Confessamos e reconhecemos que a Lei de Deus é a mais justa, a mais imparcial e a mais santa, e o que ela ordena, se perfeitamente praticado, iluminaria e poderia conduzir o homem à felicidade eterna;1 mas a nossa natureza é tão corrupta, fraca e imperfeita que jamais seríamos capazes de cumprir perfeitamente as obras da Lei. Mesmo depois de sermos regenerados, sedissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade de Deus não está em nós. Por isso, importa que nos apeguemos a Cristo, em sua justiça e satisfação, pois ele é o fim e o complemento da Lei e é por ele que somos libertados, de modo que, embora não cumpramos a Lei em todos os pontos, contudo, estamos imunes da execração de Deus.4 Deus o Pai contempla-nos no corpo de seu Filho Jesus Cristo, aceita como perfeita a nossa obediência imperfeita5 e cobre todas as nossas obras, que estão poluídas por muitas manchas,6 com a perfeita justiça do seu Filho.
Não queremos dizer que fomos libertados, de modo a não devermos mais obediência alguma à Lei - pois já reconhecemos o lugar dela - mas afirmamos que ninguém na terra, pela sua conduta - com exceção apenas de Cristo Jesus - deu, dá e dará à Lei a obediência que ela requer. Quando tivermos feito tudo, devemos prostrar-nos e confessar sinceramente que somos servos inúteis.7 Portanto, todos os que se vangloriam dos méritos de suas obras põem sua confiança em obras de supererrogação, ou se vangloriam da vaidade, ou põem sua confiança em idolatria condenável.
Ref. Bíblicas.
Lv 18:5; Gl 3:12; 1Tm 1:8; Rm 7:12; Sl 19:7-9; 19:11. Dt 5:29; Rm 10:3. I Rs 8:46;
2Cr 6:36; Pv 20:9; Ec 7:22; 1Jo 1:8. Rm 10:4; Gl 3:13; Dt 27:26. Fp 2:15. Is 64:6.
Lc 17:10.
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Fonte: A Confissão de Fé Escocesa
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