quinta-feira, 27 de agosto de 2009

A importância dos Livros Proféticos com sua mensagem para hoje

O mundo sofreu uma grande transformação, mas as dificuldades e as situações críticas vividas pelos profetas a milênios atrás não mudaram muito. Os problemas da exploração, do domínio imperialista, do poder arbitrário, da manipulação da religião são mais atuais do que nunca. E é aí que entram os profetas: eles podem, com suas palavras tão antigas e tão atuais, nos ajudar a enfrentar as situações de crise nesse tempo tão adverso.
A mensagem dos profetas possui referências contínuas as circunstâncias históricas, políticas, econômicas, culturais e religiosas do seu tempo. Porém, as suas palavras não estão presas ao tempo, mas atinge nossa sociedade de igual modo à sua época.
Pode-se afirmar que suas palavras expõem em torno de dois grandes pólos de mensagem profética: a denúncia e o anúncio.
Todavia, a melhor maneira para entender os profetas é situar o texto dentro do contexto correspondente e da época em que surge. Este momento é sempre crucial para a nação; especialmente quando o Reino se dividiu em dois: O do Norte, Israel, e o do Sul, Judá, após a morte do rei Salomão. O profeta, no sentido bíblico original, é, portanto, um arauto, um porta-voz de alguém que lhe confia uma mensagem, que autoriza sua comunicação e garante sua veracidade. Assim como em Is 6.8-9a; Jr 1.7; Ez 2.3a.4b. 7a.
Constata-se em diversos textos nomes diferentes que são atribuídos aos profetas, porém de maneira metafórica: vigia, atalaia, sentinela, pastor, servo de Deus, anjo de Deus (Is 21. 1; 52. 8; Ez 3. 17; Jr 17. 16; 2 Rs 4. 25; 5. 8; Is 20. 3; Am 3. 7; Ag 1. 13).
Para a maioria das pessoas, o profeta é um homem que prediz o futuro, uma espécie de adivinho. Exemplos típicos de profetas que predizem o futuro: Samuel, Elias, Elizeu. Esses profetas pertencem a primeira época do profetismo de Israel, anterior ao século VIII a.C. Relatos bíblicos que os profetas surgem como homens capacitados para conhecer coisas ocultas (1 Sm 9. 6-7,20; 1 Rs 14. 1-16; 2 Rs 1. 16-17; 2 Rs 5. 20-27).
Contudo, ao lermos os livros de Amós, Isaías, Oséias, Jeremias, etc. observamos que o profeta não é simplesmente um vidente, se não um homem convocado por Deus para comunicar seus oráculos, sua palavra, para guiar seus contemporâneos. Podemos melhor conceitua-los como anunciantes e denunciantes. Desta forma, os profetas são conscientes de revelar coisas ocultas e de denunciar todos seus problemas visíveis, tais como: política interior e exterior, corrupção religiosa, desânimo e desconfiança, injustiça social e todas as formas de opressão e pecado. Nunca foi tão necessário a presença de verdadeiros profetas para o nosso tempo.

Por: Pr. Eliezer Alves de Assis

Fonte: Blog do Pr. Eliezer de Assis

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