja, "os chamados," pois esse é o significado da palavra igreja nas Escrituras. Seu povo é nascido pelo poder da Sua graça, tal como Jesus disse, "Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do Espírito" (João 3:5). Seu povo é o Seu rebanho que entra pela fé em Cristo (a porta do reino e curral) e O segue pela fé, como seu pastor fiel. Tal como Jesus disse, "Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem [ou ‘ficará em segurança’]" (João 10:9). O reino de Jesus é uma fraternidade espiritual, o "reino dos céus." Os "filhos do reino" são o Seu povo. Representam o trigo, de acordo com a parábola, no campo de trigo de Deus.

Essa igreja e reino também se torna manifesta ou visível no mundo como igreja instituída por Jesus Cristo, reunida debaixo da pregação da Palavra, pela qual Cristo governa do céu o Seu povo como Rei. A marca distintiva desse reino é a pregação piedosa da Palavra de Deus. Neste reino, em sua manifestação visível, é encontrado não apenas o trigo, mas também o joio ao qual Jesus se refere. Joio é erva daninha. É obra do pecado e do diabo, que o planta no reino de Jesus aqui no mundo, a fim de subverter a vida desse reino. Assim eram os perversos e incrédulos em Israel nos dias de Jesus. Eles reivindicavam ser filhos de Abraão, mas Jesus disse, "Se vocês fossem filhos de Abraão, fariam as obras que Abraão fez" (João 8:39), isto é, eles não eram a verdadeira semente de Abraão, pois não tinham a fé de Abraão nem suas obras decorrentes da fé. Eles reivindicavam que Deus era seu pai, mas Jesus lhes disse, "Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo" (João 8:44). Eles faziam parte do joio, a erva daninha no campo de trigo de Deus. Assim são sempre as coisas no reino de Cristo deste mundo. Incluem-se pessoas de fora para a vida e adoração na igreja, pessoas que não tomam parte em Cristo, que não crêem e nunca crerão nEle. Mero vínculo exterior a uma igreja não faz com que uma pessoa seja cristã—não salva ninguém.

É ensino de Jesus que a sua igreja no mundo não está ainda aperfeiçoada, e não o será até a colheita no fim dos tempos. Além do mais, Jesus ensina que esta é a vontade de Deus (Mateus 13:30). A idéia de uma manifestação pura da igreja neste mundo, consistindo de crentes genuínos tão-somente, é contrária ao ensino de Cristo. É na colheita que Jesus diz que "Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai" (Mateus 13:43). Você pertence ao reino de Cristo no mundo? Você foi plantado por Deus como trigo ou joio?

Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 18.

Pastor Marco Feliciano do Ministério Tempo de Avivamento critica postura da Globo contra a Igreja Universal

Pastor Marco Feliciano pede "união dos Evangélicos e orações pela igreja brasileira para que o evangelho de Cristo não seja prejudicado ou alvo de calúnias" [*]



SÃO PAULO [ ABN NEWS ] - O pastor e cantor gospel Marco Feliciano criticou, nesta quarta-feira (19), em seu site, os ataques da TV Globo à Igreja Universal. Ele classificou como “nojenta” a reportagem exibida no último dia 11, no “Jornal Nacional”. O pastor do Ministério Tempo de Avivamento acrescentou que a matéria exibida estava mais para Projac (centro de produção da Globo) do que para a vida real.

“Não é segredo que os evangélicos já foram considerados a escória da sociedade. Os mais novos podem não lembrar, mas evangélico era sinônimo de idiota, imbecil e sem cultura. Assumir a fé em Cristo era a certeza de ser criticado. O tempo passou e as coisas mudaram”, comentou.

Marco Feliciano ressaltou que, hoje, os evangélicos estão no governo, nas faculdades, nos consultórios e na mídia. “Os evangélicos, de escória, passaram para aceitáveis, isto é, aceitáveis desde que seus pensamentos, ideologias e interesses não confrontem os de outrem. Os evangélicos cresceram e respondem por boa parte do mercado consumidor. Números recentes apontam um total de, no mínimo, 40 milhões de evangélicos; creio que é muito mais. Contudo, podemos ter 50 milhões de evangélicos, mas nunca teremos 5 milhões de irmãos”, comparou.

O pastor lembrou de alguns casos que geraram polêmica, como o desabamento de um telhado da Igreja Renascer; o missionário David Miranda, da Igreja Pentecostal Deus é Amor, acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro; e o pastor Silas Malafaia, acusado de homofobia e discriminação por várias entidades. Segundo Marco Feliciano, todos os inquéritos foram concluídos e ninguém foi condenado.

“O que me causou repúdio, e agora é para os que se dizem irmãos, é a inércia da nossa classe, os evangélicos. Vejo as pessoas falando mal de líderes, igrejas, costumes, doutrinas, etc. Onde estão os irmãos na hora da acusação? Onde estão os que juraram amor à obra?”, frisou.

“Você pode não ter simpatia pelo pastor Marco Feliciano, pastor Silas Malafaia, bispo Edir Macedo, apóstolo Estevam, bispa Sônia Hernandes e o missionário David Miranda. Porém, você não pode acreditar em tudo o que vê ou lê. É preciso apurar todos os fatos. A briga entre Globo e Record é nossa? Sim, pois respinga nos evangélicos”, observou.

O pastor disse ainda que todas as igrejas tem a prática do dízimo, libertação e cura. “Quer me fazer acreditar que em sua igreja ninguém nunca saiu falando mal dela e de suas práticas? Não defendo a Record como empresa, mas a IURD como igreja. Como defendi os nomes e casos que citei acima. Se estivessem errados, eu seria o primeiro a falar. Não estavam. É véspera de ano eleitoral, a Record chegou a cravar 10 pontos na segunda colocada, cresce acima da média e, convenhamos, isso não agrada ninguém”, enfatizou.

Marcos Feliciano pediu mais união entre os evangélicos.
“Toda vez que um evangélico é indiciado, respinga em nós. Chega! Acabou a farra! Se você tem algum veículo de comunicação (site, blog, twitter, etc.), use-o neste momento. Defenda sua fé!”, convocou.

O pastor fez questão de registrar sua solidariedade à Igreja Universal do Reino de Deus, especialmente ao líder, Bispo Edir Macedo. “Podemos divergir em vários assuntos doutrinários, mas o que une os evangélicos como um todo é muito maior: Jesus Cristo. Assim como a Rede Record, faço a seguinte pergunta: como a Rede Globo teve acesso ao processo que corre em segredo de justiça?”, criticou.

A mensagem - Confira a mensagem do Pr. Marco Feliciano na íntegra:

"Pr. Marco Feliciano fala sobre Globo x Record

“Prezados internautas,

Chamo internautas porque a palavra irmão foi depreciada por nós, os evangélicos. Irmãos, no meu entendimento, são pessoas da mesma família que mutuamente dão a vida um pelo o outro. Sabem a expressão “mexeu com você, mexeu comigo?”. É por ai.

Não é segredo que os evangélicos já foram considerados a escória da sociedade. Os mais novos podem não lembrar, mas evangélico era sinônimo de idiota, imbecil e sem cultura. Assumir a fé em Cristo era a certeza de ser criticado.

O tempo passou e as coisas mudaram.

Hoje os evangélicos estão no governo, nas faculdades, nos consultórios e na mídia. Os evangélicos de escória passaram para aceitáveis, isto é, aceitáveis desde que seus pensamentos, ideologias e interesses não confrontem os de outrem. Os evangélicos cresceram e respondem por boa parte do mercado consumidor. Números recentes apontam um total de, no mínimo, 40 milhões de evangélicos; creio que é muito mais. Contudo, podemos ter 50 milhões de evangélicos, mas nunca teremos 5 milhões de irmãos.

A Rede Globo, detentora de um império considerável, nos últimos dias tem atacado a Igreja Universal do Reino de Deus. Não posso considerar matéria jornalística o que vi no dia 11 de agosto de 2009 e até o momento. Fiquei com nojo quando vi a reportagem que está mais para o Projac do que para vida real.

Não quero cair no mérito das brigas entre Rede Globo e Rede Record. Quero entrar em outra discussão.

Lembram do caso da Igreja Renascer, onde o telhado caiu e todo mundo falou que a Igreja era irresponsável? Diversos veículos de comunicação acusando e ninguém, exceto alguns, do qual eu me incluo, prestou solidariedade e acreditou na igreja. Vocês já esqueceram do caso? Eu não.

Olhem um trecho da reportagem, uma verdadeira reportagem, abaixo:

“Em nota divulgada à imprensa nesta quarta-feira (27/05), o advogado Luiz Flávio Borges D`Urso, que representa a Renascer em Cristo, afirma que teve acesso ao laudo do IC (Instituto de Criminalística), entregue ontem à polícia. Segundo ele, os peritos isentam a igreja de responsabilidade pelo desabamento da sede em janeiro. O acidente causou nove mortes e deixou mais de cem feridos no Cambuci, zona sul de São Paulo”.

Fonte: Igospel

Nos últimos anos o líder da Igreja Pentecostal Deus é Amor foi acusado de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Você esqueceu? Eu não.

Para quem não sabe, ou não quer lembrar, informo que parte dos inquéritos foi arquivada e, nos que viraram processos, o missionário David Miranda foi absolvido. Isso ninguém falou? Que coisa, não?

Em 2007, o Pr. Silas Malafaia foi acusado de homofobia e discriminação por várias entidades, especialmente a ABGLT. Você lembra?

Para concluir, o resultado foi o mesmo dos casos acima e, para minha felicidade, ele contou com apoio de diversas lideranças evangélicas.

O que me causou repúdio, e agora é para os que se dizem irmãos, é a inércia da nossa classe, os evangélicos. Vejo as pessoas falando mal de líderes, igrejas, costumes, doutrinas, etc. Onde estão os irmãos na hora da acusação? Onde estão os que juraram amor à obra?

Você pode não ter simpatia pelo pastor Marco Feliciano, Pr. Silas Malafia, Bp. Edir Macedo, Ap. Estevam, Bp. Sônia Hernandes e o missionário David Miranda. Porém, você não pode acreditar em tudo o que vê ou lê; é preciso apurar todos os fatos.

A briga entre Globo e Record é nossa? SIM, pois respinga nos evangélicos.

Vai dizer que sua igreja não tem a prática do dízimo, libertação e cura? Quer me fazer acreditar que em sua igreja ninguém nunca saiu falando mal dela e de suas práticas?

Não defendo a Record como empresa, mas a IURD como igreja. Como defendi os nomes e casos que citei acima. Se estivessem errados, eu seria o primeiro a falar; não estavam. É véspera de ano eleitoral, a Record chegou a cravar 10 pontos na segunda colocada, cresce acima da média e, convenhamos, isso não agrada ninguém.

O Pr. Silas Malafaia tem um dos melhores programas evangélicos do país, as obras da Igreja Renascer dispensam comentários e o David Miranda é exemplo para nós.

Toda vez que um evangélico é indiciado respinga em nós. Chega! Acabou a farra!

Se você tem algum veículo de comunicação (site, blog, twitter, etc) use-o neste momento. Defenda sua fé!

Quero registrar minha solidariedade e fé para com a Igreja Universal do Reino de Deus, especialmente ao seu líder, Bispo Edir Macedo. Podemos divergir em vários assuntos doutrinários, mas o que uni os evangélicos como um todo é muito maior; Jesus Cristo. Assim como a Rede Record faço a seguinte pergunta. Como a Rede Globo teve acesso ao processo que corre em segredo de justiça?

Dia 06 de setembro está chegando. Teremos um programa especial e este assunto veio somente ratificar em meu coração o que devemos fazer.

Enquanto isso ore por nós. Ore pela igreja brasileira e para que o evangelho de Cristo não seja prejudicado ou alvo de calúnias. Defenda a sua fé e honre o nome cristão que você leva junto com você.

Um forte abraço,

Pr. Marco Feliciano, DD.

Fonte: www.marcofelicano.com.br

Fonte primária: ABN

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O Batismo de Jesus e as contradições da vida cristã

Preletor: Pr. Douglas de Freitas
Referência Bíblica: Mc 1.9-13
Tema: O Batismo de Jesus e as contradições da vida cristã

A palavra `batismo` no original grego significa mergulhar, imergir. O batismo é uma das ordenanças de Jesus à igreja."Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;" (Mt 28.19) O batismo é o simbolismo da nossa união com Cristo. É a confissão pública do que ocorreu em nosso interior. Simboliza a nossa morte para o mundo e a ressurreição para Cristo. É no batismo que nos tornamos membros da igreja local. No texto lido Jesus é batizado. João Batista pregava o batismo do arrependimento, mas Jesus não tinha pecados para serem perdoados. Mesmo assim, Ele foi batizado para ser um exemplo para nós cristãos.

Os eventos vividos por Jesus em seu batismo e depois em seu período no deserto simbolizam as contradições da vida humana e da vida cristã. Jesus nos ensina como passar por essas situações e tirar proveito das contradições da vida.

Primeira lição: Existem dias de céus abertos, mas também existem dias de portas fechadas.

Passar por dias de céus abertos, não isenta ninguém de passar por dias de portas fechadas. Dias de tristeza, doença, escassez e dificuldades. "No dia da prosperidade goza do bem, mas no dia da adversidade considera; porque também Deus fez a este em oposição àquele, para que o homem nada descubra do que há de vir depois dele." (Ec 7.14)

Todos gostamos de viver apenas dias de felicidade, mas a vida humana é regida por contradições. O mesmo Deus que abre as portas para abençoar, é o mesmo Deus que fecha as portas, porque Ele é soberano. Isso não significa que Deus nos abandona, porque Ele está no controle de todas as situações. O mesmo Deus que exaltou Jesus no batismo, o impeliu para o deserto para ser tentado por satanás por 40 dias.

Se você está vivendo dias de céus abertos, aproveite. Nos dias em que as portas se fecharem, continue glorificando ao Deus que está no controle. Porque Ele faz tudo perfeito, para a glória do Seu santo nome. Se as portas estiverem fechadas, saiba que os céus também se abrirão para você. Ele te unge para vencer a tentação do diabo no deserto. E pelo poder da Sua Palavra te garante a vitória.

Na teologia há o que chamamos de "bênção comum", Deus manda sol e chuva sobre justos e ímpios. O mesmo Deus que abre os céus, também fecha as portas. Ele é soberano e nunca vai te decepcionar, pois Ele faz tudo formoso no seu devido tempo.

Segunda lição: O mesmo Espírito que nos unge, é o mesmo espírito que nos leva para a batalha espiritual.

A unção de Deus em nossas vidas é a capacitação para a prova e para as batalhas espirituais. O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder, uma unção para nos preparar para grandes batalhas espirituais e para sofrermos pela causa de Cristo. A vida cristã também é feita de lutas, mas maior é o que está em nós do que o que está no mundo.

No texto lido observamos que o batismo e a batalha espiritual andam juntos. Ao nos ungir, o Senhor está nos destinando à guerra, ao campo de batalha espiritual. Ele nos unge para a batalha, não para sermos derrotados, mas para termos vitória em Seu santo nome. Davi não foi ungido apenas para tocar harpa, mas para vencer gigantes, ursos e leões. Paulo não foi ungido apenas para ter visões, mas para lutas e açoites. Daniel não foi ungido apenas para ter visões escatológicas, mas para enfrentar a cova dos leões. Nós não fomos ungidos apenas para dias de céus abertos, mas para enfrentarmos lutas e sairmos vitoriosos para a glória do Senhor. Porque Ele está conosco em qualquer situação. Diante dos desafios da vida, vença por Cristo que te ungiu para vencer.

"Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam." (Sl 23.4)

Terceira lição: A nossa vida é entre feras e anjos.

Na vida cristã há anjos a nosso redor, mas o diabo anda ao derredor, buscando a quem possa tragar e os demônios tentam nos fazer pecar. Há até mesmo irmãos querendo nos prejudicar. A vida cristã não é só alegrias e vitórias, mas também lutas, tristezas, doenças e adversidades. Feridas e dor em meio à beleza.

"Ao riso disse: Está doido; e da alegria: De que serve esta?" (Ec 2.2)

Nós passamos por lutas para crescer e amadurecer espiritualmente. Apesar dos ataques do inimigo, somos protegidos pelo Senhor. Mesmo que sejamos invejados e humilhados, Ele nos exaltará. Como Daniel podemos dizer que vivemos entre feras e anjos, mas Deus está conosco. Ele nos fortalece, sustenta e ajuda. Nos guarda e tem propósitos para nós, pois a nossa vida é para a glória do Senhor.

Se até Jesus foi tentado e perseguido, muito mais nós também seremos. Mas Ele também foi ungido para pregar, curar e fazer milagres e assim também nós seremos. O importante é que Jesus foi obediente até cumprir todo o propósito de Deus para nós. E importa que nós também o cumpramos, glorificando o nome do Senhor em todas as situações.

Deus não nos ungiu para sermos derrotados, mas para vencermos todas as lutas e tribulações. Então, cumpramos o propósito do Senhor. Com céus abertos, ou com portas fechadas, glorifique ao Senhor, porque Ele é soberano e te garante a vitória.

Sobre Ser Reto Perante Deus

Sobre Ser Reto Perante Deus

Thomas Miersma

Tradução: Marcelo Herberts

Jesus disse: "Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus" (João 3:18).

Por essas palavras Jesus não apenas nos ensina que os incrédulos serão condenados, mas que por conta do seu pecado e incredulidade eles já estão debaixo do julgamento de Deus. O homem é um pecador culpado. Ele nasce nessa condição de pecado e incredulidade. Mas Jesus também ensina que pela fé em Jesus Cristo um homem escapa da condenação. Igualmente, Jesus disse: "Quem crê no Filho tem a vida eterna; já quem rejeita o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele" (João 3:36).

Jesus ensina que os pecadores descrentes estão de fato mortos, debaixo da ira de Deus, e que nunca terão uma vida genuína em comunhão com Deus. A ira de Deus repousa e permanece sobre eles. Tal é o estado do pecado e da culpa humanos, mas por meio da fé um homem é liberto da condenação e tem vida eterna. Fé é o instrumento ou meio pelo qual somos declarados retos perante o trono do julgamento de Deus. Essa bênção é encontrada somente em Jesus Cristo. Nós não passamos da condenação à retidão porque cremos. A fé nunca poderia ser o fundamento dessa mudança, pois ela em si é obra da graça. Acerca da confissão de fé de Simão Pedro, "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo," Jesus diz: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus" (Mateus 16:17). Ensinar que somos perdoados porque cremos, porque fizemos uma decisão por Cristo ou porque fazemos boas obras, é ensinar a doutrina da salvação e absolvição pelas obras, seja pela vontade ou atividade do homem, seja pela sua crença.

Antes, Jesus nos ensina através da oração do publicano (Lucas 18:9-14), que é com base na misericórdia de Deus que somos justificados ou tornados retos. A misericórdia de Deus é a fonte da absolvição. Como Jesus diz, o publicano orou "Deus, tem misericórdia de mim, que sou pecador," e Ele também explica: "Eu lhes digo que este homem, e não o outro, foi para casa justificado diante de Deus" (Lucas 18:13-14). Foi a misericórdia de Deus que perdoou a dívida pelos seus pecados. Por meio dessa misericórdia Deus entregou Jesus Cristo para "… salvar o seu povo dos seus pecados", deu-Lhe o nome de Jesus, Salvador (Mateus 1:21).

Deus não deixou de lado a Sua justiça. O pagamento pelos pecados do seu povo precisava ser efetuado, a justiça deveria ser satisfeita, e a ira de Deus contra o pecado levada embora. Portanto Jesus testifica do Seu sangue, oferecendo o cálice da comunhão: "Isto é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados" (Mateus 26:28). Jesus carregou sobre si a ira de Deus, pagou a dívida no lugar do seu povo, a fim de que esse povo pudesse ser declarado reto perante Deus. Somente Jesus é o fundamento ou causa da nossa retidão. Ele não apenas provê retidão, mas é a retidão do seu povo perante Deus. Ele exclamou na cruz: "Está consumado!" (João 19:30); e não "Está provido." Pela fé em seu nome, Deus concede essa bênção ao seu povo. Essa bênção não reconhece qualquer obra ou retidão no homem. A fé permanece sem obras; é uma confiança em Cristo. Tal confiança não pode jamais merecer qualquer coisa por si mesma. É por sua própria natureza uma confiança na pessoa, nas obras e nos méritos de outro, a saber, Jesus e o Seu pagamento e obediência. Por meio dessa confiança salvadora em Cristo, Deus imputa retidão sem obras (Romanos 4:6). Deus justifica aqueles que em si mesmos são ímpios (Romanos 5).

Em sua condição perante Deus, no que você está confiante? Você é reto, não com base nas suas obras, mas através do completo Salvador? Aquele que crê em Jesus Cristo "não é condenado" (João 3:18). É o seu caso?

Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 12.

CNBB reitera legitimidade de acordo entre Brasil e Vaticano

O acordo assinado entre o Brasil e o Vaticano respeita, em todos os aspectos, a Constituição do país e o Estado laico, disse hoje à Agência Efe o presidente do episcopado brasileiro, Dom Geraldo Lyrio Rocha.

"O acordo não fere a Constituição, não fere o Estado laico e não reivindica nenhum privilégio para a Igreja Católica. O acordo integra, em um único texto, aquilo que já está na legislação do país, na Constituição e na jurisprudência", declarou o também arcebispo de Mariana (Minas Gerais), à frente da Confederação Nacional de Bispos do Brasil desde maio de 2007.

Assinado durante a visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ao papa Bento XVI em 13 de novembro do ano passado, o acordo entre a Santa Sé e o Brasil, o país com mais católicos do mundo, ainda precisa ser aprovado pelo Congresso nacional para entrar em vigor.

O documento, contra o qual alguns setores da sociedade se manifestaram no começo da semana, regula os aspectos jurídicos da Igreja Católica no país, que até agora era regida por um decreto de 7 de janeiro de 1890, no qual a então recém-proclamada República Federativa do Brasil reconhecia o caráter jurídico da instituição, destacou Dom Lyrio.

Segundo o arcebispo, o documento, de 119 anos, se tornou "frágil", porque os servidores das repartições públicas estavam tendo dificuldades para reconhecer o mesmo consignava. Por essa razão, a própria CNBB propôs um acordo entre o Brasil e a Santa Sé, processo que começou nos anos 1990.

"Assim como muitos outros Estados têm relações e assinam acordos com a Santa Sé, propusemos que o Brasil tivesse um acordo dessa natureza que reafirmasse o caráter jurídico da Igreja Católica no Brasil, o que foi levado adiante pela Nunciatura Apostólica", declarou o presidente da CNBB.

O documento, com 20 artigos, estabelece um marco jurídico para o funcionamento da Igreja Católica e de suas instituições no Brasil, sempre baseado no que está previsto na Constituição e nas leis, e sem acrescentar nada de novo ao que já existe.

"(O acordo) não traz elementos novos" quanto à situação da Igreja Católica no país, frisou o arcebispo, que reiterou a conformidade do documento às normas constitucionais e ao Estado laico.

"O Estado laico não é sinônimo de Estado antirreligioso, absolutamente ateu. O laico é o que não é confessional e garante a todas as confissões o direito de se expressar e organizar, respeitadas as limitações impostas pela legislação", afirmou Dom Lyrio na entrevista por telefone que concedeu à Efe.

Nesse sentido, o presidente da CNBB ressaltou que, assim como a Igreja Católica fez esse tratado, "outras confissões podem tentar firmar convênios com o Estado brasileiro de acordo com seus interesses", como ocorre em muitos outros países.

Em resposta às críticas de organizações de ateus e membros de outras religiões, segundo as quais a Igreja Católica obterá privilégios inconstitucionais com o acordo, o arcebispo disse que "todos os artigos do documento trazem a ressalva 'de acordo com a legislação em vigor e com a Constituição do Brasil'".

De modo semelhante já tinha se expressado na segunda-feira o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta. Em um artigo publicado no site da CNBB, o religioso destacou que o acordo "não concede nenhum privilégio extraordinário à Igreja Católica".

Como o documento regula os aspectos jurídicos da Igreja Católica e de suas instituições em temas como o casamento religioso, o funcionamento de escolas e hospitais e a assistência social a presos, o texto "foi submetido à aprovação de todos os ministérios que têm alguma relação com o acordo", acrescentou Dom Lyrio.

Segundo dados da CNBB, pouco mais de 70% dos 191 milhões de brasileiros são católicos, mas nem por isso "a Igreja pretende ter qualquer privilégio em relação a outras confissões", insistiu o presidente da entidade.

"A Igreja Católica brasileira mantém uma postura ecumênica e de diálogo inter-religioso. Seria uma incoerência querer pleitear qualquer coisa que ferisse o Estado laico", concluiu.

Fonte: EFE

No 7º dia de "guerra", 'Globo' exibe nota da 'Record'

Sete dias depois do início de uma "guerra" entre a Globo e a Record em pleno horário nobre, a emissora da família Marinho exibiu uma nota da concorrente, em que nega as acusações de superfaturamento na venda de horários publicitários para a Igreja Universal, com o objetivo de financiar a emissora.

Pela primeira vez desde o dia 12, o Jornal da Record não deu destaque algum às denúncias envolvendo o fundador da igreja, Edir Macedo.

As emissoras têm trocado ataques desde quarta-feira passada, quando a Record resolveu responder às acusações do dia anterior, por ter considerado que a concorrente deu destaque excessivo ao fato da Justiça paulista ter acatado a denúncia por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro contra Edir Macedo e mais nove pessoas. Os acusados usariam as doações dos fiéis para benefício próprio.

Os principais telejornais das emissoras levaram ao ar reportagens ao mesmo tempo na semana passada. A TV ligada a Universal chegou a reservar mais de 20 minutos para atacar a concorrente no dia 13 e levou ao ar um programa especial de uma hora de duração no domingo, que incluiu um depoimento de Edir Macedo sobre as acusações. Nas reportagens, a Record tentou vincular a Globo com a ditadura militar e afirmou que um promotor responsável pelas investigações da Universal já foi investigado por favorecer a emissora da família Marinho. A Universal pediu abertura de sindicância no Ministério Público.

Segundo o Jornal Nacional desta quarta, um relatório da polícia afirma que o dinheiro de doações de fiéis seria injetado na emissora, sendo mascarado pela compra de espaço publicitário com um preço acima do mercado. A edição da revista Veja desta semana aponta que a igreja paga R$ 200 mil por uma hora durante a madrugada na Record, com 1,4 pontos de audiência no Ibope. A revista compara os valores com o das TV Globo, que chegam a R$ 50 mil por hora no mesmo período, mas com seis pontos.

O Jornal Nacional cita ainda o jornal Folha de S.Paulo de ontem, que aponta que a madrugada na emissora valeria no máximo R$ 60 milhões por ano. Segundo a nota da Record, a igreja compra 180 horas na madrugada da emissora, 180 horas na rádio AM e 150 horas no canal internacional ao mês, sendo que nem todas as inserções são durante a madrugada, por isso os valores não podem ser comparados.

Fonte: Terra

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Evangélicos, as igrejas e a mídia

Chovia muito e a estrada de terra escorregadia fazia o carro deslizar como que se estivesse sobre uma fina manta de gelo. De longe avistei Reinaldo, um rapaz pobre, agricultor, alcoólatra, que com a camisa ensopada pela água da chuva, tentava esquivar-se dos pingos segurando com firmeza sua Bíblia. Ao me aproximar parei e lhe ofereci uma carona. Meio sem jeito, agradeceu com um olhar desarmado e me disse que voltava do culto evangélico. Tinha, enfim, tornado-se "crente" e afirmou isso com certo orgulho, patente no seu gesto determinado e temente a Deus.

Ao chegar em sua casa agradeceu-me e convidou-me para um dia conhecer sua igreja, mesmo sabendo que não sou cristão. Aquele simples trajeto em meio a uma chuva fina, me fez refletir sobre as transformações espirituais que toda religião induz nas pessoas, pois de forma nobre afloram da alma as melhores intenções do ser humano. Reinaldo é um dos 26 milhões de evangélicos do Brasil, segundo censo de 2000, número que que com certeza, nos dias de hoje, deve ter-se elevado consideravelmente.

Não poderíamos deixar de reconhecer que as igrejas evangélicas, independentemente de seus segmentos, contribuem de forma decisiva para a formação da ética, da moral, dos bons costumes, preenchendo uma lacuna e um espaço fértil onde a desesperança, a miséria e a desventura prosperam face à fragilidade sócio-econômica e à falta de oportunidade que ainda persistem no nosso meio, conduzindo os jovens à criminalidade, ao vício e à desintegração familiar.

As várias denúncias elencadas nos últimos anos em relação aos líderes de igrejas evangélicas nos assustam e certamente, cabe ao Judiciário, como já o fez inúmeras vezes, apurar os fatos baseando-se no princípio de isenção religiosa, como é sua marca no Brasil. Contudo, nos parece pertinente uma reflexão sobre o papel da imprensa em relação a essa questão que envolve, de certa forma, essa grande parcela da sociedade brasileira, pois desta feita, quem está sendo julgado são seus líderes religiosos.

Com efeito - e me abstendo da questão criminal em si ajuizada - cabe ao provimento jurisdicional julgar. Mas o que se observa é que existe nos meios de comunicação uma insinuação velada de que ser evangélico no Brasil é sinônimo de estar sendo enganado, ao mesmo tempo que, pouco se demonstra ou valoriza, os atos dos fiéis, a mudança em suas vidas, a fé despertada, a vida reconstruída. Tudo mais é enaltecido: os maus atos dos líderes e a improbidade religiosa, o que por consequência, desqualifica o espírito evangélico renovador, coisa que não deveria acontecer. Nos EUA os evangélicos são responsáveis pelas maiores doações a Israel e no Brasil, observa-se que a simpatia dos evangélicos pelo povo judeu faz com que as diferenças religiosas sejam superadas através do entendimento pela paz e da busca quanto à harmonia das idéias.

Não seria justo que o lado bom de qualquer religião fosse ofuscado pela postura dos líderes, mas assim como é necessário denunciar as improbidades, também é dever da imprensa reconhecer e dar espaço às boas coisas, prestigiando aqueles que como Reinaldo, através da religião, tiveram o firme propósito de renascer com a sua fé, de superarem-se através do amor que nutrem por Deus e com orgulho, dirigem um olhar sereno segurando uma Bíblia, quando dizem: “ - Eu mudei, sou evangélico, estou renascendo. Deus te abençoe.”

*Fernando Rizzolo é Advogado, Pós Graduado em Direito Processual, Professor do Curso de Pós- Graduação em Direito da Universidade Paulista (UNIP), Coordenador da Comissão de Direitos e Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil, Secção São Paulo, e membro efetivo da Comissão de Direito Humanos da OAB/SP, Articulista Colaborador da Agência Estado, e Editor do Blog do Rizzolo

Fonte: Mix Brasil (UOL)

Sobre Ser Nascido de Novo - Thomas Miersma

Sobre Ser Nascido de Novo

Thomas Miersma

Tradução: Marcelo Herberts

"Jesus declarou: ‘Digo-lhe a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo’" (João 3:3).

Por essas palavras Jesus ensina que nós não podemos nem mesmo ver o reino de Deus, não podemos crer a menos que tenhamos primeiro nascido de novo. Quanto a isso Ele acrescenta, "O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito" (João 3:6). Ser nascido de novo é estritamente uma obra da graça, pelo lavar dos nossos pecados e pela obra do Espírito Santo em nossos corações. Sem isso nós não podemos crer e ver, nem entrar no reino de Deus pela fé.

Por suas palavras Jesus nos ensina dois princípios vitais. Primeiro, que somos nascidos de novo pelo Espírito de Deus e, portanto, cremos, e não o inverso. Segundo, ser nascido de novo não é uma experiência, mas uma obra divina da graça na alma, fora da qual somos salvos mediante a fé. Portanto, fé não é minha decisão, mas o fruto da graça, de ser nascido de novo.

Essa mesma verdade é ensinada em João 1:12-13: "Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus." Aqueles que creram em Seu nome foram salvos. Eles creram porque estavam recebendo Cristo pela graça de Deus e portanto receberam Ele e a dádiva da fé para crer e serem filhos de Deus. Se fôssemos perguntar de que forma eles O receberam, a resposta não seria que foi pela sua descendência natural, nem que eles O escolheram, mas que eles nasceram "de Deus." Somente "de Deus." O homem não colabora com a sua própria concepção e nascimento, seja física ou espiritualmente. Por essa graça de ser nascido de Deus nós somos conduzidos a ouvir a Palavra de Deus com entendimento espiritual e crer nessa Palavra. Salvação é, portanto, também comparada a uma ressurreição espiritual da morte, "Eu lhes afirmo que está chegando a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e aqueles que a ouvirem, viverão" (João 5:25).

Assim, Jesus diz aos incrédulos perversos, "Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus" (João 8:47). A menos que uma pessoa seja nascida "de Deus," não pode ouvir e crer. Aquele que ouve é "de Deus," isto é, é nascido da graça de Deus, que concede olhos para ver, ouvidos para escutar e um coração para crer. De fato, o som do evangelho alcança o ouvido natural de todos os que fisicamente escutam a pregação, e essas pessoas são responsáveis pelo que fazem com isso em sua incredulidade. Porque Deus fez o homem bom, inicialmente apto a discernir as coisas espirituais, mas o homem caiu no pecado, tornando-se espiritualmente surdo à Palavra de Deus. Salvação é pela graça somente, em que Deus concede a ouvidos espiritualmente surdos a capacidade de escutarem coisas espirituais.

O próprio Jesus faz menção a isso quando ensina através de parábolas. Ele diz, "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!" (Marcos 4:9). Quando os discípulos se debatem com isso e pela razão de Jesus ensinar através de parábolas, "Ele lhes disse: A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus, mas aos que estão fora tudo é dito por parábolas, a fim de que, ‘ainda que vejam, não percebam; ainda que ouçam, não entendam; de outro modo, poderiam converter-se e ser perdoados!’" (Marcos 4:11-12; Isaías 6:10). Salvação pela fé é um dom da graça. Como claramente sugerem as palavras do Salvador, Deus não concede esse dom a todas as pessoas, nem é o propósito da pregação do evangelho salvar todos que o escutam. No caso de muitos, a Palavra do evangelho efetua julgamento. Fé é a obra da graça de Deus em nós. Você não pode escrever um manual sobre como ser nascido de novo.

É Jesus que salva, e isso soberanamente. É ele que nos vivifica (nos torna vivos), quando estamos espiritualmente mortos no pecado. Ele faz isso pelo poder da Sua graça, da Sua cruz e do Espírito Santo, que uma vez sendo nós nascidos de novo, creiamos e sejamos salvos. Então Ele diz, "Pois, da mesma forma que o Pai ressuscita os mortos e lhes dá vida, o Filho também dá vida a quem ele quer" (João 5:21). Tão certamente como Jesus ressuscitará Seu povo da morte física e das sepulturas, Ele nos ressuscitará da morte espiritual. O homem pode decidir nascer? O morto pode decidir levantar dos mortos pelo seu próprio livre-arbítrio? Jesus realmente salva! É nesse contexto que Ele diz, "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida" (João 5:24). O ouvir e crer do homem devem ser admitidos como a causa da vida eterna? Absolutamente não. Note o que Jesus está realmente dizendo: ouvir e crer é a vida eterna. Aquele que tem um (fé) tem o outro (vida eterna), e o motivo é que ele "passou da morte para a vida." Ele foi espiritualmente levantado da morte. Portanto ele ouve, crê e necessariamente "tem a vida eterna" como sua posse. Ele tem essa posse porque Jesus o vivificou, assim como Ele diz, "… o Filho também dá vida a quem ele quer" (João 5:21). Essa é a explicação do próprio Jesus, como é claro a partir do contexto. É a Sua vontade que nos salva e não a nossa própria.

Isso levanta uma questão importante. Você crê nesse Cristo, ou num cristo falso da imaginação humana, que pode somente salvar o morto se este deixá-lo? Você crê na capacidade onipotente desse Salvador que "dá vida a quem ele quer," ou naquele que vivifica e torna o homem espiritualmente vivo quando este deseja? Nós podemos também colocar a questão de um modo mais direto. Você crê que Jesus é verdadeiramente "a ressurreição e a vida" (João 11:25) da alma, bem como do corpo? Esse é o testemunho do próprio Jesus. É o seu?

Fonte: What Jesus said about, Rev. Thomas Miersma, cap. 4.

Juiz evangélico defende crucifixos em repartições públicas

"Embora cristão, as doutrinas católicas diferem em muitos pontos do que eu creio, mas se foram católicos que começaram este país, me parece mais que razoável respeitar que a influência de sua fé esteja cristalizada no país.", disse o juiz William Douglas.

Juiz titular da 4ª Vara Federal de Niterói (RJ), William Douglas, que se denomina evangélico, critica a ação do Ministério Público Federal que pede a retirada de símbolos religiosos nos locais públicos federais de São Paulo.

"Querer extrair tais símbolos não só afronta o direito dos católicos conviverem com o legado histórico que concederam a todos, como também a história de meu próprio país e, portanto, também minha. Em certo sentido, querer sustentar que o Estado é laico para retirar os santos e Cristos crucificados não deixaria de ser uma modalidade de oportunismo".

Para o juiz William Douglas, muitos que são contrários à permanência dos símbolos religiosos em repartições públicas, na verdade professam uma nova religião, a "não religião".

"Todos se recordam do lamentável episódio em que um religioso mal formado chutou uma imagem de Nossa Senhora na televisão. Se é errado chutar a imagem da santa, não é menos agressivo querer retirar todos os símbolos. Não chutar a santa, mas valer-se do Estado para torná-la uma refugiada, uma proscrita, parece-me talvez até pior, pois tal viés ataca todos os símbolos de todas as religiões, menos uma. Sim, uma: a 'não religião', e é aqui que reside meu principal argumento contra a moda de se atacar a presença de símbolos religiosos em locais públicos".

O magistrado aponta que os defensores da ação do Ministério Público Federal têm uma interpretação parcial da laicidade do Estado, passando a querer eliminar todo e qualquer símbolo, e por consequência, toda manifestação de religiosidade. "Isso sim é que é intolerância", pontua.

"Quando vejo o crucifixo com uma imagem de Jesus não me ofendo por (segundo minha linha religiosa) haver ali um ídolo, mas compreendo que em um país com maioria e história católica aquela imagem é natural".

O juiz federal afirma que a imagem de Jesus Cristo na cruz até remete a uma conduta ética dos magistrados. "O crucifixo nas cortes, independentemente de haver uma religião que surgiu do crucificado, é uma salutar advertência sobre a responsabilidade dos tribunais, sobre os erros judiciários e sobre os riscos de os magistrados atenderem aos poderosos mais do que à Justiça".

No final do artigo, o juiz recorda sua posição evangélica, ao mesmo tempo em que reconhece o papel fundamental do catolicismo na história do Brasil.

"Eu, protestante e empedernidamente avesso às imagens esculpidas, as verei nas repartições públicas e saudarei aos católicos, que começaram tudo, à liberdade de culto e de religião, à formação histórica desse país e, mais que tudo, ao fato de viver num Estado laico, onde não sou obrigado a me curvar às imagens, mas jamais seria honesto (ou laico, ou cristão, ou jurídico) me incomodar com o fato de elas estarem ali".

Hugo Chavez elimina educação religiosa das escolas da Venezuela

O Presidente da Venezuela Hugo Chavez assinou neste mês de Agosto uma nota que elimina a educação religiosa das escolas nacionais. A acusação parte do Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas, capital do país Sul-americano.

Os críticos do governo notam a rapidez do processo, aprovada na Assembleia Nacional e assinada na mesma semana, apontam a inconstitucionalidade e acusam o governo de não ter ouvido opiniões exteriores.

A lei, dirigida a todos os estabelecimentos de ensino, públicos e privados, deixa a educação religiosa para as famílias.

O Cardeal Savino afirma que a nova lei “não tira Deus das escolas, mas tira a religião" e este é "um direito consagrado na Constituição”.

Fonte: Agencia Ecclesia

Imprensa deve ser laica para vigiar o poder, diz professor

A imprensa deve ser laica - independente de instituições religiosas. Essa é a opinião de Eugênio Bucci, professor doutor da USP (Universidade de São Paulo) e ex-presidente da Radiobrás. “Sem essa independência, ela deixa de ser capaz, como instituição, de vigiar o poder, que, às vezes, pode ter nas religiões um de seus vetores mais fortes”.

A legitimidade de veículos jornalísticos com vínculos religiosos, porém, não é descartado pelo professor, desde que haja transparência. “O próprio Vaticano tem seu jornal”, diz.

Autor do livro “Sobre Ética e Imprensa”, Bucci defende a divulgação pela imprensa da denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra a Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). “A radiodifusão é uma concessão pública, regida por leis e princípios constitucionais. Se algo nessa matéria está sob discussão na Justiça, o assunto interessa a todos os cidadãos.”

Leia a seguir trechos da entrevista, concedida por telefone e e-mail ao eBand:

A Globo é acusada de atacar a Record, mas, também, de não falar das concessões mantidas pela Igreja Católica. Diante dessas acusações é possível considerar a imprensa como laica?

Como instituição, a imprensa é, sim, laica. Deve ser laica, ou seja, deve guardar independência em relação às igrejas e às máquinas religiosas. Sem essa independência, ele deixa de ser capaz, como instituição, de vigiar o poder, que, às vezes, pode ter nas religiões um de seus vetores mais fortes. A presença da Igreja Católica nos meios de comunicação deve ser analisada do mesmo modo, é evidente. Muitas emissoras transmitem cultos católicos e não transmitem, de modo análogo, cerimônias de outras religiões, o que cria, é claro, um desnivelamento entre a visibilidade de todos os cultos presentes em nossa cultura.

O senhor diz que grande parte da imprensa é laica, mas, segundo reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”, as receitas da Iurd manteriam 23 emissoras de TV, 42 emissoras de rádios próprias e 36 rádios arrendadas.

É preciso verificar se as receitas da Igreja Universal de fato financiam emissoras de rádio e TV. Se isso estiver acontecendo, constituiria uma irregularidade. É o que cabe à Justiça apurar e julgar. Não descarto a legitimidade de veículos jornalísticos vinculados a instituições religiosas. O próprio Vaticano tem seu jornal.

O importante, nesses casos, é que os vínculos sejam claros para o público, que tem o direito de saber de que forma e em que medida os postulados religiosos influenciam a orientação editorial desse veículo. Desde que isso esteja absolutamente transparente, a informação publicada nesses veículos estará dentro dos padrões de honestidade.

Mesmo assim, a imprensa, como instituição, tem primado por ser laica. Veículos com filiações religiosas ou partidárias constituem exceções à regra. Eles devem ter assegurado o seu direito de existir, é evidente, mas não podem se pretender observadores independentes em assuntos religiosos. Eles têm uma opção, um "partido" por assim dizer, e têm por dever ético deixar isso bastante claro para o público.

Um dos argumentos da defesa da Iurd e de parlamentares evangélicos é que a investigação do MP-SP e as notícias veiculadas pela imprensa são requentadas. O que o senhor acha?

Os fatos que temos até agora é que um juiz recebeu o caso e pediu a manifestação das partes, como é o procedimento legal e habitual. Não estamos aqui falando de notícias, requentadas ou não, mas de um processo judicial, cuja evolução vai esclarecer o que é acusação nova e o que já transitou em julgado. Portanto, a evolução dessa cobertura depende das próximas decisões do Poder Judiciário.


Há um ataque da Globo contra a Record ou é uma retórica defensiva?

A cobertura do Jornal Nacional (JN), na terça-feira, com aproximadamente dez minutos, foi, de fato, bastante enfática. Há margem para que alguns afirmem que o peso dedicado ao assunto tenha sido superdimensionado, mas isto - é fundamental termos claro - é uma decisão editorial que cabe ao próprio telejornal. O que não é bom que aconteça é distorção dos fatos. Do meu ponto de vista, considero um dever, não só do JN, mas de todos os veículos jornalísticos do País, informar com toda a clareza sobre as implicações desse processo judicial. A radiodifusão é uma concessão pública, regida por leis e princípios constitucionais. Se algo nessa matéria está sob discussão na Justiça, o assunto interessa a todos os cidadãos. Tanto do lado da Globo como do lado da Record, seria lamentável que interesses comerciais contaminassem o fiel relato dos fatos e os esclarecimentos devidos à sociedade.

Apesar de ilegal, os investimentos de dízimo dos fiéis em um meio de comunicação poderia ser considerado legítimo por representá-los?

Não é legítimo que recursos obtidos de doações de fiéis para igrejas sejam convertidos em investimento em empresas comerciais. O regime jurídico que se aplica às igrejas não é o mesmo que rege as empresas de radiodifusão. Por isso, qualquer transação não declarada e não oficializada entre uma esfera e outra deve ser investigada. Mas, atenção: digo isso como um ponto de princípio, que se aplica a qualquer igreja e qualquer emissora de rádio ou TV. Não posso nem devo, aqui, estabelecer qualquer prejulgamento sobre as dúvidas que agora pairam nesse processo da Rede Record. Isso será julgado pela Justiça. De toda forma, não se pode falar em legitimidade quando se verifica o deslocamento não transparente de recursos financeiros de uma igreja para uma rede ou uma emissora. Esse tipo de movimentação, se comprovada, não é legal nem é legítima.

Pode-se comparar os conflitos éticos na Radiobrás e na Record ?

Em linhas gerais, vários aspectos éticos de empresas públicas e particulares são semelhantes. Eu tenho apenas uma cautela, e já escrevi sobre isso, quando nós temos programas religiosos que difundem preconceitos contra outras religiões. Fora isso, pode haver interferência e interesses religiosos em qualquer emissora de radiodifusão. A questão passa muito mais pelo editor, orientação do programa ou por simpatias pessoais. Não é um fenômeno que se restrinja ao caso da Record de forma nenhuma.

Fonte: Band

Crescimento evangélico faz surgir diferentes tribos da fé

Atualmente, com o crescimento dos evangélicos no país, surgem templos para as mais diferentes tribos urbanas, que vão dos adeptos do heavy metal aos lutadores de jiu jitsu e surfistas. São igrejas voltadas para públicos que se diferenciam pelo visual, como tatuagens e o uso de piercings. Uma aparência que, muitas vezes, incomoda o conservadorismo presente no catolicismo e nas tradicionais denominações evangélicas.

Quando a Igreja Católica surgiu, no primeiro século depois de Cristo, a religião era vista de uma forma muito conservadora pela sociedade. No Brasil, a tradição da fé católica perdurou e, até o século XIX, era a única reconhecida oficialmente. Naquela época, quem não era católico não podia trabalhar para o Estado. Entretanto, os outros cultos eram permitidos, desde que não fossem praticados dentro de edificações cujas arquiteturas lembrassem uma igreja.

De acordo com a antropóloga e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Léa Freitas Perez, o surgimento dessas novas igrejas é uma expressão religiosa de um fenômeno cultural contemporâneo. É o chamado pluralismo da religião. "A religião, como qualquer outro elemento da cultura, precisa se adaptar ao tempo. Isso é importante para o fortalecimento da crença. As igrejas tradicionais perdem fiéis porque não se adaptam às mudanças do tempo", explica.

O fato de compartilharem da mesma fé e gostarem de rock’n roll, usarem roupas pretas e terem cabelos grandes foi um dos motivos que levou um grupo de jovens a criarem sua própria igreja: a Caverna de Adulão, que, desde 1992, funciona em Belo Horizonte. "A caverna surgiu da necessidade de se compartilhar a mensagem do evangelho com uma geração de jovens que era rejeitada nas igrejas oficiais por questões culturais", explica o pastor Geraldo Luiz da Silva.

É entre os evangélicos que surgem as propostas de igrejas flexíveis. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, uma prancha de surfe virou púlpito para uma igreja descolada: a Bola de Neve, criada inicialmente para os surfistas. Em Fortaleza, há cerca de um ano, a Igreja Evangélica Congregacional desenvolve um projeto com alunos de jiu jitsu. No local, os jovens "Lutadores de Cristo" rezam, sobem no tatame para lutar e assistem à pregação do pastor.

"Essa foi a maneira que encontramos para alcançar os jovens que nunca entraram em uma igreja. Aqui pregamos a paz, e uma das nossas regras de conduta é não se envolver em brigas nas ruas", diz o coordenador do projeto, lutador e seminarista Elder Pinto.

A diversidade de igrejas mostra que a religiosidade é nômade. "As igrejas que mais têm sucesso são aquelas receptivas, festivas, que não exigem uma exclusividade dos fiéis", diz a antropóloga Léa Perez.

Bateria, baixo, tatuagens, piercings e muito amor a Deus

Cânticos em ritmo de rock, ao som de bateria e baixo, dão início ao culto na igreja Caverna de Adulão. Aos poucos, os jovens e casais com tatuagens no corpo, piercing no nariz e alargadores de orelha começam a chegar. Com uma linguagem informal, o pastor Magno Vieira começa a pregação do Evangelho. “É o maior barato a vida com Jesus. Sabemos que erramos, somos vacilões, mas estamos aqui para perdir perdão”, diz.

A reunião da comunidade cristã é realizada nas noites de quarta-feira e domingo na rua Aimorés, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Há 17 anos, o historiador e tatuador Giordano Augusto Toniolo, 29, se tornou um frequentador assíduo da Caverna de Adulão. “Eu me converti muito cedo, aos 8 anos de idade. Comecei a frequentar a caverna junto com meus irmãos, em 1992. Aqui, aprendi que o importante para Deus é o nosso interior, e não o visual que temos”, afirma.

Para Toniolo, o grande diferencial da comunidade é a simplicidade no relacionamento com o próximo, sem discriminação. “Todos são recebidos de braços abertos, desde skinheads até travestis”, ressalta.

Entre o público que frequenta a Caverna de Adulão, além dos adeptos do heavy metal, estão homens e mulheres sem o visual estereotipado. “Não estamos preocupados com costumes. As pessoas só precisam mudar seu coração e não o jeito de vestir para estar perto de Jesus”, diz o pastor Vieira.

Avalanche de surfistas leva o Evangelho aos quatro cantos

Na Igreja Bola de Neve, com sede em São Paulo, a prancha de surfe virou marca registrada. Em um altar despojado, ela serve de púlpito para a Bíblia. A comunidade foi criada há dez anos pelo surfista Rinaldo Luiz de Seixas Pereira, 37, que se tornou evangélico após contrair hepatite, em 1992.

“O púlpito em forma de prancha foi algo que aconteceu por acaso. Os nossos primeiros encontros eram realizados no salão de uma loja de materiais para surfistas. Não tínhamos uma mesa para colocar a Bíblia e improvisamos uma prancha”, explica Seixas, que hoje também é pastor.

De acordo ele, a igreja surgiu com o objetivo de aproximar os jovens da religião. Hoje, o cultos na comunidade são embalados com músicas de louvor em ritmo de reggae e rock. “A Bola de Neve leva a mensagem do Evangelho de uma forma descontraída. Aqui, a palavra de Deus é pregada para um público alternativo, com uma linguagem mais informal. Esse é o nosso grande diferencial”, diz.

Atualmente, a Bola de Neve paulistana realiza cinco cultos por semana e reúne um público de 2.500 pessoas, de 20 a 35 anos, entre surfistas, jogadores de futebol e adeptos de outros esportes.

E a aceitação da igreja tem crescido. Hoje, ela está em sete países, além do Brasil: Austrália, Peru, Índia, Rússia, Canadá, Estados Unidos e Espanha. Em todos, conforme Seixas, um dos princípios é levar a palavra do Evangelho a todas as pessoas, sem discriminação de cor ou classe social.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Os Últimos Dias - Rev. Ronald Hanko

Os Últimos Dias

por Rev. Ronald Hanko

A Escritura fala frequentemente do último dia ou dias e do último tempo (Gn. 49:1; Is. 2:2; Mq. 4:1, Jo. 6:39; Atos 2:17; 2Tm. 3:1; Hb. 1:2; Tg. 5:3; 1Pe. 1:5; 1Jo. 2:18; Judas 18). Ela fala também do fim do mundo ou fim desta era (Mt. 13:39, 40; 1Co. 15:24; 1Pe. 4:7; Ap. 2:26).

Quando chegarão estes últimos dias – estes últimos tempos? Eles estão perto ou distantes no futuro? Os mesmos têm alguma relevância para nós hoje? O que é o fim do mundo? Estas são perguntas que devem ser respondidas.

A Escritura deixa claro que toda a era do NT são os últimos tempos, o fim. Vemos isto em 1Coríntios 10:11, onde Paulo reforça seu ensino dizendo aos crentes de Corinto e a nós que os fins dos séculos são chegados sobre nós. Da mesma forma, Hebreus 9:26 (NVI) diz que foi no fim dos tempos que Cristo veio “para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo” (cf. também Hb. 1:2; 1Pe. 1:5; 20; 4:7; 1Jo. 2:18).

Embora não seja anti-bíblico referir-se à segunda vinda de Cristo e ao grande julgamento como o fim do mundo (Marcos 13:7) e aos dias imediatamente precedentes como os últimos dias (2Timóteo 3:1), é claro que esta não é uma era especial e separada, mas parte da era do NT. Esta era na qual vivemos, este “dia”, este tempo, é o último. Não há nada subseqüente, exceto a nova criação, os novos céus e terra.

É difícil para nós crer que se este já é o fim da era, o último tempo, que então o mundo pode ter ainda muitos milhares de anos antes do Senhor retornar, como alguns sugerem. O fim será mais longo que o princípio, mais longo que toda a história que o precedeu? Este seria deveras um fim muito estranho.

A Escritura vê toda esta era como o último tempo e como o fim, à luz, em primeiro lugar, da promessa que Cristo viria rapidamente, mas também porque este é o tempo no qual Deus termina sua obra “e abreviá-la-á em justiça” (Romanos 9:28, ARF). As duas coisas estão relacionadas. Que Cristo vem rapidamente não é mensurado em número de anos, mas no fato de Deus estar terminando sua obra e enviará Cristo em breve para que esta obra seja plenamente consumada.

Esta verdade de que toda a era presente é o fim é também de enorme significância prática. Ela significa (1) que estamos todos vivendo no fim e experimentaremos em algum grau os eventos do fim (Mateus 24:34); (2) que devemos viver em expectação do fim e não como se ele estivesse distante no futuro, sem qualquer relevância imediata para nós (1Coríntios 10:11); e (3) que nossa esperança deve estar no que virá e não neste mundo e nas coisas deste mundo. Elas chegaram ao seu fim!

Que coisa assustadora, todavia maravilhosa, é saber que vivemos nos últimos dias. Permanecemos sempre, por assim dizer, dentro tanto da visão do julgamento final como da vinda do nosso Senhor. Pregamos conhecendo o temor do Senhor. Vivemos como peregrinos e estrangeiros, sabendo que nossa jornada deve em breve terminar e tendo nossa primeira visão da cidade celestial. Reconhecemos que vivemos em tempos perigosos, todavia sem medo, pois vemos nossa redenção aproximando-se. Sabemos que o fim tem chegado.

Fonte (original): Theological Bulletin, Vol. 7, nº. 11.

Um Cristianismo cujo louvor é antropocêntrico

Ultimamente tenho pensado nas canções cantadas em nossas igrejas. Aliais, vale a pena ressaltar que a esmagadora maioria dos denominados cultos evangélicos dedicam muito mais tempo a música do que qualquer outra coisa.

Infelizmente os louvores cantados em nossas reuniões são extremamente antropocêntricos, o que nitidamente se percebe em nossos encontros congregacionais. Se fizermos uma análise de nossas liturgias chegaremos a conclusão que boa parte das canções que entoamos são feitas na primeira pessoa do singular, cujas letras prioritariamente reivindicam as bênçãos de Deus.

Pois é, numa liturgia preponderantemente hedonista, os evangélicos são extravagantes, querem de volta o que é seu, necessitam de restituição, determinam a prosperidade, tocam no altar, pedem chuva, cantam mantras repetitivos erotizando sua relação com Deus, desejando da parte do Criador, beijos, abraços e colo.

Caro leitor, sem sombra de dúvidas vivemos dias complicadíssimos onde o Todo-poderoso foi transformado em gênio da lâmpada mágica, cuja missão prioritária é promover satisfação aos crentes. Diante disto, precisamos orar ao Senhor pedindo a Ele que nos livre definitivamente desse louvor, filho bastardo da indústria mercantilista gospel, o qual nos tem nos empurrado goela abaixo, conceitos e valores anticristãos cujo objetivo final não é a glória de Deus, mas satisfação dos homens. Da mesma maneira, necessitamos clamar ao Pai pedindo-o que nos liberte do louvor engessado, feito de cabeças baixas e bocas carrancudas, de letras difíceis, de músicas duras, sejam elas importadas ou brasileiras.

Por favor, pare, pense e responda: Para onde a igreja está indo? Será que não está caminhando a largos passos a uma nova "constatinização"? Ah que saudade da boa música, ministrada, cantada, com unção, cujo interesse era simplesmente engrandecer o nome de Deus!

Pois é, parece que nos últimos anos, a igreja se perdeu no caminho em direção ao trono do Altíssimo, Isto porque, as letras de algumas das suas composições, são empobrecidas teologicamente, simplistas e sem óleo. Além disso, falta oração, busca de Deus, consagração e compromisso com a Palavra.

Definitivamente a coisa está feia! Minha oração é que o Senhor nosso Deus nos reconduza a sala do trono e que lá possamos adorá-lo integralmente entendendo assim, que a glória, o louvor, a soberania pertence exclusivamente a Ele.


Autor : Pr. Renato Vargens
Pastor, conferencista e escritor com nove livros publicados e dois no prelo. Pastor presidente da Igreja Cristã da Aliança em Niterói, Brasil.

Bispos dos EUA vão a Cuba e tentam aproximar os dois países

Um grupo de bispos católicos dos Estados Unidos chegou na segunda-feira a Cuba com a missão de contribuir na reaproximação entre os dois países, rompidos há cerca de meio século.

A delegação liderada pelo arcebispo de Boston, cardeal Sean O'Malley, passará cinco dias na ilha, supervisionando trabalhos de reconstrução de igrejas e paróquias devastadas no ano passado por três furacões, uma atividade para a qual a Conferência de Bispos Católicos dos EUA doou cerca de 850 mil dólares.

Andrew Small, diretor de Doações para a América Latina da Conferência de Bispos dos EUA, disse que a visita busca a estimular uma melhora nas relações bilaterais.

"Na medida que possamos ser uma ponte entre os que historicamente não foram capazes de falar entre si, podemos descongelar algumas dessas relações", disse à Reuters no pátio de uma igreja em Havana. "Levaremos essas mensagens de volta aos EUA para quem de alguma maneira está impedindo uma maior abertura e um maior diálogo", acrescentou.

Cuba e EUA romperam relações desde logo depois da revolução que instaurou o regime comunista em Cuba, em 1959. A atmosfera política melhorou desde a posse do presidente Barack Obama, que eliminou restrições a viagens e remessas financeiras de cubano-americanos.

Mas os bispos norte-americanos disseram que os avanços do governo Obama ainda são lentos. "O isolamento não ajuda a mudança. Tem de haver um maior contato. E o governo Obama tem sido (...) dolorosamente lento", disse Small. "Precisamos de algumas mudanças radicais, em particular a partir da perspectiva dos EUA".

O governo Obama promete manter o embargo como forma de pressionar Cuba a se democratizar e melhorar a situação dos direitos humanos no país.

O presidente Raúl Castro se diz disposto a conversar com os EUA, mas sem pré-condições ou ameaças à sua soberania.

A Conferência de Bispos Católicos dos EUA defende o fim do embargo econômico, mantido há 47 anos pelos EUA contra Cuba. Quer também a suspensão da proibição de viagens de norte-americanos à ilha.

A delegação, que inclui também o bispo de Orlando, Thomas Wenski, e o bispo auxiliar de San Antonio, Oscar Cantú, visitará obras de reconstrução nas províncias de Holguín e Santiago de Cuba (leste).

Cuba é um país predominantemente católico. As relações da Igreja com o regime comunista foram tensas no passado, mas melhoraram nas últimas décadas.

Fonte: Reuters

Arcebispo de Montevidéu protesta contra adoções feitas por casais homossexuais

O arcebispo de Montevidéu, monsenhor Nicolas Cotugno, criticou ontem um projeto que tramita no Senado uruguaio para permitir que casais homossexuais adotem crianças.

Para ele, autorizar duas pessoas do mesmo sexo a terem a guarda de uma criança é um fato "muito grave", que "vai contra a natureza humana e, por consequência, contraria os direitos da própria pessoa".

Em uma entrevista à Rádio Vaticana, o sacerdote ponderou que, "antes de ser um problema da religião", o assunto está relacionado "ao respeito da própria natureza humana".

Cotugno mencionou o documento da Congregação pela Doutrina da Fé, do dia 31 de julho de 2003, assinado pelo então cardeal Joseph Ratzinger, atual Papa.

No texto, Bento XVI afirma que "a Igreja ensina que o respeito pelas pessoas homossexuais não pode levar, de forma alguma, à aprovação do comportamento homossexual ou ainda ao reconhecimento legal das uniões homossexuais".

O Pontífice sustenta no documento que "o bem comum exige que as leis reconheçam, favoreçam e protejam a união matrimonial como base da família, célula primária da sociedade".

De acordo com o líder católico, "a Igreja não pode deixar de defender tais valores, pelo bem dos homens e de toda a sociedade".

O arcebispo de Montevidéu lembrou ainda que a própria Convenção sobre Direitos da Criança, adotada no Uruguai como lei nacional, pede que as autoridades "cuidem sempre dos interesses superiores da criança".

"Neste tipo de adoção, certamente não é o interesse superior da criança que recebe prioridade, e sim o de quem adota", argumentou.

Fonte: Ansa

EUA pedem a Egito "gesto" junto a Israel para paz no Oriente Médio

Os Estados Unidos disseram nesta segunda-feira que confiam em que o Egito fará "gestos" em direção a Israel dirigidos a impulsionar o processo de paz no Oriente Médio, depois que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se reuniu com o presidente egípcio, Hosni Mubarak.

O encontro teve o objetivo de preparar a agenda da reunião que o líder manterá nesta terça-feira com o presidente dos EUA, Barack Obama. É a primeira viagem de Mubarak a Washington em cinco anos, disse o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley.

"Foi uma conversa que abrangeu uma ampla gama de temas sobre a relação estratégica entre Estados Unidos e Egito", explicou.

Hillary e Mubarak conversaram sobre assuntos regionais como a situação no Irã e do Sudão, assim como o Afeganistão e Paquistão, disse.

No marco bilateral, a secretária de Estado e Mubarak discutiram questões relacionadas com economia, comércio, educação, direitos humanos e democracia no Egito, destacou.

O porta-voz acrescentou que, no encontro, Hillary e Mubarak "obviamente" trocaram pontos de vista sobre "o estado dos esforços dos EUA e de outros (países) para relançar as negociações entre Israel e (a Autoridade Nacional) Palestina".

Crowley afirmou que o Egito concorda com os Estados Unidos em seu ponto de vista de que "os Estados árabes precisam fazer gestos em direção à normalização das relações entre Israel e o resto da região", confiando em que Mubarak dará esses passos.

Os Estados Unidos, disse, trabalham "duro para criar as condições apropriadas para que as negociações possam continuar", e esperam chegar a esta "fase nas próximas semanas".

Fonte: Folha Online

greja Universal pede para o Ministério Público investigar promotores

A Igreja Universal do Reino de Deus pediu oficialmente nesta segunda-feira que o Ministério Público de São Paulo investigue os promotores que denunciaram o bispo Edir Macedo e outros nove membros da igreja.

Segundo nota divulgada pela assessoria da Universal, o pedido de sindicância foi baseado em reportagens divulgadas pela imprensa sobre a legitimidade da denúncia.

Reportagem do programa "Reporter Record", da TV Record, divulgada ontem à noite, ressalta o relacionamento entre o promotor Roberto Porto, responsável pela ação, e a juíza Patrícia Alvarez Cruz, que foi titular da vara onde a denúncia foi acolhida, o que invalidaria a denúncia. Porto e Patrícia foram namorados.

O Ministério Público também divulgou nota ontem na qual rebate as suspeitas da Record e esclarece que a denúncia foi oferecida pelos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e foi recebida pelo juiz Gláucio Roberto Brittes, da 9ª Vara Criminal de São Paulo, após ser distribuída pelos trâmites legais do TJ (Tribunal de Justiça).

"A distribuição da denúncia foi feita de acordo com os trâmites legais, ou seja, por meio de procedimento eletrônico adotado pelo Tribunal de Justiça. A juíza Patrícia Alvarez Cruz, citada na reportagem, nunca atuou no processo criminal em questão que, conforme já explicado, é presidido pelo juiz Gláucio Roberto Brittes", diz a nota, assinada pelo procurador-geral de Justiça de São Paulo, Fernando Grella Vieira.

A reportagem do programa "Repórter Record" também criticou a TV Globo e mostrou uma entrevista com o bispo Edir Macedo. Cerca de 15 minutos depois, a Globo exibiu no 'Fantástico' reportagem na qual fiéis dizem ter sido enganados pela Igreja Universal do Reino de Deus.

Edir Macedo se defendeu das acusações durante a reportagem. "Antes eles tinham medo que eu fosse candidato à Presidência da República e hoje eles têm medo que a Record se posicione em primeiro lugar", disse o fundador da Universal e dono da Rede Record.

Já na Globo, a reportagem, realizada por Cesar Tralli, mostrou ex-fiéis da Universal e propriedades de luxo que seriam de integrantes da igreja.

Leia a íntegra da nota da Universal

Nota à imprensa

A Igreja Universal do Reino de Deus vem a público informar que entrou hoje com pedido de abertura de sindicância contra os promotores do Ministério Público do Estado de São Paulo responsáveis pela denúncia contra dez de seus membros encaminhada à Justiça. O pedido se baseia em sérias denúncias sobre a conduta de alguns promotores, veiculadas pela imprensa desde ontem.

A Igreja Universal informa também que repudia, veementemente, as acusações de que privilegia a Rede Record na compra de horários para a exibição de seus programas religiosos. Desde 2007, a Igreja Universal tenta, sem sucesso, adquirir espaços na programação nacional da Rede Globo e da Rede SBT, emissoras que, além da Record, detêm índices de audiência desejados pela instituição. Como uma entidade evangélica, a Igreja Universal acredita na propagação do Evangelho por meio de veículos de comunicação de massa.

Os pedidos de compra da Igreja Universal foram encaminhados ao departamento comercial das duas emissoras citadas, como provam os e-mails anexos. À TV Globo, a proposta foi enviada no dia 27 de fevereiro de 2007 - que foi recusada três dias depois. O SBT, consultado em 5 de março de 2007, sequer deu resposta.

Hoje, às 16h15, a Igreja Universal protocolou nova proposta de compra por horários na programação da Rede Globo. A proposta financeira e os detalhes do pedido de aquisição também estão anexos.

São Paulo, 17 de agosto de 2009.

IGREJA UNIVERSAL DO REINO DE DEUS


Fonte: Folha Online