sexta-feira, 21 de maio de 2010

Religiosidade institucionalizada

O Evangelho de Deus em nossas vidas demanda não algumas pequenas reformas ou ajustes, mas uma grande e tremenda revolução


Muitos autores e conferencistas têm apontado para o perigo da institucionalização que ronda desde nossas comunidades locais até denominações inteiras. O problema é real e sua influência tem multiplicado o número de comunidades cristãs frias e apáticas, que vivem em torno de rituais vazios, normas de procedimento e da mera manutenção de suas tradições. Em tais igrejas, não existe qualquer sinal da vitalidade gerada pelo anúncio e compreensão do Evangelho transformador de Jesus, muito menos entusiasmo pelo engajamento na missão por ele dada a sua igreja. Este perigo, no entanto, não deve ser visto como uma espécie de energia negativa, impessoal, ou uma epidemia que se propaga nos cantos escuros da igreja, contaminando silenciosamente suas estruturas e levando-a à morte.

O perigo da institucionalização alcança e afeta as estruturas de uma comunidade local ou de uma denominação, através de homens e mulheres que, sem discernimento e cuidado para com o desenvolvimento de uma espiritualidade sadia e consistente a partir da obra de Jesus e seus ensinamentos, passam a desenvolver uma religiosidade institucionalizada.

Nos tempos de Jesus, os maiores representantes deste tipo religiosidade eram os fariseus. Por diversas vezes, Jesus teve que confrontá-los por causa do seu apego compulsivo às tradições, da preocupação excessiva com o exterior, do zelo e dedicação para com as estruturas e do orgulho e confiança que depositavam na performance religiosa. Eles viam a si mesmos como responsáveis e juízes de tudo e de todos. Hoje, como ontem, a religiosidade institucionalizada continua sendo um inimigo íntimo a espreitar a vida dos crentes. É ela que acaba com a vitalidade do Evangelho de Jesus mesmo naqueles que começaram muito bem a jornada cristã. Da mesma forma, move igrejas do engajamento na missão deixada pelo Filho de Deus em direção à mera manutenção das estruturas.

A religiosidade institucionalizada leva ao apego compulsivo às tradições, em detrimento do engajamento na missão e no serviço às pessoas. Um exemplo típico nas Escrituras é o episódio em que Jesus cura um enfermo e os fariseus protestam porque o milagre aconteceu num sábado. É que demonstravam preocupação excessiva com a aparência exterior em detrimento da construção consistente de um caráter interior – não é à toa que oravam em praças públicas a fim de ser vistos pelas pessoas, mas foram chamados por Jesus de “sepulcros caiados”.

O orgulho em relação à performance religiosa em detrimento da confiança única e exclusiva na maravilhosa graça e amor de Deus é outro indício do problema. Existe um grande desconforto para com o conceito da graça, como o demonstrado pela reação do filho mais velho na parábola de Lucas 15. Mas bem mais importante do que identificar o problema ou diagnosticar a enfermidade é conhecer os meios para prevenir-se e a própria cura para o mesma. A consciência de que este é um perigo que ronda nossas vidas mais do que possamos imaginar ou desejar é o primeiro passo para evitá-lo. Mas esta consciência deve nos conduzir a um processo de constante cuidado para com as bases sobre as quais estamos construindo nossa espiritualdade.

Algumas perguntas podem contribuir grandemente para nossa própria avaliação e crescimento. A primeira delas é: temos crescido na compreensão da graça e do amor de Deus para conosco? Ou somos mais conscientes desta graça hoje do que há um ano atrás? Estamos mais certos agora acerca do amor de Deus do que antes? Isso tem nos levado a uma relação de mais devoção e intimidade com o Senhor? E em qual medida isso tudo tem impactado e transformado nossas vidas? As pessoas que nos cercam percebem nossa fé através de nossas palavras e atitudes? Temos nos tornado mais parecidos com Jesus ou não?

Mas o que fazer quando identificamos que o mal da religiosidade institucionalizada não é uma ameaça, mas já é uma enfermidade presente em nós? Neste caso, precisamos redescobrir o Evangelho de Deus que nos é oferecido em Jesus. Na medida em que trazemos às nossas mentes a consciência do que foi feito por nós e aos nossos corações, a convicção surpreendente do grande amor de Deus por nós, as amarras da institucionalização da fé passam a se romper e somos libertados.

Quanto o Evangelho de Deus entra em contato com nossas estruturas desfuncionais e deformadas, elas são rompidas. O Evangelho de Deus em nossas vidas demanda não algumas pequenas reformas ou ajustes, mas uma grande e tremenda revolução. Por isso, este Evangelho nos liberta da religiosidade institucionalizada, colocando novamente nossa confiança na graça e no amor do Senhor e nos convidando ao engajamento na missão.

Fonte: Cristianismo Hoje

O TRABALHO DOS MASSORETAS

O hebraico, por nós já estudado, como era originalmente escrito, constava apenas de consoantes, sendo os sons vocálicos supridos pelo leitor. Este processo obrigava o leitor a pensar e ir interpretando o texto, para descobrir-lhe o exato sentido, pois três consoantes (assim eram formadas as palavras em hebraico) com vogais diferentes, podem indicar coisas muito diversas, como ilustram as consoantes portuguesas p t t, nas palavras pateta, patota, e patote, e ainda b r d - barda, bardo, borda, bordo, etc.

A escrita das consoantes apenas, foi processo adequado enquanto o hebraico continuou sendo um idioma falado. Quando aparecia uma palavra que podia ser ambígua, eram usadas "letras vogais" para deixar o texto mais claro. Quatro consoantes fracas, algumas vezes eram usadas como vogais = álefe, hê, vau e o iode.

Quando o hebraico foi deixando de ser uma língua falada (já no tempo de Cristo não era uma língua viva) muito mais difícil ficou a pronúncia correta das consoantes sem sinais vocálicos. A pronúncia correta das palavras era transmitida pela tradição oral, mas em breve foi sentida a necessidade de ser esta representada por escrito.

A prova de que a palavra formada tão somente de consoantes é ambígua, na sua acepção, nós a temos em um exemplo da Bíblia em que as três consoantes não foram corretamente interpretadas. Hebreus 11:21 diz que Jacó "adorou encostado à ponta do seu bordão", ao passo que em Gênesis 47:31 lemos que ele "inclinou-se sobre a cabeceira da cama". A palavra hebraica para designar cama e bordão consta de três consoantes M T H, as quais no texto hebraico são lidas com as vogais assim: M(i) T(a) H, cama; o autor da Epístola aos Hebreus tirou a citação da Septuaginta, cujos tradutores, leram a palavra desta maneira: M(a) T(e) H, bordão. (Ver História, Doutrina e Interpretação da Bíblia - Joseph Angus, vol. l, p. 20).


Os Massoretas



Massoretas eram os escribas judeus que se dedicaram a preservar e cuidar do manejo do texto hebraico do Velho Testamento. Às vezes o termo também é empregado para o comentarista judeu do livro sagrado. Eles substituíram os escribas (Sopherins) por volta mais ou menos do ano 500 A.D. e prosseguiram em seu dedicado trabalho até o ano 1.000 A.D.

Os massoretas tinham publicado manuais que serviam de orientação para copiar o texto. Nestes manuais, chamados "massora" (termo hebraico técnico para a primitiva tradição quanto à forma correta do texto das Escrituras), se encontravam: a) normas orientadoras que os copistas deviam seguir enquanto estivessem copiando o texto sagrado;  b) todas as regras gramaticais sobre a língua hebraica; c) os princípios sugeridos pelo Talmude na transmissão do texto.

O minudente e consciencioso trabalho estatístico que os massoretas realizaram é impressionante, empregando toda a técnica que é possível ao ser humano para assegurar a exata transmissão do texto. Dentre as estritas e minuciosas regras a serem seguidas na cópia dos manuscritos, uma era a seguinte: nenhuma palavra ou letra devia ser escrita de memória. Antes de iniciarem propriamente a cópia, eles contavam os versos, as palavras e letras de cada seção e se os números não correspondessem na nova cópia, o trabalho era rejeitado.

Além disso, existem em nossas Bíblias enormes coleções de notas massoréticas, tratando de assuntos tais como: contavam as palavras de um livro e assinalavam a palavra central, registravam o número de vezes que uma palavra ou frase específica ocorriam, faziam listas com palavras que apareciam uma, duas ou três vezes no Velho Testamento, anotavam as construções e formas já desusadas. Eles notaram, por exemplo, que a letra central da Lei se achava em Lev. 11:42, quanto aos salmos, a letra central está no salmo 80:4, o versículo central é o 36 do salmo 78.

Desde que o supremo alvo dos massoretas era transmitir o texto tão fielmente como o tinham recebido, não faziam nele nenhuma alteração. Onde presumiam que tinha havido algum erro de transcrição, ou onde uma palavra não estava mais em uso polido, colocavam a palavra certa ou preferível, na margem.

Neste caso, a palavra correta ou preferida e que tencionavam que fosse lida, chamavam "Qerê" – o que deve ser lido, mas as suas vogais eram postas sob as consoantes da palavra no texto inviolável (esta era chamada de Kethibi = o escrito).


O Tetragrama Sagrado Para o  Nome  de  Deus


Um dos casos mais famosos de "Qerê", é o tetragrama usado para Deus. Deus é designado na Bíblia por vários nomes, porém o mais comum era aquele que O designava por quatro consoantes hebraicas, o "iod", o "hê", o "vau", e novamente o "hê", conhecidas como Y H W H, algumas vezes também transliteradas em J H V H.

Os judeus eram excessivamente respeitosos para com o nome da Divindade, assim para evitar que alguém o profanasse, pronunciando-o, usavam em seu lugar Adonai = o Senhor.
Os massoretas colocavam sob o tetragrama do texto hebraico consonantal as vogais a, o, â da palavra Adonai. Desde que este título era tão comum, pois aparece no Velho Testamento 6.823 vezes, os massoretas acharam desnecessários chamar a atenção para este "Qerê" = o que deve ser lido; recebendo até o nome de "Qerê Perpétuo".

Já no tempo da Reforma quando se incrementou o estudo das línguas bíblicas, ao lerem o Velho Testamento, por não compreenderem bem o problema de "Qerê e Kethibi" uniram as vogais da palavra Adonai com as consoantes do tetragrama, aparecendo a palavra hebraica Jeová, até aquele tempo inexistente. A pronúncia correta em português para este nome da Divindade deve ser Javé ou Jaweh.

Os massoretas legaram-nos também uma crítica bem autorizada do texto, fazendo-nos saber que aqui ou ali uma palavra deve ser introduzida ou mudada ou posta de lado, mas toda essa crítica está colocada na margem. Sugerem a divisão correta das palavras – Salmos 55:26; 123:4, a transposição; alteração e omissão de consoantes: I Reis 7:45, Amós 8:8; a correta forma gramatical ou ortográfica – Ezequiel 27:5; explicações eufemísticas – I Samuel 5:6; Isaías 36:12.

O aparato crítico introduzido por eles é provavelmente o mais completo da sua espécie.

Embora todo a trabalho massorético fosse útil e importante, entre eles o que mais se destaca e o mais conhecido foi a criação de um sistema de sinais vocálicos que introduziram no texto consonantal para a correta pronúncia das palavras. As palavras de Merril Unger nos ajudam a compreender a importância desta contribuição:

"Antes das vogais serem adicionadas ao texto consonantal no 7º século de nossa era, a vocalização era inconstante, variando consideravelmente através dos séculos e em vários países. Um texto vocalizado é muito mais fácil de ser lido e muito menos passível de variações em sua pronúncia. Em certo número de casos, por exemplo a LXX e outras versões antigas leram as consoantes do texto, mas vocalizaram-nas diferentemente."

Os massoretas inventaram um sistema de 10 sinais com variação para as vogais, a, e, i, o, u. O objetivo destes sinais era preservar a pronúncia do texto, pois como já foi dito, o hebraico já era neste tempo língua morta. A pronúncia por eles conservada era a de seu tempo, porque sabemos que algumas pronúncias originais eram diferentes: Nabucodonosor, era Nabuchuduriza, Melquisedeque era Melquisaducu.

Além das vogais criaram um sistema complicado de acentos, 21 para as seções da prosa e 27 outros para as seções poéticas.

Os livros que estudam o trabalho dos massoretas ainda nos dizem que havia:

1) A Massora Inicial – Um estudo da palavra inicial do livro, que sempre era usada como título para o livro.

2) A Massora Pequena – Eram os comentários que se encontravam nas margens laterais.

3) A Massora Grande – Comentários colocados nas partes posteriores e inferiores da página.

4) A Massora Final – como o nome indica, era posta no final do livro, contendo, especialmente, dados estatísticos para o copista, como número de letras e palavras daquele livro, a palavra medial, etc.

Apesar do trabalho dos massoretas ser bastante cuidadoso, nem todos os manuscritos foram copiados com tal esmero e exatidão, como é visto no capítulo "Causas dos Erros na Transmissão do Texto Bíblico".

Em conseqüência nem todas as cópias sagradas do original são exatamente iguais, há muitas variações dos manuscritos, que dificultam bastante o trabalho dos tradutores. Apesar destas variações, o trabalho da Crítica Textual tem sido tão eficiente na reconstrução do original, que na essência o texto da Bíblia não sofreu nenhuma alteração.

Autor: Pedro Apolinário
Fonte: História do Texto Bíblico
Digitalização: Carlos Biagini

Fantasma Procria – Globo Mixa Espiritismo e Inseminação

A TV GLOBO anunciou para o horário das 6 horas da tarde a nova novela com o título ESCRITO NAS ESTRELAS que teve início no dia 12 de abril de 2010. Segundo os anúncios da nova novela que aparece com freqüência notamos que o enredo da novela está ligado ao mundo espiritual abrangendo várias práticas ligados ao espiritismo como também envolvimento com práticas ligadas ao ocultismo ou esoterismo. Conta a história do médico Ricardo Aguillar (vivido por Humberto Martins), dono de uma famosa clínica de fertilização. Atormentado pela perda da mulher Francisca (Cássia Kiss), Humberto também perde o filho Daniel (Jayme Matarazzo). Aguillar descobre que o filho deixou congelado o próprio sêmen antes de morrer. O médico então decide usar o sêmen do filho para gerar um neto. Mas Daniel não se conforma com a morte e decide ficar passeando pela terra mesmo e criando problemas.”.

PR. NATANAEL RINALDI: Mais uma novela anunciada para o horário das 18 horas com enredo ligado ao espiritismo. Embora não tenha lido nada além desse anúncio, por que será que periodicamente as novelas do Globo envolvem enredos espíritas?

Deve ser por causa da preferência do povo. Embora o Brasil seja considerado o maior país católico do mundo ostenta também o título de o maior país espírita do mundo. E isso significa o que um certo líder e escritor católico afirmou: que no Brasil se encontra todo o tipo de católico: por exemplo: católico-espírita; católico-umbandista; católico-evangélico; católico-da-seicho-no-ie; E isso é uma impossibilidade à luz da Bíblia, mas é uma realidade em nossa nação. Por exemplo, no livro de Amós 3.3 “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”.

2. E por que ocorre essa situação de alguém estar ligado a duas religiões que tem ensinos e práticas diferentes?


Por causa do desconhecimento de certas pessoas daquilo que é ensinado pela própria religião. A pessoa que está firmada na Bíblia pode rejeitar ensinos que não se ajustam a Palavra de Deus (II João 1:7) – “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. (II João 1:8) - Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão. (II João 1:9) - Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. (II João 1:10) - Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.”.

3. Jesus em alguma parte do evangelho ensina a possibilidade de progresso contínuo e permanente até à perfeição depois da morte até alcançar a condição de um espírito puro?


Não. Em Lucas 16.19-25 lemos a narrativa de Lázaro e do rico. São palavras de Cristo que passo a ler: (Lucas 16:19) – “Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. (Lucas 16:20) - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; (Lucas 16:21) - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. (Lucas 16:22) - E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. (Lucas 16:23) - E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. (Lucas 16:24) - E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. (Lucas 16:25) - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.”

Da leitura feita concluímos sobre o que ocorre depois da morte: 1. Lázaro foi levado pelos anjos para o Seio de Abraão ou Paraíso; 2. o rico foi encontrado no Hades (Inferno), onde se encontra em tormento consciente de tormentos. 3 Pediu compaixão, “Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Abraão respondeu, “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado”. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.”

Fosse Jesus reencarnacionista, teria ocasião de expor que haveria sim oportunidade de reencarnar para purificar-se, mas não o fez. O ensino de Jesus é contrário ao ensino espírita, pois falou ele em Mateus 7.13-14, de duas portas, dois caminhos e dois lugares finais e definitivos. Esse ensino é corroborado pela referência de Mateus 25.34,41, 46 que fala do céu e do inferno como estados finais e definitivos. (Mateus 25:34) –“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; (Mateus 25:41) – “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; (Mateus 25:46) - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.” Aí está bem claro o ensino de Jesus, corroborando o que já citamos em (Hebreus 9:27) – “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,”

4. E o que o irmão pode dizer sobre crentes que acompanham com dedicação todas as novelas sem se importar com o enredo se são ou não contrárias à sua fé cristã?


O que pode ocorrer é que se dá a apostasia dessas pessoas. (I Timóteo 4:1) “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;” E isso é ganhar o mundo e perder a alma. (Hebreus 10:26) – “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, (Hebreus 10:27) - Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. (Hebreus 10:28) - Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. (Hebreus 10:29) - De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”

E pelo profeta Jeremias, Deus mandou um mensagem para o povo de Israel que vivia na apostasia da adoração a ídolos: “(Jeremias 2:13) – “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Cisternas rotas indicam os costumes que adotam a sociedade do mundo esperando alegria e encontram poços furados por onde a água se escoou e só no fundo há lama. Jesus disse à mulher samaritana: (João 4:13) – “Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; (João 4:14) - Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.”

5. Mas voltando às novelas da Globo há alguma novela em andamento que esteja ligada às praticas espíritas?


No programa Vale a Pena Ver de Novo que passa diariamente as tardes, está em andamento ou quase no final a novela Almas Gêmeas em que ocorrem com freqüência sessões de manifestação de mediunidade quando pessoas mortas conversam com as vivas. O nosso povo está sendo envolvido aos poucos com esses fenômenos espíritas que são condenados pela Bíbli
A TV GLOBO anunciou para o horário das 6 horas da tarde a nova novela com o título ESCRITO NAS ESTRELAS que teve início no dia 12 de abril de 2010. Segundo os anúncios da nova novela que aparece com freqüência notamos que o enredo da novela está ligado ao mundo espiritual abrangendo várias práticas ligados ao espiritismo como também envolvimento com práticas ligadas ao ocultismo ou esoterismo. Conta a história do médico Ricardo Aguillar (vivido por Humberto Martins), dono de uma famosa clínica de fertilização. Atormentado pela perda da mulher Francisca (Cássia Kiss), Humberto também perde o filho Daniel (Jayme Matarazzo). Aguillar descobre que o filho deixou congelado o próprio sêmen antes de morrer. O médico então decide usar o sêmen do filho para gerar um neto. Mas Daniel não se conforma com a morte e decide ficar passeando pela terra mesmo e criando problemas.”.

PR. NATANAEL RINALDI: Mais uma novela anunciada para o horário das 18 horas com enredo ligado ao espiritismo. Embora não tenha lido nada além desse anúncio, por que será que periodicamente as novelas do Globo envolvem enredos espíritas?

Deve ser por causa da preferência do povo. Embora o Brasil seja considerado o maior país católico do mundo ostenta também o título de o maior país espírita do mundo. E isso significa o que um certo líder e escritor católico afirmou: que no Brasil se encontra todo o tipo de católico: por exemplo: católico-espírita; católico-umbandista; católico-evangélico; católico-da-seicho-no-ie; E isso é uma impossibilidade à luz da Bíblia, mas é uma realidade em nossa nação. Por exemplo, no livro de Amós 3.3 “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”.

2. E por que ocorre essa situação de alguém estar ligado a duas religiões que tem ensinos e práticas diferentes?


Por causa do desconhecimento de certas pessoas daquilo que é ensinado pela própria religião. A pessoa que está firmada na Bíblia pode rejeitar ensinos que não se ajustam a Palavra de Deus (II João 1:7) – “Porque já muitos enganadores entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo. (II João 1:8) - Olhai por vós mesmos, para que não percamos o que temos ganho, antes recebamos o inteiro galardão. (II João 1:9) - Todo aquele que prevarica, e não persevera na doutrina de Cristo, não tem a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho. (II João 1:10) - Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis.”.

3. Jesus em alguma parte do evangelho ensina a possibilidade de progresso contínuo e permanente até à perfeição depois da morte até alcançar a condição de um espírito puro?


Não. Em Lucas 16.19-25 lemos a narrativa de Lázaro e do rico. São palavras de Cristo que passo a ler: (Lucas 16:19) – “Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. (Lucas 16:20) - Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele; (Lucas 16:21) - E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. (Lucas 16:22) - E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. (Lucas 16:23) - E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. (Lucas 16:24) - E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. (Lucas 16:25) - Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.”

Da leitura feita concluímos sobre o que ocorre depois da morte: 1. Lázaro foi levado pelos anjos para o Seio de Abraão ou Paraíso; 2. o rico foi encontrado no Hades (Inferno), onde se encontra em tormento consciente de tormentos. 3 Pediu compaixão, “Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Abraão respondeu, “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado”. E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.”

Fosse Jesus reencarnacionista, teria ocasião de expor que haveria sim oportunidade de reencarnar para purificar-se, mas não o fez. O ensino de Jesus é contrário ao ensino espírita, pois falou ele em Mateus 7.13-14, de duas portas, dois caminhos e dois lugares finais e definitivos. Esse ensino é corroborado pela referência de Mateus 25.34,41, 46 que fala do céu e do inferno como estados finais e definitivos. (Mateus 25:34) –“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; (Mateus 25:41) – “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; (Mateus 25:46) - E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.” Aí está bem claro o ensino de Jesus, corroborando o que já citamos em (Hebreus 9:27) – “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo,”

4. E o que o irmão pode dizer sobre crentes que acompanham com dedicação todas as novelas sem se importar com o enredo se são ou não contrárias à sua fé cristã?


O que pode ocorrer é que se dá a apostasia dessas pessoas. (I Timóteo 4:1) “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios;” E isso é ganhar o mundo e perder a alma. (Hebreus 10:26) – “Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, (Hebreus 10:27) - Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. (Hebreus 10:28) - Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. (Hebreus 10:29) - De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”

E pelo profeta Jeremias, Deus mandou um mensagem para o povo de Israel que vivia na apostasia da adoração a ídolos: “(Jeremias 2:13) – “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Cisternas rotas indicam os costumes que adotam a sociedade do mundo esperando alegria e encontram poços furados por onde a água se escoou e só no fundo há lama. Jesus disse à mulher samaritana: (João 4:13) – “Jesus respondeu, e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede; (João 4:14) - Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.”

5. Mas voltando às novelas da Globo há alguma novela em andamento que esteja ligada às praticas espíritas?


No programa Vale a Pena Ver de Novo que passa diariamente as tardes, está em andamento ou quase no final a novela Almas Gêmeas em que ocorrem com freqüência sessões de manifestação de mediunidade quando pessoas mortas conversam com as vivas. O nosso povo está sendo envolvido aos poucos com esses fenômenos espíritas que são condenados pela Bíblia. (Isaías 8:19) - Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? (Isaías 8:20) - À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.” Logo, os que me ouvem devem buscar orientação na Bíblia que foi inspirada pelo Espírito Santo: Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” “(II Timóteo 3:16, 17)

6. O que mais se destaca nas programações da Globo que seriam impróprias para os cristãos evangélicos?


Com o advento do BBB 10 a Globo conseguiu o que ela vinha tentando há muito tempo, o beijo gay ao vivo. Em duas cenas do BBB 10 aconteceram dois beijos Gay e quando um deles foi "líder" a produção do programa teve o cuidado de colocar sobre uma estante a foto do beijo, com isso a Globo faz com que seus fiéis telespectadores vejam o beijo gay como algo comum e engraçado, ou seja, aceitável. Agora, nas novelas globais o beijo gay vai acontecer, induzindo esse comportamento aos jovens e adolescentes, induzindo legisladores a criarem leis que abonem tal comportamento. No mesmo BBB 10 uma das participantes declarou-se lésbica e com essa declaração todas as demais mulheres do programa, se aproximaram dela sendo protagonizado o selinho lésbico no programa e todos os demais a apoiaram sob o manto sagrado do não preconceito.

7. Que outra observação pode ser feita que não condiz com os princípios bíblicos?

Na novela Viver a Vida o tema principal mostrado de forma engraçada e aceitável é a da traição e do adultério. A letra da música, cuidadosamente escolhida pela Globo para servir de tema da dita novela; música de abertura da novela. “Vamos deixar que entrem Que invadam o seu lar/ Pedir que quebrem Que acabem com seu bem-estar/Vamos pedir que quebrem O que eu construi pra mim/Que joguem lixo Que destruam o meu jardim. Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro.” (Atos Vamos concluir com o convite de Pedro no dia de Pentecostes E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.” (Atos 2:40)
a. (Isaías 8:19) - Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos? (Isaías 8:20) - À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles.” Logo, os que me ouvem devem buscar orientação na Bíblia que foi inspirada pelo Espírito Santo: Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” “(II Timóteo 3:16, 17)

6. O que mais se destaca nas programações da Globo que seriam impróprias para os cristãos evangélicos?


Com o advento do BBB 10 a Globo conseguiu o que ela vinha tentando há muito tempo, o beijo gay ao vivo. Em duas cenas do BBB 10 aconteceram dois beijos Gay e quando um deles foi "líder" a produção do programa teve o cuidado de colocar sobre uma estante a foto do beijo, com isso a Globo faz com que seus fiéis telespectadores vejam o beijo gay como algo comum e engraçado, ou seja, aceitável. Agora, nas novelas globais o beijo gay vai acontecer, induzindo esse comportamento aos jovens e adolescentes, induzindo legisladores a criarem leis que abonem tal comportamento. No mesmo BBB 10 uma das participantes declarou-se lésbica e com essa declaração todas as demais mulheres do programa, se aproximaram dela sendo protagonizado o selinho lésbico no programa e todos os demais a apoiaram sob o manto sagrado do não preconceito.

7. Que outra observação pode ser feita que não condiz com os princípios bíblicos?

Na novela Viver a Vida o tema principal mostrado de forma engraçada e aceitável é a da traição e do adultério. A letra da música, cuidadosamente escolhida pela Globo para servir de tema da dita novela; música de abertura da novela. “Vamos deixar que entrem Que invadam o seu lar/ Pedir que quebrem Que acabem com seu bem-estar/Vamos pedir que quebrem O que eu construi pra mim/Que joguem lixo Que destruam o meu jardim. Eu quero o mesmo inferno A mesma cela de prisão - a falta de futuro Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro.” (Atos Vamos concluir com o convite de Pedro no dia de Pentecostes E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.” (Atos 2:40)


Fonte: CACP 

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Unidade da Igreja de Cristo


Panorâmica geral

Ao longo dos tempos a Igreja de Cristo tem vindo a ser alvo preferencial dos ataques do diabo que por todos os meios a tenta destruir. O diabo vem utilizando os crentes, pastores e as próprias igrejas para se lançarem umas contra as outras criando cisões, abandonos e destruições. O ladrão não vem, senão a roubar, matar e destruir (João 10:10). Na verdade também se aplica à Igreja de Cristo. Nos primórdios da Igreja constatamos as inúmeras perseguições, atentados, prisões e mortes perpetradas pelos detractores da doutrina de Cristo. Paulo foi um dos elementos que mais perseguiu a Igreja de Cristo e é o que mais ensinamentos nos deixa. Nessa época e porque era o início, os diferentes pontos de vista não eram assim tão visíveis. No entanto, uns discípulos diziam ser de Paulo, de Apolo, de Pedro etc., o que levou Paulo a esclarecer o assunto. Durante a Idade Média ocorreu um obscurantismo espiritual que quase reduziu a zero a obra de Cristo, até surgir a Reforma e recomeçar de novo a pregação do evangelho e o ensino das doutrinas de Cristo. Muito por causa daquele obscurantismo, houve necessidade de recomeçar tudo. Com a evolução dos acontecimentos, a Bíblia foi impressa, traduzida nas mais diversas línguas e surgem também diversas correntes de opinião sobre as Escrituras. O certo é que as Igrejas Cristãs pregam o Evangelho de Jesus Cristo. Umas dão mais ênfase a determinados mandamentos ou doutrinas, outros não lhes dão tanta relevância. Daí surge uma diferença de pontos de vista e que está na base das diversas denominações. Em tese, todas as pessoas têm a sua maneira de pensar e de interpretar determinado tema.

Seguramente se eu e outro crente dissertarmos sobre determinado tema, não utilizaremos as mesmas expressões nem colocaremos o enfoque nas mesmas personagens ou pontos de doutrina. Isso não quer dizer que o assunto central não seja exactamente o mesmo e que o resultado não seja o mesmo, explicado de maneiras diferentes. É esta diferença de expressão, de opinião e de condução que muitas pessoas se baseiam para formar grupos e criar denominações. Uns dão mais ênfase à salvação, outros ao baptismo, outros à cura; outros aos dons do Espírito Santo, outros ao sábado e ainda outros à prosperidade. Todos ensinam que Jesus Cristo é o Senhor e Salvador e que com o Seu sacrifício vicário tornou-se a causa da salvação dos pecadores. No fundo o que mais interessa é que os pecadores sejam salvos. Uma vez salvos crescerão espiritualmente e desempenharão os seus papéis de acordo com os dons que o Espírito Santo distribuir a cada um para o que for útil.

Pergunta-se então: Porque criticar, denegrir e maldizer os restantes membros do corpo de Cristo?

“A verdade sempre teve os seus "falsificadores". Da mesma maneira que convém a todo cidadão reconhecer o dinheiro de seu país a fim de evitar problemas, assim devemos nós ser capazes de discernir a origem das diferentes doutrinas que nos são apresentadas. Cada uma delas deve ser submetida à prova (v. 1; 1 Tessalonicenses 5:21); a Palavra de Deus dá-nos o meio seguro para reconhecer as "notas falsas". As boas levam sempre o selo: Jesus Cristo veio em carne (v. 3). Boa Semente”.

Atualmente nota-se uma crescente crítica mordaz de uns contra os outros, igrejas contra igrejas em prejuízo da obra de Deus. Através de programas de televisão, de emissões de rádio ou de jornais, na internet, revistas e mesmo em tribunais a obra de Deus vem sendo destruída pelos próprios ministros de Deus. Será isto possível? Será loucura? Infelizmente é o que está a acontecer.

Vejamos o que diz o apóstolo Paulo sobre isto em I Coríntios 1:6:9: O irmão vai a juízo com o irmão, e isto perante infiéis. Na verdade é já realmente uma falta entre vós, terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis antes a injustiça? Por que não sofreis antes o dano? Mas vós mesmos fazeis a injustiça e fazeis o dano, e isto aos irmãos. Não sabeis que os injustos não hão-de herdar o reino de Deus?

Críticas, Condenações e Divisões

Desde o início da era Cristã que existem críticas, condenações e divisões entre os crentes e que, afectam a obra de Deus. Paulo testifica em I Coríntios 5:6: Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Para melhor compreendermos, jactância tem entre outros os seguintes significados: bazófia, vanglória, soberba, ufania, arrogância e amor-próprio. E é o que alguns têm sido (quando se colocam contra os irmãos e a doutrina de Cristo); mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (I Coríntios 6:11) e é o que se espera dos servos de Deus.

Certamente que as críticas não deixarão de existir por parte de ministros intolerantes e arrogantes. O receio de que outra igreja lhes leve os crentes está na base de tão acesa polémica. Das duas uma, ou estão receosos de perder o emprego e com isso o seu bem-estar, agindo com amor-próprio ou, realmente, não se deixam guiar pelo Espírito Santo. Lembro-me quando era jovem a Igreja que a minha família frequentava, não receava convidar pastores de outras denominações para fazerem campanhas de evangelização, findas as quais havia sempre muitas conversões e as relações entre as diferentes denominações se estreitavam com amor cristão. Não me parece que este tipo de relacionamento entre as igrejas se pratique muito hoje em dia. Cada um tem receio do outro, de ser roubado, como se ouve dizer. Por isso, criticam, deploram, incendeiam ânimos e afastam os crentes e recém-convertidos. Que lamentável, que tristeza verificar que irmãos em Cristo se digladiam ao invés de darem as mãos e colaborarem para o avanço da obra de Deus.

Dissensões nas Igrejas

Porque a respeito de vós, irmãos meus, me foi comunicado…que há contendas entre vós. Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós baptizados em nome de Paulo? (I Cor 3: 1). Dentro das próprias igrejas existem sempre o que vulgarmente se chamam de “ovelhas ranhosas”. São crentes que, por tudo e por nada, causam dissensões e divisões entre os irmãos, seja por calúnia, inveja, falso testemunho ou mesmo arrogância. Este tipo de pessoas consegue perturbar de tal maneira as igrejas que se dão algumas cisões. Uns ficam na igreja, outros procuram outra igreja, ou afastam-se ou ainda seguem o desordeiro para formar outra igreja. Igreja que não esteja baseada em Jesus Cristo é de barro, depressa se desfará. Infelizmente assisti a dois ou três casos que feriram a obra de Deus. Qual será o galardão para esses detractores da obra de Deus? Certamente que Deus os julgará. Hoje em dia assiste-se com mais frequência a esse tipo de insinuações muito pelo desplante dos pastores e da facilidade de comunicação. Uma das razões para que isso aconteça relaciona-se com a falta de chamada. A pessoa não sentiu a chamada para o Ministério. Sentiu um desejo ou uma oportunidade de se tornar pastor, faltando todo um suporte espiritual e de conhecimento da Palavra de Deus. Não frequentou o Seminário nem fez cursos bíblicos adequados. Assim como a semente lançada sobre pedregais que logo nasce e depressa morre por não ter raízes profundas, tais são aqueles que por uma emoção mais forte se querem dedicar à pregação do evangelho sem terem raízes e certezas da chamada do Mestre. São igrejas que podem transtornar os crentes ensinando doutrinas de homens.

E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? (I Cor 3). Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor. E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro (I Cor 4:5-6).

Lobos vestidos de Cordeiros

E a História repete-se. Existem e existirão sempre lobos vestidos com pele de cordeiro que transtornam casas inteiras com doutrinas de demónios. Existem e existirão falsos profetas que arrastarão muitos para a perdição. As pessoas acreditam que encontram soluções para os seus problemas e aderem a essas igrejas e acabam por se deixar iludir com falsas doutrinas. Uma vez enraizados naquela doutrina tentam arrastar mais pessoas consigo, na suposição de que estão certos e que ganharão o paraíso. O que aqui falo diz apenas respeito às igrejas e seitas que não se baseiam em Jesus Cristo, ainda que algumas delas utilizem o nome de Jesus. Mas se o Espírito Santo não os ilumina são igrejas ocas que conduzem à perdição. Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. E porque é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem (Mateus 7:12:14).

Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis (Mateus 7:15-20). E nesta loucura muitos se perdem…

Segue a advertência: Ninguém vos domine a seu bel-prazer com pretexto de humildade e culto dos anjos, envolvendo-se em coisas que não viu; estando debalde inchado na sua carnal compreensão, E não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação da carne (Colosenses 2:18-23). "Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados." (2 Timóteo 3:13). E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Apoc. 18:4. Deixemos que seja Deus a tratar a desfazer as falsas igrejas e a depor os falsos profetas.

A unidade do corpo

Ora digam os detractores: Pé, não necessito de ti ou, olho não preciso de ti. Reparou que, ou é coxo ou é cego? Quem ousaria dizer tal absurdo contra o seu próprio corpo?

Mas é o que alguns têm sido…

Vejamos o que o apóstolo Paulo nos diz: Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo? E se a orelha disser: Porque não sou olho não sou do corpo; não será por isso do corpo? Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfacto? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?

Assim, pois, há muitos membros, mas um corpo. E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; E os que reputamos serem menos honrosos no corpo, a esses honramos muito mais; e aos que em nós são menos decorosos damos muito mais honra. Porque os que em nós são mais nobres não têm necessidade disso, mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que tinha falta dela; Para que não haja divisão no corpo, mas antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros (I Coríntios 12: 13-).

Ninguém terá dúvidas em aceitar como verdade o que Paulo ensina sobre a unidade do corpo. Todos nós devemos zelar pelo nosso corpo que é o tempo do Espírito Santo. Se cuidamos dele no dia a dia com desvelo para que seja sempre saudável, porque não o faríamos em relação ao corpo de Cristo. É dever de todo o crente zelar pelo corpo de Cristo e pela sua unidade.

Correlação entre o corpo e a Igreja de Cristo

Ora, vós sois corpo de Cristo, e seus membros em particular (1 Coríntios 12:27).
“Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros” (Romanos 12:4-5). Outras passagens, como 1 Coríntios 12 e Efésios 4:11-16, enfatizam a mesma verdade. (Romanos 12:3-8). Não teremos de igual forma, zelo pelo corpo de Cristo? Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Por certo que alguns maltratam, hostilizam ou dividem o corpo para demonstrar determinada arrogância ou falta de auto estima. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele (I Cor 12).

Qual será então a razão pela qual os membros do corpo de Cristo se dividem, se hostilizam, se ferem e se maltratam? Não será isto obra satânica para dividir o corpo de Cristo? Deixo aos detractores o alerta para que revejam a sua conduta no seio do corpo de Cristo. Porquê? Ouçamos o conselho de Gamaliel em Actos 5: 34: Levantando-se no conselho um certo fariseu, chamado Gamaliel, doutor da lei, venerado por todo o povo…e disse-lhes: … acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens... digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará, Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus.

Ainda em I Cor 3: 10:17: Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício… a obra de cada um se manifestará. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão, se a obra de alguém se queimar sofrerá detrimento. Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo. Portanto acautelai-vos dos falsos profetas que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis (Mateus 7:20).

A Igreja de Jesus Cristo

Pedro ensina que “cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus”. (1 Pedro 4:10) Notemos a diversidade dos dons: todos temos recebido algum dom e somos convidados a utilizá-lo, conscientes da graça de Deus que nos foi dada. Mas também é fundamental que cada um “não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3; 2 Coríntios 10:13). Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; E a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos? Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho mais excelente ( I Cor 12: 4-31).

Que ensinamentos podemos retirar?

João disse: Mestre, vimos um que em teu nome expulsava demónios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não nos segue. Jesus, porém, disse: Não lho proibais; porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim. Porque quem não é contra nós, é por nós (Marcos 9:38:40). Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há-de vir, e eis que já está no mundo (I João 4:1-3).
Porque então existe esta guerra entre as diversas denominações das igrejas de Cristo?
A quem serve todas essas dissensões. Porque então caluniar, denegrir e julgar aqueles por quem Cristo morreu?

Irmãos não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei; e se julgas a lei não és observador mas juiz. Há um só legislador e um juiz que pode salvar ou destruir. Tu, porém, quem és que julgas a outrem? Tiago 4:11-12.

Cabe a responsabilidade a cada um de nós em obedecer à vontade de Deus.


Helder Flávio Gomes de Morais
Servo do Deus Altíssimo

Estudo aponta porque 60% dos jovens deixam a igreja após concluir o ensino médio ou a faculdade

O que inicialmente começou como projetos de investigação sobre o êxodo dos jovens das igrejas depois do ensino médio e da faculdade se transformou em um movimento para ajudar a nova geração a prosperar em sua fé.

Aproximadamente apenas 40% dos jovens continuam na igreja depois da formatura, o que significa que 60% se desviam nesse período. Apenas 16% dos calouros da faculdade se sentem bem preparados pelos ministérios de jovens de suas igrejas para continuarem na igreja depois do período escolar.

O Instituto Juventude Completa, nos Estados Unidos, intitulou a ação de “Movimento Fé Fortalecida”. O objetivo é ajudar os adolescentes a desenvolver e a não abandonar a fé.

Com muitos estudantes deixando sua fé durante a faculdade, o Instituto Juventude Completa abordou o sério assunto da pesquisa e começa a desenvolver um sistema operacional e recursos voltados aos grupos de jovens do ensino médio nos Estados Unidos.

O Instituto lançou a versão piloto de um novo currículo para fortalecimento da fé entre os jovens, com o objetivo de obter um feedback de pastores antes de liberar a versão revisada e completa no próximo ano.

O propósito da iniciativa é ajudar os alunos a desenvolver uma fé que faça parte dos seus pensamentos e emoções interiores, e pois isso também exteriorizada nas escolhas e ações.

Esses comportamentos incluem a frequência regular à igreja, leitura da bíblia, oração e o afastamento de comportamentos de risco, como o consumo de álcool.

Pesquisa realizada pelo Instituto revelou que os jovens não estão abandonando a sua fé por causa de um ambiente universitário hostil – como professores universitários e seus colegas que confundem suas crenças. O interesse na espiritualidade também não foi encontrado como uma ameaça à fé cristã.

Na verdade, de acordo com o professor associado de Sociologia na Faculdade de New Jersey, Tim Clydesdale, “o que muitos estudantes universitários estão fazendo, no entanto, é armazenar as suas crenças e práticas religiosas em um cofre de identidade”, explicou.

O Instituto mostra que o desenvolvimento da identidade cristã é fundamental para a criação de fé inabalável. Identidade, o instituto diz, é uma mistura daquilo que pensamos sobre nós mesmos e que os outros pensam e retratam de nós, o que inevitavelmente influencia, se não determina, as escolhas que fazemos e a forma como nos relacionamos com Deus e com os outros.

O novo currículo de ensinamento cristão do Instituto para os jovens oferece exercícios para os alunos pensarem sobre sua fé e a sua identidade e onde querem estar, particularmente na sua relação com Deus, daqui a um ano. Ele também aborda o problema de muitos estudantes universitários continuarem em uma igreja após a formatura.

O novo projeto foi criado após o Instituto lançar o Transition College Project, um conjunto de iniciativas que orientou mais de 400 grupos de jovens formados nos Estados Unidos durante a sua transição para a faculdade.

O objetivo do projeto foi compreender melhor a dinâmica da vida a partir da juventude, e identificar atitudes que os pais, líderes de jovens, igrejas e os próprios alunos poderiam seguir para a trajetória ao longo da vida de fé e de serviço a Deus.

Fonte: Adiberj / Gospel+

O que Atanásio faria: A Grande Tradição é Suficiente?


Quase sempre, a cada seis domingos, minha igreja, em Washington, professa sua fé utilizando as palavras do Credo Apostólico. Na semana seguinte, fazemos o mesmo com o credo de Nicéia de 325 e, uma semana depois, com o credo de Nicéia de 381. Quando apresentamos esses credos, alegramo-nos no fato de que, por quase dois mil anos, os cristãos têm confessado sua fé no Senhor Jesus Cristo, usando as palavras desses credos.
Quando eu estava na igreja de Louisville, Kentucky, chegamos até mesmo a adotar o Credo de Nicéia de 381 como parte de nossa declaração de fé. Nossa esperança era mostrar que, longe de sermos uma igrejinha inflexível e impertinente, tínhamos permanecido na longa e profunda tradição da confissão e do testemunho cristão. Não éramos uma ilha e queríamos que o mundo soubesse disso.

Aprecio muito os credos antigos. Eles são elegantes e belos em sua simplicidade, e expressam algumas das verdades mais básicas do cristianismo, com um admirável cuidado e precisão na formulação das frases. Jesus Cristo é "gerado, não criado". O credo de Nicéia afirma: Ele é "Luz da Luz" e "verdadeiro Deus de Verdadeiro Deus", não apenas é semelhante à luz ou semelhante a Deus, mas "de uma só substância com o Pai". Os cristãos podem ser instruídos de forma maravilhosa ao serem levados a confessar sua fé com essas expressões provadas pelo tempo e cuidadosamente lapidadas.

A Grande Tradição: Um Novo Ponto de Convergência para a Unidade?
 
Nos anos recentes, entretanto, parece haver um impulso entre muitos evangélicos para tentar transformar esses credos antigos –  a "Grande Tradição", como a coleção dos credos primitivos é chamada – em algo mais. Eles têm sido transformados num tipo de ponto de convergência para aqueles que gostariam de ver as diferenças teológicas que existem entre os evangélicos e, bem, qualquer um, restringidas e suprimidas.
Simplificando, o argumento é: é nessa Grande Tradição – que geralmente compreende o Credo Apostólico, os dois Credos de Nicéia, o credo de Atanásio e o Credo da Calcedônia – que encontramos a essência do que significa ser cristão. Esses sãos os credos ecumênicos, e o argumento continua dizendo: são os credos universais adotados pela igreja em seus primórdios e, por essa razão, formam um fundamento necessário e até mesmo suficiente para a unidade entre os cristãos. Dizem que se você puder afirmar esses credos, então, você terá tudo o que for necessário para ser considerado e acolhido como um cristão.

Por mais que eu ame esses credos, argumentaria que essa forma de pensar, enfim, não se sustenta. No final das contas, a Grande Tradição, ao menos a tradição definida como sendo as palavras desses credos, simplesmente não serão suficientes para fundamentar a unidade Cristã. Deixe-me dar algumas razões para isso.

Por que a Grande Tradição não é suficiente?
 
Primeiro, é importante lembrarmos que a Grande Tradição é, em certa medida, apenas antiga. Por mais antigos que esses credos sejam, eles não ocupam a posição de fonte da verdade cristã. Eles não são tão antigos, nem possuem a mesma autoridade que a Bíblia. Na verdade, os credos derivam completamente da Bíblia e, por essa razão, dependem do que ela ensina. Geralmente, a tendência é pensar que porque os credos são antigos e respeitados, tudo o que dizem é verdade. Não deveríamos tomar isso por certo; em vez disso, devemos testar os credos pelo padrão das Escrituras.
Segundo, temos que admitir que a Grande Tradição é imperfeita em si mesma. Se formos utilizar os credos como nosso padrão de unidade, teremos que decidir qual versão de cada credo utilizaremos. A verdade é que não existe uma "Grande Tradição" perfeitamente imaculada. Todos esses credos foram debatidos, corrigidos, alterados, tiveram palavras modificadas e foram refeitos. Eles até se tornaram a causa de grandes divisões nas igrejas. Por exemplo, qual versão do Credo Apostólico podemos tomar como parte de nossa Grande Tradição; aquela que diz que Jesus "desceu ao inferno" ou aquela que omite essa frase? E mais, qual versão do credo de Nicéia utilizaremos; a que inclui a palavra filioque (afirmando que o Espírito Santo precede não só do Pai, mas também do Filho) ou aquela que a rejeita de forma deliberada? Pode ter havido um tempo em que as pessoas pensavam que o credo ecumênico fosse um alicerce suficiente para a unidade entre os cristãos; entretanto, esse tempo também acabou, de modo absoluto e dramático, em 1054.

Terceiro, a grande tradição é incompleta O que quero dizer com isso é que todos os credos antigos foram escritos em resposta a alguma heresia específica. O credo de Nicéia, por exemplo, gasta um bom tempo explicando o fato de Jesus ser da mesma substância que o Pai, porque era precisamente essa a questão em debate quando esse credo foi escrito. Em conseqüência disso, ele simplesmente não trata de outras verdades de forma tão extensa e com o mesmo nível de detalhes teológicos. É difícil de acreditar, mas tudo o que a versão de 325 diz sobre o Espírito Santo é "Nós acreditamos nele"! Bem, melhor pra você!

Isso significa que os credos definiam os limites do cristianismo ortodoxo somente quando surgiam questões específicas. Eles fortificavam os vãos da parede que estavam sofrendo um ataque específico. Não tinham a pretensão e nem a intenção de expor os limites completos e suficientes da ortodoxia. É lógico que isso não significa que agora eles não sejam úteis para nós. Eles são. Os credos antigos definem muito bem os limites de muitas verdades-chave da fé cristã, e seria um erro não dar atenção a eles. Porém, não deveríamos pensar que eles definem os limites de toda verdade, nem pensar que eles contém tudo o que precisamos para definir e defender a fé.
O fato é que há muitas verdades que estão tão próximas do cerne do evangelho quanto aquelas tratadas nos credos e, no entanto, os credos não tratam delas com detalhes. E por que não? Porque essas verdades não estavam sendo fortemente desafiadas até séculos atrás. Um exemplo tremendamente importante disso é a doutrina da justificação somente pela fé. Na posição de protestantes, entendemos que essa doutrina encontra-se bem no centro do evangelho – a salvação procede totalmente da virtude da vida e da morte de Cristo imputada a nós, e não vem, de modo algum, de alguma virtude ou de qualquer coisa que esteja em nós. De certa forma, negar isso é o mesmo que colocar a fé em alguém, em vez de Cristo. No entanto, esse debate não atingiu o seu ponto crítico até o século XVI (talvez, um pouquinho antes).

Quarto, a Grande Tradição é aberta à várias interpretações. Há pessoas em todos os tipos de tradições "cristãs" que poderiam afirmar  as palavras dos credos antigos, e também aquelas que entendem essas palavras de um modo completamente diferente do que você e eu entendemos. É claro que se você deseja fundamentar a unidade não só nas palavras, mas numa interpretação específica dessas palavras – como, por exemplo, na interpretação dos reformadores em oposição à interpretação do Papa ou dos Patriarcas  – está tudo muito bem. Eu poderia ser totalmente a favor disso, pois, nesse caso, estaríamos exigindo, por exemplo, que as pessoas não interpretassem a frase "um só batismo para a remissão de pecados" como sendo a regeneração por meio do batismo. E assim por diante. Mas novamente, isso nos jogaria de volta para aqueles argumentos teológicos desastrosos sobre a Grande Tradição, dos quais estamos tentando escapar por todos os meios, não é mesmo?

Conciliar as Diferenças não Preserva o Evangelho
 
Gostem ou não, o evangelho sempre tem sido defendido e esclarecido quando fazemos distinções, não quando as ignoramos. Como protestantes evangélicos, cremos em coisas que os católicos romanos não crêem. E eles acreditam em coisas nas quais não acreditamos. E ambos cremos em coisas em que a Igreja Ortodóxica Oriental não crê, e vice-versa. Na verdade, a Grande Tradição, por si só, permanece como um testemunho da necessidade de se delinear distinções, a fim de proteger o evangelho.

Não é uma grande ironia que a "Grande Tradição", forjada no ardor das disputas brutais contra a mentira, agora esteja sendo utilizada por alguns como um meio conciliar as distinções e minimizar as diferenças? Isso é vergonhoso, pois os homens que escreveram e adotaram esses credos não estavam, de forma alguma, preocupados em minimizar as distinções. Eles estavam preocupados em fazê-los para que, por meio deles, esclarecessem o evangelho, defendendo-o dos erros e desafios. Esse trabalho continuou durante muito tempo após o falecimento desses homens; e agora podemos ver mais de 1500 anos de esclarecimentos, definições e distinções feitas em defesa do evangelho. Portanto, use esses credos e os ame. Mas se jogarmos fora esses 1500 preciosos anos de distinções e fizermos com que nossa unidade se apóie, de forma não pouco arbitrária, em poucos credos (de versões específicas) dos séculos III, IV e V, acabaremos obscurecendo o evangelho em vez de esclarecê-lo.

De qualquer modo, duvido que Atanásio nos aplaudisse por isso.

 

 

Greg Gilbert

Greg Gilbert é pastor auxiliar da Igreja Batista de Capitol Hill e autor do livro What is the Gospel? – "O que é o evangelho"? – (Crossway, 2010). Obteve sua graduação pela universidade de Yale e seu mestrado pelo seminário batista do sul dos EUA.

Fonte: http://www.editorafiel.com.br/artigos_detalhes.php?id=316 

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Deus ou o diabo?

II Samuel-24-1
“A ira do Senhor tornou a acender-se contra Israel, e o Senhor incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá.”

I Crônicas-21-1
“ Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar Israel.”


Uma heresia primária, na maioria das vezes, é explicada tendo como base versículos isolados, que não passam de uma frase, quase sempre muito curta. É corriqueiramente resultado de uma interpretação micro, sem visão nenhuma dos contextos que envolvem os versículos apresentados. E este é mais um caso muito parecido com os demais já pronunciados pela internet com intenção de confundir de forma intencional.

O que vemos nestes dois versículos é que um complementa o outro com informações diferentes, ou seja, um diz como Deus reagiu com a dúvida que surgiu, quanto à promessa feita a Abraão de que Israel seria uma grande nação - Deus ficou irado! Como conseqüência dessa ira, agiu contra Israel através de seu líder Davi.

Pode-se considerar este relato como sendo a descrição da REAÇÃO DE DEUS MEDIANTE UMA FALHA DO SEU POVO!

O outro versículo de I Cr 21.1 torna-se um complemento porque informa o modus operandi para a correção de Davi e Israel, afim de que soubesse que Ele é o único Deus, no qual eles devem confiar e jamais na força de seus braços e guerreiros.

Nesse contexto, entra a figurinha carimbada de satanás, ou seja, como em várias ocasiões em relatos Bíblicos, Deus permite a ação do diabo para levar um homem ou um povo ao seu propósito (Jó 1:6-12; I Rs 22:20-22), ou para uma direção. Podemos descrever este segundo versículo como sendo O MODUS-OPERANDI DE DEUS PARA PROVAR QUE ELE É O ÚNICO SENHOR DE ISRAEL!

Deus permitiu satanás agir na vida de Davi, pela sua fraqueza de dúvida e com tendência para confiar na grandeza do seu reino - Ele que, durante sua vida, confiara sempre incondicionalmente em Deus.

Satanás, nesse caso, foi uma espécie de ferramenta para que a palavra lançada pelo próprio Deus mostrasse a Davi em quem ele devia sempre confiar.

Isto foi mostrado com severa correção como vemos em I Crônicas 21.7-17.

Satanás, com a permissão de Deus descrita em I Cr 21:1, considerou grande oportunidade para demover Davi de sua confiança em Deus, para confiar em si mesmo. É a velha história do orgulho próprio descrita em Is 14.12-14.

Concluímos até aqui que o censo realizado por Davi foi idéia do diabo com a permissão de Deus e isto tudo para levar Davi e seu povo a correção que os levaria ao reconhecimento do poder e grandeza do Deus de Israel.


PODEMOS DESCREVER OS FATOS DA SEGUINTE FORMA:


1) Nasce dúvida no coração de Davi quanto à promessa de que Israel seria uma grande Nação.

2) Deus vê isto, fica irado e permite satanás agir sobre a vida de Davi e conseqüentemente sobre o povo que estava debaixo de sua autoridade.

3) Satanás vê uma grande oportunidade de elevar o coração de Davi pelo potencial de seus fortes soldados e assim desviar sua fé no Deus de Abraão. Assim ele coordena a idéia do censo com critérios interessantes (seria bom ler todo capitulo dos dois versículos para entender porque digo isto).

4) Davi efetua o censo manipulado pelo diabo. (É bom observarmos que realizar um censo não tem nada de errado, Deus mesmo em outras ocasiões ordenou a realização de censo do povo de Israel. Neste caso, o censo está recheado de coisas do diabo como dúvida na palavra de Deus e orgulho próprio).

5) Deus entra com a correção para ensinar Davi e seu povo e a todas gerações que não há outro poder em que devemos colocar nossa FÉ E CONFIANÇA A NÃO SER NO PODER DO DEUS, CRIADOR DOS CÉUS E DA TERRA, QUE ERA, QUE É, QUE HÁ DE SER!

Isto tudo é muito simples de ser entendido para os de boa FÉ!

Fonte: Revista Defesa da Fé

Fonte2: CACP 

A marca de Cristo


A evangelização na era do consumo tem muito do discurso do marketing – mas a Igreja não pode oferecer o Evangelho como bem de consumo

“O problema é quando procuramos definir a Igreja como um todo a partir de apenas um de seus aspectos – ou seja, tratando-a como um mercado que tem produtos a serem vendidos”


marca Jesus é uma das mais conhecidas e rentáveis do mundo. O nome do Filho de Deus acompanha a humanidade há dois milênios, resistiu a toda sorte de crises – da opressão romana no início da Era Cristã ao comunismo, das trevas da Idade Média ao ateísmo filosófico do século 19 – e é a razão da fé de pelo menos 2 bilhões de pessoas. Seus ensinos e as frases que disse em seu ministério terreno – como o genial “Dai a César o que é de César” ou o inquietante “Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra” – fazem parte dos mais diversos cases de marketing. Mas são justamente as estratégias empregadas na propagação do Evangelho que têm causado mais controvérsia. Esta é a questão que se levanta quando pesamos os métodos de evangelismo público por parte de igrejas marcadas pela cultura ocidental, saturadas pelo marketing. Ora, qualquer secundarista sabe que marketing pode ser definido como todas as atividades que ajudam empreendedores a identificar e moldar o desejo de seu alvo, os consumidores – e, então, satisfaze-los mais do que seus competidores o fazem. Isso geralmente envolve pesquisas de mercado, análise das necessidades do cliente, e, então, decisões estratégicas sobre design de produtos, preços, promoções, propaganda e distribuição.

A Igreja enfrentou – e enfrenta – questões inevitáveis por escolher manter o evangelismo pessoal e testemunho público em uma sociedade marcada por uma cultura consumista. A primeira questão é: Será que devemos transformar em artigo de mercado a Igreja e a mensagem de Cristo? Podemos usar técnicas de marketing no cumprimento do “Ide” de Jesus? Temos condições de mudar o meio sem afetar a mensagem? Ou será que o próprio meio do marketing mancha nossa pregação, fazendo-nos resistir até o último suspiro a toda acomodação à nossa cultura de consumo? Parece evidente que, a menos que nos abstenhamos de toda forma de evangelismo, o marketing é inevitável. Se ele é a linguagem da nossa cultura, os cristãos devem ter fluência nele, da mesma forma que os missionários transculturais precisam dominar o idioma dos povos aonde vão atuar.

O marketing é apenas a última encarnação dos clássicos modelos evangelísticos, como a persuasão e o exemplo de vida. Por esta perspectiva, o erro estaria em fazer um marketing da Igreja de forma pobre, o que a faria parecer menos do que ela é – como uma marca indesejável – para um público de não cristãos. Deve-se ter em mente, também, que o marketing tem um problema: às vezes, ele leva as pessoas a fazer exatamente o oposto do desejado.

Conflitos com a vida cristã – Em outros termos, as pessoas que respondem ao marketing eclesiástico encaram Jesus como uma mercadoria. Este é o primeiro e grande problema, pois isso é blasfêmia: nós estamos falando sobre o Logos encarnado, e não sobre uma logo. Por outro lado (caso blasfêmia não seja o suficiente…), isso deveria nos preocupar pelo problema que traz para o discipulado. O consumismo não é apenas um fenômeno social – é espiritual. Ele vem dos hábitos e comportamentos espirituais que conflitam com as práticas particulares da vida cristã.

Existem vários conflitos desta natureza, mas quatro se destacam como mais arriscados: 


1. “Você é o que você compra” versus senhorio de Cristo – Em uma sociedade consumista, a identidade das pessoas vem do elas consomem. O principal foco de uma sociedade consumista é o consumidor – o que é essencial. Marcas comerciais não fazem nada para abalar essa auto-suficiência fundamental; na verdade, elas dependem disso. A dinâmica é simples – nós pagamos pelo privilégio de algumas marcas porque gostamos do que elas fazem por nós. Em contrapartida, as marcas estão bastante satisfeitas em receber nosso dinheiro. Consumidores espirituais, portanto, haverão de se aproximar da Igreja com o mesmo narcisismo com o qual se aproximam das demais marcas, com questionamentos como: “O que estou expressando a meu respeito, caso eu compre a marca Jesus?”; ou “Como o cristianismo completará a visão que eu tenho de mim mesmo?”.

A implicação teológica disso é: eu pertenço a mim mesmo. Sou meu próprio projeto, meu próprio produto. Essa é uma terrível rejeição à glória que deve ser dada a Deus como Criador. O perigo está no fato de que a Igreja passa, com isso, a transformar rapidamente o Evangelho em mera ferramenta de preenchimento pessoal. Pregações e evangelismo que enfatizam apenas os benefícios de se tornar um crente apresentam uma mensagem não muito diferente das propagandas que falam sobre as vantagens de determinados modelos de carros, por exemplo. Essa atitude prejudica o crescimento dos discípulos rumo a uma vida centrada em Deus e no próximo. Sim, a vida cristã traz plenitude para além da imaginação; mas ela vem apenas quando buscamos a Deus mais do que a nós mesmos. Aqueles que vêm à igreja esperando satisfações de mercado e procurando apenas salvar sua vida não encontrarão nem uma coisa nem outra.

2. Descontentamento versus a suficiência de Cristo – Embora o consumismo prometa plenitude pessoal, os ciclos econômicos dependem inteiramente de um descontentamento contínuo. No fundo, o consumismo não se trata apenas de comprar um produto novo, mas sim, de adquirir esse produto para que você se sinta novo. As pessoas que trabalham com o marketing sabem disso e planejam seus produtos de tal forma que o consumidor sempre é levado a desejar o novo que está por vir, o último modelo do que já tem. 
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Consumidores descontentes também carregam uma armadilha espiritual semelhante. Inicialmente, nossa busca perpétua por conforto e felicidade, na verdade, aniquila-se toda chance de satisfação de nossos desejos. O prazer de comprar um novo produto ou serviço, na verdade, durará pouco tempo. Logo vai embora – e o pior é que imediatamente depois, passamos a desejar algo novo. Em seguida – e esta é uma questão perversa –, nós não conseguimos lidar com desconforto. Como consumidores, buscamos novos produtos quando percebemos os primeiros sinais de irritação. Como as clinicamente identificáveis dependências de compras, esse é um espantoso indicador de uma cultura decadente.

A maioria das pessoas, nos mais diversos lugares, não tem o luxo de lutar por vidas livres do sofrimento e da dor. Evidentemente, termos todas as nossas necessidades sempre supridas é precisamente o oposto do que o discípulo deve experimentar. Paulo mostra uma indiferença quanto às circunstâncias da própria vida, sentimento que era fruto de sua maturidade espiritual: “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez. Tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.11-13).
A questão levantada pelo apóstolo não é que veremos todas as nossas necessidades prontamente assistidas, mas que, fazendo de Jesus o Senhor de fato de nossas vidas, precisaremos cada vez de menos coisas para termos satisfação completa. O discipulado, presente na comunidade cristã, tem como objetivo satisfazer com uma só coisa: o senhorio de Cristo em sua vida.

3. O relativismo das marcas versus o senhorio de Cristo – Um bom profissional do marketing busca formar um tipo de pessoa que se identifica tanto com sua marca que passa a considerar algo inimaginável a possibilidade de viver sem ela. Em se tratando de valores, esse tipo de entusiasmo parece indicar uma superioridade das marcas na vida de alguém. Entretanto, subjacente a esse fanatismo pelas marcas, está o relativismo inerente no consumismo. Uma marca de celular não é inerentemente melhor do que a concorrente, embora produtos do gênero precisem ter certa dose de competição técnica. Uma delas pode até fazer um melhor trabalho de capturar as mentes e os corações; todavia, dizer que determinado logo é melhor do que outro é tão ridículo quanto afirmar que os moradores de Boston são melhores do que os moradores de Chicago. Melhores por quais padrões? Para ser honesto, as marcas comunicam coisas diferentes umas das outras. No mercado americano de automóveis, Mercedes representa luxo, enquanto  Honda expressa confiança. Ambas, porém, fazem o que devem fazer em termos de qualidade. Portanto, a superioridade de uma sobre a outra está única e exclusivamente na cabeça do consumidor.

O consumidor que compra nosso marketing fará de Jesus sua marca escolhida, e o zelo resultante dessa escolha parecerá fé apaixonada. Aparências nos desapontam. Uma fé genuinamente apaixonada está enraizada em quem Cristo de fato é. Um zelo pela marca, por sua vez, está centrado na própria pessoa, pois a superioridade de uma marca sobre a outra depende tão somente do entusiasmo do seu devoto. O zelo existente mascara a arbitrariedade da escolha. Entretanto, a escolha por Cristo não é arbitrária. Se um consumidor descontente com uma marca de TV escolhe outra, a primeira perde e a segunda ganha. Mas se uma pessoa deixa de escolher a Cristo para servir a outros deuses – ou a deus algum –, Cristo não é nem um pouco diminuído.

Consumidores espirituais não têm porque achar que o cristianismo não é uma opção entre muitas. Entretanto, a santidade na vida de uma igreja é um grande testemunho do contrário. A igreja revela a supremacia de Cristo em um mundo que nega seu poder quando ama o que não é amado, perdoa o imperdoável, promove reconciliações aparentemente impossíveis e faz a perseverança triunfar sobre as dificuldades.

4. Fragmentação versus unidade de Cristo – A chave para o sucesso no marketing é a segmentação: dividir determinada população em grupos identificáveis por suas preferências relacionadas ao consumo. Trata-se de uma análise demográfica. Um profissional do marketing pode olhar para as contas mensais de uma pessoa, ou apenas para o CEP de seu endereço e descobrir coisas importantes para acerca de seu perfil de consumo. As segmentações nos chamados nichos de mercado permitem aos marqueteiros concentrar suas mensagens em públicos mais restritos, tornando-as mais eficazes. Isso tem permitido que o ser humano do século 21 com capacidade de consumo possa viver praticamente alocado dentro de suas preferências. Vivemos em bairros residenciais com pessoas que se parecem conosco, vamos a igrejas cujos membros têm perfil social semelhante ao nosso, passeamos com companheiros que têm os mesmos gostos que nós. Tudo isso contribui para relutarmos contra a vida em contextos nos quais as pessoas não são como nós.

Isso, é claro, é um problema para a Igreja. A unidade cristã é um valor bíblico inegociável. Pense na oração de Jesus em João 17, na exortação de Paulo aos filipenses para que fossem um com a mente de Cristo, ou na metáfora da Igreja como o corpo de Cristo, com diferentes membros igualmente importantes em suas funções. Como Paulo afirmou em Gálatas 3.28, a unidade de Cristo rompeu todas as principais diferenças da sociedade romana: de tribo, classe e gênero. Com efeito, nenhuma identidade importa tanto quanto a identidade cristã.

Precisamos, portanto, estar atentos para as infiltrações da segmentação do marketing nas nossas igrejas. Isso tem provocado duas inaceitáveis consequências: igrejas extremamente homogêneas representando tendências consumistas e, na outra ponta, pequenos grupos homogêneos dentro de grandes igrejas. Ambas as tendências tendem a nos separar dos que nos parecem “diferentes” e a nos levar uma comunhão restrita por padrões sociais, culturais, etários ou até mesmo étnicos – ou seja, caímos no nicho eclesiástico. Certamente foi a isso que Paulo referiu-se como “conformação com este século”, citada em Romanos 12.2.

O consumismo veio para ficar. Hábitos como autocriação, descontentamento, relativismo e fragmentação se tornarão mais dominantes nos próximos anos. Essa é a forma que a economia global e as transações comerciais julgam ser interessante. Não podemos derrotar nossa realidade; podemos, sim, viver de forma fiel em meio a esse contexto. Para isso, é fundamental nos lembrarmos da natureza da Igreja de Cristo. Em todas as épocas, cristãos têm lutado para defini-la; é uma tarefa difícil porque é a única instituição divina e humana ao mesmo tempo. A Igreja é como uma família, um reino, uma organização social, uma reduto de vida, de companheirismo e – para os nossos dias – um mercado. O problema se instaura quando procuramos definir a Igreja como um todo a partir de apenas um de seus aspectos. Ou seja, tratando-a como um mercado que tem uma marca a ser vendida. Se tratarmos o Evangelho como um produto, não estaremos levando aqueles que não crêem a pensar na cruz como apenas mais um logo?

Nós também precisamos entender, porém, que, não importa o que façamos, o consumismo inevitavelmente estará presente na forma pela qual as pessoas veem a Igreja em nossa sociedade. Toda nossa comunicação da Palavra de Deus será encarada como um marketing; toda exposição dos conteúdos do Evangelho será tida como um produto. E o evangelismo será vist como uma venda. Nada há que possamos fazer para mudar esse contexto. Há ainda mais razões para desafiarmos as expectativas. Consumidores espirituais virão às nossas igrejas como vão às vitrines das lojas nos shoppings, procurando um produto que combine com suas preferências. Eles desejarão isso porque consumir é a única salvação que eles conhecem. Trarão todos os seus recursos e terão grande dificuldade em entender a graça de Deus, porque não conseguem conceber algo que não pode ser comprado. Eles virão à nossa vitrine buscando o que querem, da mesma forma como fizeram aqueles que foram a Jesus, em seus dias, buscando comprar seus produtos – os milagres que operava. Naquela época, eles estavam procurando por um mestre, um homem louco, um profeta ou revolucionário, e – no fim – por um cadáver. Hoje, eles estão buscando uma marca espiritual.

Nos dias de Jesus na Terra, quem o procurou encontrou um Messias vivo e um Senhor. Eles encontraram o Deus pelo qual nem mesmo estavam procurando. A pergunta que nos cabe, hoje, é se aqueles que o buscam hoje haverão de achá-lo no que se chama de corpo de Cristo, chamado para transformar o mundo – e se, procurando algo novo para comprar, serão surpreendidos por Deus.

Tyler Wigg-Stevenson é pastor batista e autor de Brand Jesus: Christianity in a Consumerist AgeTradução: Daniel Leite Guanaes

Fonte: Cristianismo Hoje 

Após afirmar ser “cristã”, Dilma assiste missa e recebe “bênçãos” de mães de santo

Para atrair os votos de todos os credos, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, assistiu a uma missa ontem pela manhã, disse que é, sim, católica, mas, à noite, recebeu a "bênção" de mães de santo em um evento promovido pelo PT.

Na missa, Dilma acompanhou os cânticos cristãos, ajoelhou-se, cumprimentou fiéis e bispos, sempre orientada por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.

A petista, que ao longo da sua pré-campanha já se posicionou de várias maneiras em relação à sua fé, disse ao ser questionada sobre ser católica: "Eu sou".

Deu rodeios, no entanto, ao falar sobre o instante em que se converteu ao catolicismo. "No mesmo momento que cada um dos brasileiros. A gente nasce, é batizado, crismado, estuda em colégio de freira e ao longo da vida, você vive as suas experiências", afirmou a petista.

A missa da qual Dilma participou faz parte da programação do 16º Congresso Eucarístico Nacional, promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A entidade, que vai orientar os fiéis a não votarem em candidatos que defendem ideias opostas às da Igreja Católica, como a liberalização do aborto, foi apoiada pela petista. "A igreja tem todo o direito de fazer isso", disse.

Sobre a questão do aborto, Dilma disse ser a favor da política pública para os casos de aborto previstos em lei: "O Estado tem de prover, em termos de saúde pública, as condições para que se cumpra isso", disse.

Dilma falou ainda que "mulher nenhuma é a favor do aborto", e que essa é uma distorção comum. "Não é uma questão se eu sou contra ou a favor. É o que eu acho que tem que ser feito."

Para finalizar o dia religioso, a pré-candidata recebeu, à noite, uma bênção, desta vez de mães de santo, durante encontro com o Movimento Negro do PT. Dilma participou de homenagem ao dia de Oxalá, comemorado toda sexta-feira.

Na abertura do encontro, Dilma disse que, se eleita, ampliará a política de cotas raciais no ensino "queiram eles ou não". A pré-candidata chegou a apoiar manifestação do público para adoção do sistema em cursos de pós-graduação.

Aproximação não assegura voto católico

A mudança de discurso sobre sua fé não garantiu à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o apoio de dois dos segmentos da Igreja Católica dos quais se aproximou em seu período de "conversão".

Dilma revelou à Folha, em fevereiro deste ano, que não tinha religião específica. Nas últimas semanas, porém, a petista voltou ao tema em várias entrevistas. Na mais recente, publicada pela revista "IstoÉ" desta semana, se disse "cristã" e "católica" -o que voltou a repetir ontem.

Ainda assim, a administração da Basílica Nacional de Aparecida e a comunidade Canção Nova, cortejadas por Dilma, anunciaram que manterão "neutralidade" na eleição presidencial.

"A gente não manifesta apoio e sempre orienta que os candidatos não venham fazer propaganda política. Se algum chega, acolhemos gentilmente, mas não damos nenhum espaço. O romeiro sabe, o povo não é bobo, o tiro sai pela culatra", diz o padre e reitor do Santuário Nacional, Darci Nicioli.

Sobre a aproximação de Dilma e suas aparições em eventos da Canção Nova, o movimento sustenta nutrir "carinho e zelo" pela pré-candidata como faz com "os milhares de peregrinos e peregrinas que nos procuram para uma experiência pessoal com Jesus".

Fonte: Folha de São Paulo

Pastor Silas Malafaia anuncia desligamento da CGADB

O pastor Silas Malafaia anunciou neste sábado, dia 15, em seu programa de televisão, na Band, a sua renúncia ao cargo de primeiro vice-presidente e o seu desligamento da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB). Malafaia disse que não se desligou da denominação e seguirá visão divina.

Silas não entrou em detalhes sobre real motivo do desligamento. Durante o papo lembrou que CGADB é não é uma convenção de igrejas e sim de pastores. Em seu discurso citou o trabalho de CGADB e de outras convenções, inclusive os independentes. “Para ser assembleia de Deus não precisa estar ligado à convenção nenhuma. Há coisas que a gente não programa, eu nunca achei que seria pastor de igreja”, frisou.

Após anunciar sua renúncia ele disse que não se desligou da Assembleia de Deus e ressaltou seu passado e tradicionalismo na denominação. “É uma decisão pessoal. Eu tenho uma visão que Deus tem me dado. Eu não vou abrir mão desta visão”, exclamou.

O pastor da Assembleia de Deus da Penha, no Rio, citou sua convicção com crescimento com Assembleia Deus, disse que quer paz. “Não estou pedindo para ninguém fazer o que eu estou fazendo. Siga, obedeça, seu pastor. Deus é minha defesa e o tempo vai mostrar o porque da minha decisão. Eu não sou pastor da AD por conta da CGADB. Foi Deus que me chamou”, disse.

Ele agradeceu os mais de seis mil votos na eleição da CGADB e aconselhou os pastores evitarem rachas. “ Estou há 33 anos honrando meu pastor. Podia ter aberto igreja, mas eu obedeci a Deus e submeti ao homem”, conclui.

Fonte: Creio