Para atrair os votos de todos os credos, a pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, assistiu a uma missa ontem pela manhã, disse que é, sim, católica, mas, à noite, recebeu a "bênção" de mães de santo em um evento promovido pelo PT.
Na missa, Dilma acompanhou os cânticos cristãos, ajoelhou-se, cumprimentou fiéis e bispos, sempre orientada por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.
A petista, que ao longo da sua pré-campanha já se posicionou de várias maneiras em relação à sua fé, disse ao ser questionada sobre ser católica: "Eu sou".
Deu rodeios, no entanto, ao falar sobre o instante em que se converteu ao catolicismo. "No mesmo momento que cada um dos brasileiros. A gente nasce, é batizado, crismado, estuda em colégio de freira e ao longo da vida, você vive as suas experiências", afirmou a petista.
A missa da qual Dilma participou faz parte da programação do 16º Congresso Eucarístico Nacional, promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A entidade, que vai orientar os fiéis a não votarem em candidatos que defendem ideias opostas às da Igreja Católica, como a liberalização do aborto, foi apoiada pela petista. "A igreja tem todo o direito de fazer isso", disse.
Sobre a questão do aborto, Dilma disse ser a favor da política pública para os casos de aborto previstos em lei: "O Estado tem de prover, em termos de saúde pública, as condições para que se cumpra isso", disse.
Dilma falou ainda que "mulher nenhuma é a favor do aborto", e que essa é uma distorção comum. "Não é uma questão se eu sou contra ou a favor. É o que eu acho que tem que ser feito."
Para finalizar o dia religioso, a pré-candidata recebeu, à noite, uma bênção, desta vez de mães de santo, durante encontro com o Movimento Negro do PT. Dilma participou de homenagem ao dia de Oxalá, comemorado toda sexta-feira.
Na abertura do encontro, Dilma disse que, se eleita, ampliará a política de cotas raciais no ensino "queiram eles ou não". A pré-candidata chegou a apoiar manifestação do público para adoção do sistema em cursos de pós-graduação.
Aproximação não assegura voto católico
A mudança de discurso sobre sua fé não garantiu à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o apoio de dois dos segmentos da Igreja Católica dos quais se aproximou em seu período de "conversão".
Dilma revelou à Folha, em fevereiro deste ano, que não tinha religião específica. Nas últimas semanas, porém, a petista voltou ao tema em várias entrevistas. Na mais recente, publicada pela revista "IstoÉ" desta semana, se disse "cristã" e "católica" -o que voltou a repetir ontem.
Ainda assim, a administração da Basílica Nacional de Aparecida e a comunidade Canção Nova, cortejadas por Dilma, anunciaram que manterão "neutralidade" na eleição presidencial.
"A gente não manifesta apoio e sempre orienta que os candidatos não venham fazer propaganda política. Se algum chega, acolhemos gentilmente, mas não damos nenhum espaço. O romeiro sabe, o povo não é bobo, o tiro sai pela culatra", diz o padre e reitor do Santuário Nacional, Darci Nicioli.
Sobre a aproximação de Dilma e suas aparições em eventos da Canção Nova, o movimento sustenta nutrir "carinho e zelo" pela pré-candidata como faz com "os milhares de peregrinos e peregrinas que nos procuram para uma experiência pessoal com Jesus".
Fonte: Folha de São Paulo
Na missa, Dilma acompanhou os cânticos cristãos, ajoelhou-se, cumprimentou fiéis e bispos, sempre orientada por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente Lula.
A petista, que ao longo da sua pré-campanha já se posicionou de várias maneiras em relação à sua fé, disse ao ser questionada sobre ser católica: "Eu sou".
Deu rodeios, no entanto, ao falar sobre o instante em que se converteu ao catolicismo. "No mesmo momento que cada um dos brasileiros. A gente nasce, é batizado, crismado, estuda em colégio de freira e ao longo da vida, você vive as suas experiências", afirmou a petista.
A missa da qual Dilma participou faz parte da programação do 16º Congresso Eucarístico Nacional, promovido pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A entidade, que vai orientar os fiéis a não votarem em candidatos que defendem ideias opostas às da Igreja Católica, como a liberalização do aborto, foi apoiada pela petista. "A igreja tem todo o direito de fazer isso", disse.
Sobre a questão do aborto, Dilma disse ser a favor da política pública para os casos de aborto previstos em lei: "O Estado tem de prover, em termos de saúde pública, as condições para que se cumpra isso", disse.
Dilma falou ainda que "mulher nenhuma é a favor do aborto", e que essa é uma distorção comum. "Não é uma questão se eu sou contra ou a favor. É o que eu acho que tem que ser feito."
Para finalizar o dia religioso, a pré-candidata recebeu, à noite, uma bênção, desta vez de mães de santo, durante encontro com o Movimento Negro do PT. Dilma participou de homenagem ao dia de Oxalá, comemorado toda sexta-feira.
Na abertura do encontro, Dilma disse que, se eleita, ampliará a política de cotas raciais no ensino "queiram eles ou não". A pré-candidata chegou a apoiar manifestação do público para adoção do sistema em cursos de pós-graduação.
Aproximação não assegura voto católico
A mudança de discurso sobre sua fé não garantiu à pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, o apoio de dois dos segmentos da Igreja Católica dos quais se aproximou em seu período de "conversão".
Dilma revelou à Folha, em fevereiro deste ano, que não tinha religião específica. Nas últimas semanas, porém, a petista voltou ao tema em várias entrevistas. Na mais recente, publicada pela revista "IstoÉ" desta semana, se disse "cristã" e "católica" -o que voltou a repetir ontem.
Ainda assim, a administração da Basílica Nacional de Aparecida e a comunidade Canção Nova, cortejadas por Dilma, anunciaram que manterão "neutralidade" na eleição presidencial.
"A gente não manifesta apoio e sempre orienta que os candidatos não venham fazer propaganda política. Se algum chega, acolhemos gentilmente, mas não damos nenhum espaço. O romeiro sabe, o povo não é bobo, o tiro sai pela culatra", diz o padre e reitor do Santuário Nacional, Darci Nicioli.
Sobre a aproximação de Dilma e suas aparições em eventos da Canção Nova, o movimento sustenta nutrir "carinho e zelo" pela pré-candidata como faz com "os milhares de peregrinos e peregrinas que nos procuram para uma experiência pessoal com Jesus".
Fonte: Folha de São Paulo
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