O primeiro-ministro Silvio Berlusconi criticou a sentença da Corte Europeia de Direitos Humanos, que condenou a Itália a pagar indenização a uma mãe devido à presença de crucifixos na escola de seus filhos.
"Trata-se de uma decisão que não é aceitável para nós italianos", ressaltou o premier. O processo contra o Estado foi movido pela italiana de origem finlandesa Soile Lautsi, que pediu à direção da escola de seus filhos, em Pádua, que retirasse símbolos cristãos das salas de aula.
A solicitação foi negada. A Corte Europeia emitiu, então, um parecer favorável a Lautsi, considerando que a exposição de objetos religiosos em instituições de ensino configura um desrespeito à liberdade dos pais de criar filhos segundo suas próprias convicções.
Agora, o Estado italiano será obrigado a pagar uma indenização de 5 mil euros a Lautsi por danos morais. "É uma daquelas decisões que fazem você duvidar do bom senso da Europa", criticou Berlusconi.
O premier, que fez uma visita à cidade de L'Aquila, atingida por um forte terremoto em abril, comentou a decisão da corte ao participar de um programa do canal italiano RAI.
"Nós estamos em um país onde não podemos deixar de dizer que somos cristãos. Basta ver aqui em L'Aquila, onde 351 igrejas foram atingidas pelo terremoto e onde basta andar 200 metros à direita ou à esquerda para se deparar com um sinal do cristianismo", ressaltou o chefe de Governo.
A sentença provocou a reação negativa de outros políticos italianos, como o prefeito de Roma, Gianni Alemanno. "Cria um problema ao povo italiano e é também uma ofensa à sua cultura", observou.
Mais enfático, o prefeito de Trieste, Roberto Dipiazza assegurou que enquanto estiver à frente do governo municipal, "nenhum crucifixo será removido de nenhuma escola pública, nem dos escritórios municipais".
Políticos se pronunciam contra decisão de Corte sobre crucifixos na Itália
A decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos contra a exposição de símbolos religiosos em escolas italianas causou indignação de autoridades locais, como o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, que disse que essa é uma "ofensa à cultura" do povo italiano.
"Cria um problema ao povo italiano e é também uma ofensa à sua cultura", comentou o prefeito, destacando estar seguro de que o governo do país "promoverá todas as iniciativas para que a sentença seja revisada".
Ontem o órgão do Conselho da Europa anunciou que a Itália terá que pagar uma indenização por danos morais à italiana de origem finlandesa Soile Lautsi, que havia pedido à direção da escola onde estudam seus filhos a retirada de crucifixos e demais objetos religiosos das salas de aula.
O Tribunal entendeu que símbolos religiosos em instituições de ensino constituem "uma violação [dos direitos] dos pais em educar aos filhos segundo as próprias convicções" e uma "violação à liberdade de religião dos alunos".
Por sua vez, Roberto Dipiazza, prefeito de Trieste, localidade da região de Friuli-Venezia Giulia, disse que enquanto ele estiver à frente do município, "nenhum crucifixo será removido de nenhuma escola pública, nem dos escritórios municipais".
"A retirada de nossos valores não pode ser adotada como forma de respeito aos seguidores de uma outra religião. Até a prova contrária, quem vier de fora que deve se adequar às nossas regras e respeitar os símbolos da nossa fé", ratificou.
A Itália é um dos países com maior número de católicos, em que mais de 96% dos cristãos do país -- cerca de 80% da população -- se definem católicos apostólicos romanos. Também é o país que abriga o Estado do Vaticano.
Fonte: Ansa
"Trata-se de uma decisão que não é aceitável para nós italianos", ressaltou o premier. O processo contra o Estado foi movido pela italiana de origem finlandesa Soile Lautsi, que pediu à direção da escola de seus filhos, em Pádua, que retirasse símbolos cristãos das salas de aula.
A solicitação foi negada. A Corte Europeia emitiu, então, um parecer favorável a Lautsi, considerando que a exposição de objetos religiosos em instituições de ensino configura um desrespeito à liberdade dos pais de criar filhos segundo suas próprias convicções.
Agora, o Estado italiano será obrigado a pagar uma indenização de 5 mil euros a Lautsi por danos morais. "É uma daquelas decisões que fazem você duvidar do bom senso da Europa", criticou Berlusconi.
O premier, que fez uma visita à cidade de L'Aquila, atingida por um forte terremoto em abril, comentou a decisão da corte ao participar de um programa do canal italiano RAI.
"Nós estamos em um país onde não podemos deixar de dizer que somos cristãos. Basta ver aqui em L'Aquila, onde 351 igrejas foram atingidas pelo terremoto e onde basta andar 200 metros à direita ou à esquerda para se deparar com um sinal do cristianismo", ressaltou o chefe de Governo.
A sentença provocou a reação negativa de outros políticos italianos, como o prefeito de Roma, Gianni Alemanno. "Cria um problema ao povo italiano e é também uma ofensa à sua cultura", observou.
Mais enfático, o prefeito de Trieste, Roberto Dipiazza assegurou que enquanto estiver à frente do governo municipal, "nenhum crucifixo será removido de nenhuma escola pública, nem dos escritórios municipais".
Políticos se pronunciam contra decisão de Corte sobre crucifixos na Itália
A decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos contra a exposição de símbolos religiosos em escolas italianas causou indignação de autoridades locais, como o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, que disse que essa é uma "ofensa à cultura" do povo italiano.
"Cria um problema ao povo italiano e é também uma ofensa à sua cultura", comentou o prefeito, destacando estar seguro de que o governo do país "promoverá todas as iniciativas para que a sentença seja revisada".
Ontem o órgão do Conselho da Europa anunciou que a Itália terá que pagar uma indenização por danos morais à italiana de origem finlandesa Soile Lautsi, que havia pedido à direção da escola onde estudam seus filhos a retirada de crucifixos e demais objetos religiosos das salas de aula.
O Tribunal entendeu que símbolos religiosos em instituições de ensino constituem "uma violação [dos direitos] dos pais em educar aos filhos segundo as próprias convicções" e uma "violação à liberdade de religião dos alunos".
Por sua vez, Roberto Dipiazza, prefeito de Trieste, localidade da região de Friuli-Venezia Giulia, disse que enquanto ele estiver à frente do município, "nenhum crucifixo será removido de nenhuma escola pública, nem dos escritórios municipais".
"A retirada de nossos valores não pode ser adotada como forma de respeito aos seguidores de uma outra religião. Até a prova contrária, quem vier de fora que deve se adequar às nossas regras e respeitar os símbolos da nossa fé", ratificou.
A Itália é um dos países com maior número de católicos, em que mais de 96% dos cristãos do país -- cerca de 80% da população -- se definem católicos apostólicos romanos. Também é o país que abriga o Estado do Vaticano.
Fonte: Ansa
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