O líder islâmico Raed Sala foi preso pela polícia israelense nesta terça-feira, no bairro árabe de Wadi Joz, em Jerusalém Oriental, acusado de envolvimento nos confrontos ocorridos nos últimos dias dentro da Cidade Santa. Raed Salah é o chefe do Movimento Islâmico em Israel, grupo que Israel acusa de estar por trás dos distúrbios. Na segunda-feira (5), Sala afirmou em entrevista ao jornal israelense "Haaretz" que os confrontos na cidade continuariam até que Israel encerrasse a sua "ocupação" naquela região. "A Esplanada das Mesquitas é muçulmana, palestina e árabe, e Israel não tem nenhum direito à mesquita ou a Jerusalém Oriental", afirmou. Segundo a polícia israelense, Sala foi preso nesta terça-feira por incitar violência, citando "declarações dos últimos dias". Os judeus e os muçulmanos se referem com nomes diferentes ao mesmo local. Enquanto os primeiros chamam de Monte do Templo, porque ali ficavam dois templos sagrados; os outros falam em Esplanada das Mesquitas, devido ao complexo de mesquitas. Essa esplanada, onde ficam as mesquitas de Al Aqsa e o Domo da Rocha, é, em importância, o terceiro santuário do islamismo, atrás de Meca e de Medina. O complexo de mesquitas foi construído sobre as ruínas do templo sagrado dos judeus, que foi destruído pelos romanos no ano 70 da era cristã. O principal vestígio daquele templo é o Muro das Lamentações, o local mais sagrado para os judeus. Desde 2003, a polícia israelense autoriza o acesso à esplanada para os grupos de visitantes, sem coordenação com o Escritório de Bens Muçulmanos (WAQF), responsável pelos lugares santos do islã, mas proíbe que judeus entrem no local para rezar. No último dia 27, um grupo de israelenses foram à Esplanada das Mesquitas. Desde então, houve uma série de incidentes entre os residentes palestinos de Jerusalém e os agentes de segurança, Mais de 50 árabes já foram detidos. Nesta terça-feira, a polícia israelense manteve o seu controle sobre o acesso à esplanada, autorizando a passagem apenas de muçulmanos com mais de 50 anos que têm cidadania árabe-israelense ou residentes de Jerusalém Oriental. A polícia também proibiu o acesso para visitantes judeus e cristãos. Fonte: Folha Online |
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Em meio a tensão, Israel prende líder islâmico em Jerusalém
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