segunda-feira, 5 de abril de 2010

IMPERCEPITIVELMENTE AMORDAÇADOS

  "Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando  pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te." Dt. 6. 6 e 7

  Este claro mandamento dado a Moisés tinha por objetivo manter o Povo de Deus amparado por diretrizes que lhes promoveriam condições totalmente favoráveis para viverem em paz e harmonia na terra que estavam para habitar.

  Obviamente que, embora a ordem não tenha sido dada a todo o povo reunido, cada família seria o ponto inicial para se alcançar o objetivo; portanto, nada mais apropriado do que enfatizar a importância de se ensinar a Lei divina aos filhos, dela falando assentado em casa, andando pelo caminho, ao deitar e ao levantar. Nada mais apropriado do que fazer dela o assunto mais importante no diálogo familiar. Nada mais importante do que saber que de tudo o que se deveria aprender, os mandamentos do Senhor sempre deveriam ocupar um lugar de primazia.

  Certamente houve quem tratasse com muita seriedade estas questões e que jamais se deixassem amordaçar por quaisquer outros compromissos, certas prioridades, necessidades ou interesses de outra natureza qualquer. Como  resultado disto, sem sombra de dúvidas, desfrutaram dos incontáveis  benefícios de estarem sujeitos às orientações dadas por Deus, sólido  fundamento para o indivíduo, para sua família e para toda a sociedade.

  O mesmo não se pode dizer quanto à realidade dos nossos dias. Não é  especulação. É uma simples constatação. Embora a ordem seja a mesma, parece muito mais difícil assentar-se em família para falar sobre os mandamentos de Deus. Há muito assunto para os momentos de passeio, de andar juntos pelas ruas da cidade, no interior do automóvel mas, nem sempre há assunto suficiente para refletir sobre a Palavra de Deus e, talvez com menos gravidade, é possível que alguns ainda encontrem algum tempo para se aplicar à leitura bíblica, à oração, a entoar um cântico de louvor, naquele
  delicioso momento em que todos se preparam para se deitar.

  Não tenho qualquer dúvida dos incontáveis desequilíbrios que têm sido   desencadeados por uma imperceptível mordaça que está presa aos lábios de   muitos que, no coração, confessam a Cristo como Senhor. Lábios mordaçados,
  silenciosos quando o assunto tem a ver com os mandamentos de Deus; por outro lado, lábios apressados para iniciar uma discussão, para falar de futebol, da vida alheia, para confidenciar assuntos a estranhos quando deveriam ser compartilhados com a família, ambiente onde estão presentes aqueles que amamos e por quem somos amados.

  Sabemos qual é o caminho para reverter qualquer situação que se encaixe
 neste triste perfil. É preciso receber o mandamento dado a Moisés como sendo direcionado para nós mesmos e tomar uma atitude, mudando desde já tudo o que, eventualmente, encontra-se fora de lugar.

  Que o Senhor nos dê sabedoria para tornar a vida melhor, seja para nós, para nossa família, para nossa sociedade, considerando atentamente a importância de se praticar a Sua vontade.

  Rev.
  Marcos Martins Dias

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