A história de João Batista - Pr. Jean Porto

Domingo: 10/05/09
Preletor: Pr. Jean Porto
Referência: Mt 3:1-4.
Tema: A história de João Batista

João Batista batizava homens e mulheres no Rio Jordão a partir do arrependimento para remissão de pecados. A história de João Batista é curta em comparação com a biografia de outros personagens bíblicos como Abraão, Isaque, José, Davi, etc. Ele não tem um capítulo completo no Evangelho, mas sua história é impactante.

Em Isaías 40:1-9, vimos que foi Deus quem deu o nome a este profeta. Seus pais ou parentes não tiveram este privilégio. Deus disse que ele prepararia o caminho para a vinda de Jesus. João seria um impacto. Deus disse: “Gabriel, desça, encontre o sacerdote Zacarias e diga-lhe para não temer, porque, apesar de ele e sua esposa Isabel já serem idosos, eles serão pais de uma criança. A notícia foi tão impactante, que Zacarias ficou completamente mudo do primeiro ao último dia de gestação de João Batista, o qual anunciaria a vinda do Salvador.

Maria, ao receber a notícia que ficara grávida do Espírito Santo, sentiu-se feliz, mas ao mesmo tempo, preocupada por ainda não estar casada com José e precisava de conversar com alguém. Ela se lembrou de sua prima Isabel e, quando chegou à sua casa, João Batista, com apenas seis meses de vida intra-uterina, pulou de alegria e Isabel ficou cheia do espírito Santo.

João Batista falava sem medo da reação das pessoas. Ele pregava a Palavra como ela é. Suas palavras eram impactantes. João estava acostumado a impactar a vida das pessoas. Elas ficavam impactadas com a vida antiurbana, anticivilizada e antipática que levava. Mas chegou a vez de ele ser impactado. Jesus estava na fila do batismo e João percebeu que ele era um judeu diferente. “Eis aí o Cordeiro Santo de Deus que tem o poder de tirar o pecado do mundo!” – exclamou João. Este batizava pecadores e Jesus lhe pediu que o batizasse. João não queria batizá-lo por Jesus ser santo e puro, mas Jesus disse que era necessário para que a profecia fosse cumprida. O céu se abriu e de lá veio uma voz dizendo: “Este é o meu Filho amado em quem me comprazo.”

A morte de João também foi impactante. Nunca mudou o discurso não importasse quem o estivesse escutando. O rei Herodes apareceu no Rio Jordão e João chamou sua atenção no meio de todo o povo: “Arrependa-te, seu infiel. Você está tendo caso com sua cunhada Herodias, esposa de seu irmão.”

Certo dia, uma moça dançou maravilhosamente para o rei. Ele tanto a contemplou que lhe disse: “Peça-me o que quiseres que eu te darei.” A menina foi perguntar à sua mãe o que pediria. Sua mãe era Herodias e ela pediu a cabeça de João Batista.

“Acabou a história?” – perguntei a Deus. “Não se atreva a colocar um ponto final se Eu tenho o poder de colocar uma vírgula e continuar a história” – respondeu o Senhor. Note como o cardápio de João Batista era impactante: gafanhoto com mel silvestre. Preste atenção no que podemos aprender com esta lição:

1. Quando a Bíblia fala da junção do salgado e amargo com o extremamente doce, ela revela que a vida humana será cheia de contradições. A vida humana será paradoxal, cheia de vitórias e fracassos, tristezas e alegrias. Você nunca verá um miserável comendo apenas gafanhotos ou outro se deliciando apenas com mel. Não há um personagem bíblico que não tenha passado por problemas e experimentado gafanhotos.

2. Gafanhoto e mel são produtos específicos da terra e do céu. Pare de ficar esperando mel desta terra, onde só há corrupção, violência, desigualdade social, injustiça, seqüestro, assalto, assassinato. Se você espremer o jornal, sairá suco de gafanhoto. Olhe para o céu que será derramado mel sobre sua vida. Está chegando o tempo de Deus para sua vida. Está chegando o tempo de mel para sua família que adoçará sua boca. Hoje Deus te dará uma noite de paz. Segunda-feira pode ser um dia de ressaca para o mundo, mas para você será um dia de mel.

3. Nessa vida você encontra alguns garçons do inferno e “office boys” do diabo que terão prazer de lhe oferecer pratos de gafanhotos para comer. Lá fora você está esperando gafanhotos de qualquer lugar. Na igreja, você baixa a guarda, porque você pensa que só há santos aqui. Ledo engano! Existem lobos no meio de ovelhas. Na igreja, não há perfeitos. Há imperfeitos que tentam se parecer com Cristo e que, quando se parecerem, estarão no céu juntamente com Ele. A igreja é um hospital onde só há doentes. Tudo de ruim que você vê na vida, começou nos céus: divisão, ciúme, inveja. Estes são pratos de gafanhoto que, se alguém te oferecer, retribua-lhe com pratos de mel. Amontoe brasas vivas nas cabeças deles. Pague o MAL com o MEL. Faça como Estevão. Ele dava mel ao povo e recebia pedrada. Os céus se abriram para Estevão. Imagino Deus dizendo a ele assim: “Estevão, se não tem mel aí pra você, vem pra cá que aqui tem.” É dando mel que se chega ao céu.

4. O mundo dá voltas. Todos que se humilham, caminham para a exaltação. A soberba, Deus abate. Aprenda a repartir o mel com quem está comendo gafanhoto, porque o dia que você estiver comendo gafanhoto, ele poderá te ajudar.

5. Existem duas naturezas dentro de nós e elas não podem nos controlar ao mesmo tempo. Qual natureza está controlando você? A do mel ou a do gafanhoto? Eu tenho a natureza dos céus e sou livre para adorar ao Senhor, não importa a circunstância. Não deixe o gafanhoto do formalismo te pegar e te silenciar. Você é verdadeiro adorador. Precisamos aprender a extrair doces de situações amargas. Ainda na situação de gafanhotos, vou exultar e adorar a Deus. Não abra sua boca para murmurar. O pecado da murmuração é como o pecado de feitiçaria. Pense que é só um momento e que vai passar. Deus está te levando para dobrar o joelho e orar de madrugada. O momento do mel vai chegar. Se você serve ao mesmo Deus que João Batista servia, sua vida pode até ter começado comendo gafanhoto, mas vai terminar comendo mel. Vai chover doces sobre sua vida.