O ministro de Finanças israelense, Yuval Steinitz, acusou hoje o Conselho de Direitos Humanos da ONU de ser anti-semita por aprovar na sexta-feira o relatório Goldstone, que acusa Israel e o Hamas de cometer crimes de guerra durante a ofensiva israelense em Gaza, em dezembro e janeiro passados.
"Trata-se de uma tentativa anti-semita, porque (a ONU) permitiu as ações dos Estados Unidos no Afeganistão, da Rússia na Chechênia e da Turquia no norte do Iraque, não permite que Israel tente se defender da Faixa de Gaza", disse o ministro à rádio do Exército israelense "Galei Tzahal".
O CDH apoiou em Genebra este relatório, elaborado pelo jurista sul-africano Richard Goldstone e que pede que Israel e Hamas investiguem de forma independente essa ofensiva do Estado judeu em Gaza, na qual morreram 1.400 palestinos e 10 israelenses.
Se as duas partes não investigarem o ocorrido ou as investigações não cumprirem os padrões estabelecidos, a ofensiva em Gaza poderia ser analisada no Conselho de Segurança da ONU, a fim de transferir o caso ao Tribunal Penal Internacional de Haia.
Steinitz assegurou à emissora que Israel "não permitirá que um judeu vá outra vez como um cordeiro ao matadouro (em alusão ao Holocausto). O Estado judeu tem o direito e a obrigação de defender seus cidadãos, assim como acontece com EUA, Rússia ou Turquia".
O titular de Finanças também acusou a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que recebeu bem o apoio da ONU ao relatório, de aproveitar qualquer oportunidade para pressionar Israel em cada fórum internacional.
"Temos de pensar seriamente se devemos continuar ajudando a ANP a se desenvolver. Não podemos continuar dando o outro lado da cara a tapa", reforçou o ministro e deputado do governante partido Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Fonte: EFE
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