segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

MEU ANIVERSÁRIO NESTE NATAL


Como você sabe, está chegando novamente a data de meu “aniversário”. Todos os anos fazem festa em minha honra e creio que este ano acontecerá a mesma coisa. Nesses dias as pessoas fazem muitas compras, o rádio e a TV fazem centenas de anúncios. Por todo canto não se fala de outra coisa a não ser dos preparativos para o grande dia.

É bom saber que ao menos um dia por ano, algumas pessoas pensam um pouco em mim. Como você sabe, há muitos anos começaram a festejar meu aniversário. No começo, pareciam compreender e agradecer o que fiz por eles, mas HOJE em dia, ninguém sabe por que razão o celebram. As pessoas se reúnem e se divertem muito, mas não sabem do que se trata...

Estou me lembrando do ano passado: ao chegar o dia do meu aniversário, fizeram uma grande festa em minha honra. Havia coisas deliciosas na mesa, tudo estava decorado e havia muitos presentes... mas sabe de uma coisa?

Não me convidaram! Eu era o convidado de honra e ninguém se lembrou de me convidar! A festa era para mim e quando chegou o grande dia, fecharam a porta na minha cara. Bem que eu queria partilhar a mesa com eles...

A verdade não me surpreendeu porque, nos últimos anos, muitos me fecham a porta. Como não me convidaram, ocorreu-me entrar sem fazer ruído, entrei e fiquei num cantinho.

Estavam todos brindando, alguns já estavam embriagados, contando piadas, rindo, divertindo-se. Aí chegou um VELHO GORDO, VESTIDO DE VERMELHO, COM BARBA BRANCA E GRITANDO: HO! HO! HO!. Parecia ter bebido demais... Deixou-se cair pesadamente numa cadeira e todos correram para ele dizendo: Papai Noel! Papai Noel! – como se a festa fosse para ele!

Quando chegou meia-noite, todos começaram a abraçar-se. Eu estendi meus braços esperando que alguém me abraçasse... Quer saber? Ninguém me abraçou.

De repente, todos começaram a entregar presentes, um a um, os pacotes foram sendo abertos. Cheguei perto para ver se, por acaso, havia algum para mim – nada!

O que você sentiria se no dia de seu aniversário todos se presenteassem e não dessem nenhum presente para você?

Compreendi, então, que estava sobrando na festa... Saí sem fazer barulho, fechei a porta, fui embora...

Cada ano que passa é pior: as pessoas só se lembram da ceia, dos presentes, das festas... De mim ninguém se lembra.

Gostaria que, neste Natal, você me permitisse entrar na sua vida, reconhecendo que há mais de dois mil anos vim ao mundo para lhe dar minha vida na cruz e, assim, poder salvar você... Hoje só quero que acredites nisso com todo seu coração... “

Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Vou dizer-lhe uma coisa. Já que muitos não me convidam para a festa que fazem, vou fazer minha própria festa – uma festa grandiosa como ninguém jamais fez, uma festa espetacular. Estou nos últimos preparativos e expedindo os convites.

Este é especial para você. Só quero que você me diga se quer vir: reservarei um lugar para você e incluirei seu nome na lista dos que confirmaram... Os que não aceitarem, ficarão de fora.

Prepare-se porque quando tudo estiver pronto, quando menos se esperar, darei minha grande festa.

Não se esqueça de enviar este convite também aos seus amigos... SOMENTE PARA OS AMIGOS ESPECIAIS

Assim como você é especial para mim, com certeza, há vários amigos que são especiais pra você. Desta maneira, vamos fazer uma festa com os “especiais”, afinal, “muitos serão os convidados, mas poucos serão os escolhidos”, sabe por que? Porque poucos aceitarão o CONVITE!

“Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca confessa a respeito da salvação.” Romanos 10:9-10

Para meditação leia Mateus 22:1-14 “A parábola das bodas”



Que Deus os abençoe!

Equipe do JesusSite
www.jesussite.com.br

É Natal, fique atento!

Almir Lima
JesusSite


Hoje quero animá-los para a leitura de Tiago 2:1-4 que diz assim:

1 Meus irmãos, vocês que crêem no nosso glorioso Senhor Jesus Cristo, nunca tratem as pessoas de modo diferente por causa da aparência delas.

2 Por exemplo, entra na reunião de vocês um homem com anéis de ouro e bem vestido, e entra também outro, pobre e vestindo roupas velhas.

3 Digamos que vocês tratam melhor o que está bem vestido e dizem: "Este é o melhor lugar; sente-se aqui", mas dizem ao pobre: "Fique de pé" ou "Sente-se aí no chão, perto dos meus pés."

4 Nesse caso vocês estão fazendo diferença entre vocês mesmos e estão se baseando em maus motivos para julgar o valor dos outros.

Como a palavra de Deus é perfeita e atualizada... se olharmos a sociedade em que vivemos hoje, quase dois mil anos depois destas palavras vemos que ainda hoje somos influenciados pelos valores mundanos, ...quem tem mais dinheiro, quem tem melhor emprego, quem tem melhor cargo, quem se veste melhor, quem é mais "importante"... triste este quadro!

Está na Bíblia em 1 Samuel 16:7 " Mas o SENHOR disse: — Não se impressione com a aparência nem com a altura deste homem. Eu o rejeitei porque não julgo como as pessoas julgam. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o coração." - Voltamos ainda mais no tempo e vemos que Deus não olha para a aparência, e sim para o coração! O homem vê o exterior, mas Deus vê o interior! Aleluia!

Alguns não levam muito a sério estas palavras, são bons crentes entre eles, no meio dos seus... no mundo em que vivemos existem igrejas de ricos e de pobres, de brancos e de negros... maldita contextualização! Que praga esta palavra tem sido para a Igreja!

Será que eles esqueceram que o Filho do Homem veio ao mundo pobre?

- É Natal... e ainda que não conheçam nada da palavra de Deus, será nunca viram o menino Jesus na manjedoura de um presépio? Nunca ouviram falar que Ele nasceu filho de um carpinteiro?

Está na Bíblia em 2 Coríntios 8:9 "Porque vocês já conhecem o grande amor do nosso Senhor Jesus Cristo: ele era rico, mas, por amor a vocês, ele se tornou pobre a fim de que vocês se tornassem ricos por meio da pobreza dele." - Ele era rico no céu, mas se tornou pobre por amor a nós!

Bendito sejam os pobres que declaram o nome de Jesus como o único nome, pois deles será o reino do céu! Está na Bíblia em Mateus 5:3 que eles são herdeiros... " — Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas."

- Humildade! Quebrar o mandamento do Amor é transgredir toda a Lei... Outrora estivemos cativos, mas hoje temos a liberdade com base na obediência a palavra de Deus, a discriminação é uma realidade que não se pode negar, mas contra qual podemos e devemos lutar!

Tiago no texto em questão advertia os cristãos primitivos que estava havendo discriminação, distinção...mas Deus não faz distinção de pessoas, qualquer criança de nossas igrejas sabem recitar João 3:16 - Ele ama a Todos!

Estamos perto de uma época onde se come do bom e do melhor, onde se trocam presentes, onde se comemora... ainda que muitos não saibam o verdadeiro sentido do Natal, todos "comemoram"... "é uma festa..."

- Se Deus se apresentar a você por estes dias esteja pronto para aceitá-lo do jeito que Ele vier, pois Ele te ama do jeito que você é! Fique atento!

Um grande abraço,

Almir Lima

C o m p a r a ç õ e s ...



Papai Noel mora no Pólo Norte...
Jesus, em todo lugar.

Papai Noel anda num trenó...
Jesus andou sobre as águas.

Papai Noel nos visita somente uma vez ao ano...
Jesus está sempre presente.

Papai Noel enche nossas meias com presentes...
Jesus supre todas as nossas necessidades.

Papai Noel desce pela chaminé sem ser convidado...
Jesus bate na porta do nosso coração e espera que oconvidemos a entrar.

Nós temos que esperar numa fila para ver Papai Noel...
Jesus já está próximo quando se menciona Seu nome.

Papai Noel nos deixa sentar no seu colo...
Jesus nos deixa descansar em Seus braços.

Papai Noel não sabe nosso nome, tudo o que ele pode dizer é: "Olá garotinho ou garotinha, qual é o seu nome"?...
Jesus sabia nosso nome antes mesmo de nós o sabermos. Ele sabe não só o nosso nome, Ele conhece nossa história e futuro e ainda conhece nosso coração e quantos fios de cabelo temos em nossa cabeça.

Papai Noel tem uma barriga que balança como gelatina...
Jesus tem um coração cheio de amor, graça, misericórdia e perdão.

Papai Noel nos oferece de melhor é seu conhecido: "HO, HO, HO"...
Jesus nos diz: "Deixe que eu resolvo seus problemas".

Os ajudantes de Papai Noel fazem brinquedos...
Jesus faz vida nova, consola nosso coração aflito, repara lares destruídos e constrói esperanças.

Papai Noel pode fazer-nos um agrado, mas...
Jesus nos dá alegria com Sua força.

Enquanto Papai Noel coloca presentes sob nossa árvore...
Jesus tornou-se nosso presente e morreu na cruz por todos nós.

É claro que não há comparações.

Nós devemos lembrar "Quem é" o motivo do Natal, na verdade.

Devemos recolocar Cristo no Natal, Jesus ainda é, e sempre será, a razão da comemoração desta data.

Jesus é o melhor! ELE É SEMPRE O MELHOR!

"Um menino lindo nos nasceu, Um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros. Seu nome será: Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz." Isaías 9:6

A verdadeira história do Natal

Rev. Ézio Martins de Lima
Pão Quente Diário



Ao entrar no Shopping ficamos deslumbrados com os efeitos produzidos pelas luzes, que apontavam diretamente para um imenso pinheiro enfeitado com caixas embrulhadas em papéis multicoloridos... Ao lado da árvore estava uma manjedoura com um boneco de uma criança, ao seu lado um casal... Um pouco mais distante, estavam alguns bonecos de homens trajados rudemente... Do outro lado do pinheiro havia uma casa toda coberta de pequenas lâmpadas, ao seu lado um trenó puxado por renas, e dentro da casa um homem vestido de vermelho, com longas barbas brancas... um gorro vermelho na cabeça... um saco vermelho nas costas. O quadro, ainda que confuso, trouxe-me à consciência o fato de que estamos às vésperas do Natal...

Sinceramente percebemos que cada ano que se passa as representações se tornam mais confusas, a ponto de o significado do Natal estar cada vez mais sendo esquecido em detrimento dos novos personagens que compõem esta nova história’: Papai Noel, Mamãe Noel, luzes, enfeites, presentes, comércio, banquetes... Então demos conta que no nascimento de Jesus, o Cristo, as circunstâncias também não eram diferentes... O fato que mudou a história da humanidade aconteceu na periferia de uma pequena vila, e os personagens mais próximos eram pastores de ovelhas, e alguns misteriosos reis do oriente... Nada de opulência! Nada de luzes! Nada de enfeites! Havia presentes, sim! O mais importante dos presentes! Aliás, o único que O Aniversariante continua esperando dos seres humanos: o LOUVOR!

O nascimento de Jesus Cristo é anunciado aos pastores em meio à música entoada por um coro angelical (Lucas 2.10-14). Particularmente, cremos que os anjos cantam para ensinar aos pastores que Jesus, o Cristo, é o Deus que merece toda Honra e todo Louvor. Os pastores aprenderam bem a lição... Não somente os pastores louvam a Jesus, como também os três reis-magos do oriente, que o fazem presenteando-O com ouro, incenso e mirra (Mateus 2.11), respectivamente símbolos da Realeza de Jesus (Apocalipse 17.14), do Sacerdócio de Jesus (Lucas 1.9; Hebreus 10.10-13), e da Sua morte propiciatória (João 19.39).

Então descobrimos o verdadeiro sentido do natal: Jesus nasceu! Seu nascimento é motivo de louvor, porque Ele é o Sacerdote que representa e intercede por todos os seres humanos da face da terra, em todas as eras, em todos os lugares, em todo o tempo, oferecendo-lhes gratuitamente o perdão dos pecados e a vida eterna. Jesus merece todo louvor, porque é Rei. Não um rei cujo trono se estende no mundo pelo poder da espada e da opressão! Não! Jesus é o Rei, cujo Reino está dentro dos corações dos que confessam Sua majestade e dão crédito às Suas palavras de Vida, Poder, Graça e Amor (Mateus 17.21). Contudo, Jesus também recebeu de presente a mirra... perfume utilizado nos rituais pós-morte... No nascimento de Jesus, prenuncia-se a Sua morte! O Sacerdote é ao mesmo tempo o próprio sacrifico; e no Seu sacrifício, o Rei estende Seu Reino Eterno sobre todas as culturas, línguas e nações...(Apocalipse 5.9).

É tempo de Louvor ao Único que merece toda a honra, toda a glória e toda a adoração!

Em Cristo!

O Que É Um "Feliz Natal"?

"O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos  trago novas de grande alegria que o será para todo o povo:  É  que vos nasceu hoje, na  cidade  de  Davi,  o  Salvador,  que  é Cristo, o Senhor" (Lucas 2:10, 11).


Um entrevistador de televisão estava caminhando nas ruas  de Tóquio na semana do Natal. Como em quase todo  o  mundo,  as compras de Natal são um grande sucesso comercial no Japão. O entrevistador  parou  uma  jovem  senhora  na   calçada    e perguntou: "O que quer dizer o Natal?" Rindo, ela respondeu: "eu não sei. Seria o  dia  em  que  Jesus  morreu?"  existia alguma verdade em sua resposta.

Nos dias atuais, mesmo nos países cristãos, o  Natal  parece uma festa de muitos presentes. O único que não está presente é o Senhor Jesus, razão da comemoração do  Natal.  As  casas estão enfeitadas de bolas coloridas, as mesas estão repletas de pratos saborosos, por toda parte são encontradas garrafas de bebidas, todos  se  abraçam,  cantam  e  dançam,  tudo  é alegria. Mas  onde  está  o  dono  da  festa?  Onde  está  o Salvador? Onde está o Senhor que nasceu para nos dar vida  e vida com abundância?

Parece que Cristo continua relegado à manjedoura  de  Belém, longe de nossos olhos, de nossa casa, de nossas  vidas.  Mas não deveria ser assim. Ele é a  única  coisa  importante  do Natal, o motivo real de nossa alegria.

O Natal deve ser  comemorado  com  Jesus  na  manjedoura  de nossos corações, nas cores de nossa felicidade,  na  fartura de nossa adoração e obediência. A festa é Jesus, a alegria é Jesus, os louvores são para Jesus, os abraços são dados  por causa de Jesus.

O  que  significa  ter  um  "Feliz  Natal"?  Ganhar   muitos presentes? Comprar roupas novas? Reformar a casa? Tudo  isso é apenas consequência de um "Feliz Natal".

Um "Feliz Natal" existe quando Jesus é o Senhor  e  Salvador de nossas vidas, o iluminador de nossos  lares,  o  guia  de todas as nossas decisões. Isso é ter um "Feliz Natal"!

O meu desejo, a todos os amigos e irmãos do Para Refletir, é que no dia 25 de dezembro e em todos os  outros  dias  (todo dia é Natal para nós), possamos olhar para  nossas  vidas  e para as nossas casas e comprovar o brilho e o colorido de um "Feliz Natal"!

Feliz Natal para todos!

Cartaz com José e a Virgem na cama gera protestos na Nova Zelândia


Cartaz (imagem: Igreja St. Matthew-in-the-City)
Igreja queria questionar significado do Natal, mas cartaz foi considerado ofensivo

Um outdoor colocado do lado de fora de uma igreja anglicana da Nova Zelândia, mostrando a imagem da Virgem Maria na cama com José, está provocando protestos de cristãos no país.
O outdoor traz a legenda Poor Joseph. God was a hard act to follow ("Pobre José. Foi difícil vir depois de Deus", em tradução livre), sugerindo que a cena ocorreu após a Concepção do Menino Jesus.
Segundo o vigário da igreja St. Matthew-in-the-City, Glynn Cardy, a ideia do cartaz era questionar estereótipos e promover o debate entre os fieis sobre o nascimento de Jesus Cristo.
Mas a Igreja Católica condenou o outdoor, chamando-o de "inapropriado" e "desrespeitoso".
Apenas horas depois de ser exibido em público, o cartaz foi vandalizado com tinta marrom.
Sátira
O vigário Glynn Cardy disse que o objetivo do cartaz era satirizar a interpretação literal da concepção de Cristo.
"Estamos tentando fazer com que as pessoas pensem mais sobre o sentido do Natal", disse ele à agência de notícias New Zealand Press Association (NZPA).
Cartaz vandalizado

(O Natal) tem a ver com um Deus espiritual masculino enviando seu sêmen para que uma criança nasça ou com o poder do amor em nosso meio?", questionou.
Cardy disse à NZPA que a igreja recebeu e-mails e telefonemas sobre o polêmico outdoor.
"Cerca de 50% disseram ter adorado, e cerca de 50% disseram que era terrivelmente ofensivo", disse ele, "mas foram cerca de 20 comentários sobre o cartaz. Isso é a Nova Zelândia."
‘Ofensivo’
A porta-voz da Diocese Católica de Auckland, Lyndsay Freer, disse que o poster era ofensivo para os cristãos.
"Nossa tradição cristã de 2 mil anos diz que Maria permanece virgem e Jesus é filho de Deus, não de José", disse ela ao jornal New Zealand Herald. "Um cartaz como esse é inapropriado e desrespeitoso."
O grupo de defesa dos valores familiares Family First disse que qualquer debate sobre o nascimento de Jesus de uma Virgem deve ser realizado dentro da igreja.
"Confrontar crianças e famílias com o conceito, com um outdoor na rua, é completamente irresponsável e desnecessário", disse o diretor do grupo Bob McCroskrie ao site de notícias stuff.co.nz.

Fonte: BBC

1979: Vaticano pune teólogo Hans Küng



No dia 18 de dezembro de 1979, a Congregação da Fé do Vaticano cassou a licença de lecionar do suíço Hans Küng, residente no sul da Alemanha. O teólogo arrebatou o ódio do Vaticano ao questionar a infalibilidade do Papa.
O então cardeal de Colônia, Joseph Höffner, havia convocado uma entrevista coletiva para a tarde de 18 de dezembro de 1979, sem anunciar o assunto. Pouco antes do encontro com os jornalistas, um emissário da embaixada do Vaticano entregou em Tübingen uma carta da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (ex-Santo Ofício). "O professor Hans Küng – declarou o cardeal Höffner – diverge da integridade da fé católica em seus escritos. Por isso, ele não pode ser considerado teólogo católico nem continuar lecionando como tal".
Era o desfecho de uma briga de dez anos entre Küng e o Vaticano. O teólogo suíço, radicado na Alemanha, foi proibido de lecionar teologia em nome da igreja. "Acredito que o importante para um teólogo é expressar as preocupações e esperanças atuais do povo à luz do Evangelho. Assim ele também será levado a sério em Roma", disse Hans Küng, numa entrevista à Deutsche Welle em meados dos anos 70, quando o conflito parecia ter se acalmado.
Nascido em 1928, em Sursee, no cantão de Lucerna, ele começou a questionar a doutrina da igreja depois de estudar em Roma. Ele duvidava que as antiquadas fórmulas de pregação católica ainda fossem assimiláveis pelo homem moderno.
Küng argumentava que os ensinamentos da igreja deveriam ser formulados de maneira irrefutável, mas numa linguagem adequada a cada época. Ele criticou o dogma da infalibilidade do Papa, aprovado sob circunstâncias peculiares, no Concílio Vaticano 1º, em 1871.
Leonardo Boff, outra vítima
Já em 1957, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, sucessora da Inquisição, havia elaborado um Dossiê Küng, para analisar posições duvidosas de sua teologia. Apesar disso, o Papa João 23 convocou o teólogo (professor da Universidade de Tübingen a partir de 1960) para ser consultor oficial durante o Concílio Vaticano 2º, que pretendia modernizar a igreja. Logo após a conclusão do Concílio pelo Papa Paulo 6º, a Sagrada Congregação retomou o dossiê, abriu secretamente um processo para cassar a cátedra de Küng e tentou impedir a publicação de seus livros.
Küng queria, ao menos, que o processo fosse justo. Reivindicava o direito de ver os documentos e à assistência jurídica. "Um processo que não respeite esses direitos básicos é contra o Evangelho", disse. O teólogo, porém, não teve possibilidade de se defender em Roma e, pouco antes do Natal de 1979, o Vaticano lhe cassou, unilateralmente, a licença de lecionar.
Cinco anos depois, no dia 3 de setembro de 1984, o teólogo brasileiro Leonardo Boff, um dos teóricos da Teologia da Libertação, receberia punição semelhante, por criticar a estrutura da igreja no livro Igreja, Carisma e Poder.
Pela lei alemã, Küng não podia ser demitido como professor e foi transferido para a cadeira de Teologia Ecumênica na Universidade de Tübingen. Longe de ficar reduzido ao silêncio, prosseguiu sua tarefa esclarecedora, empreendendo dois grandes projetos: tratar da situação religiosa e de uma ética global.
Globalização requer ética mundial
Küng realizou estudos sobre as tradições cristã, judaica, islâmica, hinduísta e budista e publicou obras sobre a questão da ética mundial ("Weltethos"). "A globalização requer uma ética mundial que supere as linhas de conflito entre nações, povos e religiões. Se a globalização for apenas um instrumento para a maximização dos lucros, preparem-se para uma séria crise social", advertiu no Fórum Econômico Mundial de 1997, em Davos, na Suíça.
No livro Uma ética global para a política e economia mundiais (Editora Vozes, Petrópolis, 1998), Küng afirma que "uma nova ética mundial passa pela paz religiosa, sem a qual não haverá paz mundial, e esta exigirá interpretações mais humanas de leis sacras ultrapassadas e anti-humanistas, fundadas na intolerância e na mentira".
Outro livro de sua autoria foi Os grandes pensadores do cristianismo – Paulo de Tarso, Orígenes, Agostinho, Tomás de Aquino, Martinho Lutero, Friedrich Schleiermacher, Karl Barth, lançado em português pela Editorial Presença, de Lisboa, em 1999.

Redator(a):Hajo Goertz (gh)
© Deutsche Welle

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Você irá Sofrer - John Piper

Procure o que foi perdido dentro da sua casa


A parábola da dracma perdida faz parte do conjunto de parábolas que Jesus contou em Lucas 15 para ilustrar o amor de Deus pelos pecadores. Nas três parábolas, Deus busca o que estava perdido, encontra o que estava perdido e celebra com efusiva alegria a recuperação do que estava perdido.
Voltaremos nossa atenção para a parábola da dracma perdida. Algumas lições merecem destaque:
1. A mulher perdeu algo de valor dentro de casa - Ela perdeu uma moeda de sua coleção. Das dez dracmas, a mulher perdeu uma e a perdeu dentro de casa. Mais importante do que valores são os relacionamentos. Mais precioso do que bens são as pessoas. Muitas vezes, por descuido, nós também, perdemos verdadeiros tesouros dentro de casa. Perdemos a comunicação, perdemos a alegria da comunhão, perdemos o acendrado amor com que devemos amar uns aos outros.
2. A mulher não se conformou com a perda - A mulher poderia ter se conformado com a perda da moeda. Afinal, ela ainda tinha nove delas guardadas em segurança. Mas, essa mulher não aceitou passivamente a perda. Ela não se conformou com a derrota. Ela não desistiu de recuperar a moeda perdida. Muitas vezes, nós somos descuidados em guardar os tesouros que temos e quando os perdemos somos vagarosos e até desanimados para procurar o que se perdeu. Conformamo-nos facilmente com a derrota como o sacerdote Eli. Preferimos desistir do casamento, dos relacionamentos, do que lutar para recuparar o que se perdeu.
3. A mulher acendeu a candeia para procurar o que havia perdido - As casas na Palestina não possuíam janelas. Eram ambientes escuros e ensombreados. Era impossível procurar algo perdido sem acender a candeia. Se queremos reencontrar o que perdemos dentro da nossa casa, precisamos de igual forma acender a candeia. A candeia é um símbolo da Palavra de Deus. Precisamos iluminar nossas mentes, nossos corações e nossos relacionamentos pela luz da Palavra se de fato queremos encontrar esses tesouros perdidos dentro da nossa casa.
4. A mulher varreu a casa para procurar o que se havia perdido - A mulher teve coragem de mexer e remover do lugar muita coisa. Ela teve iniciativa e esforço. Ela enfrentou o desconforto da desinstalação. Ela levantou muita poeira ao varrer cada canto da casa à procura do seu tesouro perdido. Se queremos a restituição desses tesouros perdidos dentro da nossa casa, precisamos de igual forma procurá-los diligentemente. Não podemos ser omissos nem acomodados. Não podemos ter medo de mexer em algumas coisas já sedimentadas. Não podemos ter medo de desconforto. Há muitos indivíduos que estoicamente desistem de procurar o que se perdeu em sua vida, em seu casamento, em sua família. Preferem encontrar justificativas para as perdas a investir tempo na busca do que se perdeu. Não devemos desistir jamais, pois o desconforto da busca não deve nos privar da alegria do encontro.
5. A mulher comemorou com grande alegria o encontro daquilo que estava perdido - A mulher perdeu a moeda no recesso do lar, sob as sombras do anonimato, mas ela celebrou o encontro da dracma publicamente sob os auspícios da luz. Nossas conquistas e bênçãos devem ser conhecidas e proclamadas. As outras pessoas devem conhecer nossas vitórias e participar das nossas alegrias. Há festa no céu quando um pecador se arrepende e quando o perdido é encontrado; também há alegria diante dos homens quando os tesouros que perdemos dentro da nossa casa são encontrados. É tempo de acendermos a candeia e pegarmos a vassoura. É tempo de procurarmos diligentemente aquilo que perdemos. É tempo de celebrarmos com os nossos irmãos as vitórias que vêm de Deus e a restituição das bênçãos de outrora!

Autor:  
Hernandes Dias Lopes
 
Fonte: Portal Vida Nova 

'Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto''


“Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto.”
Jesus


A sabedoria de Jesus nos fascina. Sua maneira simples de nos ensinar as coisas mais complexas concernentes da vida nos deixa encantados. Os elementos que utiliza para transmitir sua experiência, o jeito que elabora seu pensamento, os exemplos que ele dá são de deixar qualquer mestre pedagogo boquiaberto.

No versículo citado, por exemplo, ele utiliza um linguajar típico do homem do campo: grão e terra. Trata-se de um contexto muito peculiar tanto para os homens simples, como para os doutores de seu tempo. Jesus contextualiza, conhece tanto o povo quanto o ambiente no qual esse mesmo povo está inserido. O interessante é que ele nos fala do grão, mas não o dissocia do elemento que o acompanha, a terra. Ele sabe que deve conhecer não só o grão, mas também a terra.

Ficaria sem sentido falar do grão, sem mencionar a terra, pois o grão, para crescer, frutificar, deve ir para a terra. Terra fértil, terra que produz, terra que ajuda no crescimento, terra a partir da qual fomos criados.

Penso que às vezes nos desenfreamos a falar sobre grão e nos esquecemos da terra. Explico: falamos do homem e nos esquecemos de falar de seu meio, de sua cultura. De certa forma, ficamos desapercebidos, achando que a cultura/terra não tem importância para o crescimento desse homem/grão.
Neste artigo, gostaria de falar um pouco da nossa cultura, da nossa terra; dizer alguma coisa do lugar e da gente, a partir dos quais se pensa e se elabora teologia. Para tanto, recorrerei ao pensamento de um brasileiro que muito se preocupou em compreender nossa cultura, Sérgio Buarque de Holanda. Ele tinha como objetivo, juntamente com outros intelectuais de sua época, repensar o Brasil. Tentar entender de que maneira se deu a formação do nosso povo. Nessa análise, entendia que o país precisava ser “redescoberto” e reconstruído por sua própria população. Propunha ainda que os brasileiros tinham de conhecer o Brasil: sua cultura, tradição, a fim de superá-los dialeticamente e impedir que estes agissem sobre o inconsciente do próprio povo. Para ele, o Brasil é mais português do que gostaríamos que fosse.
Traçando um paralelo sobre o pensamento de Sérgio Buarque, sobre a cultura brasileira e sobre o povo evangélico, percebemos como estamos encharcados de alguns vícios da nossa própria cultura, que chamamos de evangelho. Às vezes nem sequer nos damos conta que o evangelho os repele. Necessitamos exercitar discernimento sobre os vícios e virtudes de nossa cultura, mas antes disso precisamos conhecê-la. Tentaremos abaixo descrever alguns traços dessa cultura apontados por Sérgio Buarque em sua obra Raízes do Brasil.
Na construção de nossa identidade como brasileiros, um dos primeiros traços e, por conseguinte, um grande obstáculo, segundo Sérgio Buarque, é que nossa representação do que somos não se refere à realidade do que somos. Em outras palavras, a cultura europeia foi imposta num ambiente completamente estranho à sua tradição. Ocorreu no Brasil um “transplante cultural”, como conceituam os antropólogos. Nossas tradições, ideias, ideais, etc. vieram de outro lugar, não dos trópicos. Desenvolvemos uma visão de mundo completamente diferente da nossa. Vivenciamos a história vinda de fora e não a história construída e vivenciada dentro de nosso próprio país. Daí, argumenta Sérgio Buarque: “Como pensar num futuro, se não estamos sintonizados na mesma frequência de nosso tempo histórico específico? Como planejar, agir, e construir desconectados da história de nossa gente e de nossa terra?”, acrescento, “Como elaborar uma teologia para o povo, dissociados deste próprio povo? Como responder a esse povo, coisas que ele não está perguntando? Falar dos grandes tratados teológicos, das grandes questões europeias, num país de gente semialfabetizada no sentido teológico?”.
Essas perguntas nos parecem muito pertinentes. Deveríamos indagar e conhecer não só nossa cultura, mas também nossa cultura evangélica. Deveríamos nos questionar sobre qual verdadeiramente seria o centro orientador em que nos baseamos na construção de nossos cultos, de nossas liturgias, de nossa música “gospel”. Não estou aqui, apregoando a queima de nossa história, de nossos pioneiros, de gente tão querida e tão preciosa que deixou seu país de origem em obediência ao seu Senhor, para nos falar dessa mensagem. Apenas estou sugerindo que esses homens chegaram com sua cultura, sua tradição, sua visão de mundo, seu jeito de ser. Talvez muito do que entendiam como santo não passava de simples tradição de seu país, de uma maneira peculiar de perceber e sentir o mundo através de suas próprias lentes culturais.
Triste pensarmos em nossa liturgia muitas vezes empobrecida pela tradição europeia. Desesperador olhar e perceber que, apesar de todo o esforço para a independência da metrópole Europeia, da libertação de condição de colônia, apenas mudamos o eixo, dando continuidade à relação metrópole/colônia só que dessa vez mais para o Oeste. Percebo que muitos dos “grandes moveres” de Deus, no Brasil e em nossos dias, são em grande parte trazidos como grandes enlatados de fora e lançados sobre a cabeça de nosso povo com raras adaptações. Livros são lançados fora do Brasil, lidos por brasileiros e, sem discernimento algum, seguem cegamente a lógica Metrópole/Colônia. Se é bom para a Metrópole, se faz sucesso lá, deve ser lançado aqui. Se é bom lá, deve ser bom aqui.
A teologia da Metrópole cai como uma luva na teologia da colônia. Ficamos fascinados com o que ocorre por lá, e nos questionamos por que não aqui. Nenhum problema a priori, de ser de lá ou ser de cá, mas por que não fazer uma teologia elaborada a partir de nosso povo e de nossa gente? Por que não conhecermos nossa terra, nossa gente, nosso povo? Não darmos respostas bíblicas a partir das necessidades de nossa terra?

Talvez você esteja se perguntando...“O que tudo isso tem a ver, se de lá ou de cá? Tudo é de Deus! O que importa é que dá certo!”. É verdade. No entanto, quando começamos a receber as notícias dos estragos feitos na metrópole em nome de Deus, devemos exercer, como cristãos, discernimento para não cairmos no erro ingênuo de apenas e tão somente reproduzirmos modelos prontos, alardeando que lá esta ou aquela teologia é a última moda e, por isso, é a certa.
Com o único propósito de ilustrar o que quero dizer, relatarei um fato ocorrido recentemente comigo. Recebi um convite para pregar numa igreja de periferia, muito simples. Uma igreja muito amorosa, com um povo muito humilde. Fiquei extremamente grato a Deus por essa igreja, mas não pude deixar de notar a maneira como dirigiam suas músicas. As músicas chorosas, melancólicas pareciam trazer ao fundo o som da gaita. Sílabas estendidas e flexionadas, dança ritmada ao som do “black spiritual”, num clima plangente, fizeram-me sentir dentro da cor púrpura. No meio do povo, gente de terno listrado, ouro nos pulsos e gargantas, sapatos lustrosos de duas cores, camisas brancas com colarinhos enormes, mangas maiores que as mangas dos paletós, chapéu, outros com lenços brancos, sutilmente colocados para fora do paletó. Uma jovem senhora de chapéu e vestido longo, aparentando ser do sul do Mississipi, juntamente com os irmãos choravam e gritavam: “raleluia”, “Oh, Dgisus”. Perguntei ao pastor que estava ao meu lado: — “São norte-americanos que estão visitando a Igreja?”. De pronto o pastor respondeu: — “Não, são irmãos aqui do bairro mesmo. É que eles gostam de se vestir assim”.
Não sou nenhum conhecedor profundo da música dos negros americanos, mas sua música tem história, tem raízes profundas em suas vidas. O lamento é de dor e saudades da terra materna. História de sofrimento, peculiares aos negros da América do Norte. Sua gaita, seu banjo, seu instrumento e canto relembram, no meio de suas famílias, sua história, assim como os filhos de Israel relembravam as suas, com suas harpas e danças. Essas histórias nos ajudam, nos edificam. Louvamos a Deus pela vivência desses povos. Mas por que resistimos em contar a nossa história? O negro no Brasil foi parte importante dela. Vejamos.
Os negros africanos trazidos ao Brasil também têm história para contar. Não a partir do subúrbio nova-iorquino, mas dos fundos da casa-grande. Contada e cantada nas senzalas. Dançadas nos jogos de capoeira. Não com chapéus, ternos e sapatos, mas com meias-calças e camisetas desfiadas. Os atabaques animavam o folguedo no interior da senzala, fazendo com que a casa-grande forçosamente escutasse que aquele povo, apesar de escravo, jamais entregaria sua alma a quem quer que fosse e, por mais que o banzo tentasse, jamais seria vencedor.
Não nos sentimos constrangidos, muito menos escandalizados, ao entrarmos em uma igreja evangélica no Brasil e ouvirmos um ritmo choroso de blues, em tom menor, melancólico, com um andamento bastante lento, composto no sul dos Estados Unidos, mas, com certeza nos sentiríamos pouco à vontade em ouvir o som dos atabaques, bongôs, etc. Digo isso porque esse constrangimento reflete, de uma maneira ou de outra, em muito, a condição social de muitos negros que dificilmente, em nosso país, chegam ao poder político, ou ao poder econômico e — o que mais nos desespera — ao poder eclesiástico. Conhecer um pouco melhor nossa cultura ajudará a igreja evangélica a não sucumbir à tentação de ser voz daqueles que não a têm. Antes ela dará voz aos desprovidos, ensinará a falar aqueles que não tiveram oportunidade de aprender a falar, retirando de nossa cultura todo traço infernal, que oprime e desumaniza a criação.
Essa é a nossa história. A história de nossa periferia que será contada. Não a dos tele-evangelistas, não a dos heróis, mas a dos santos, que margeiam a história contada pelos homens, porém triunfam na contada por Deus. Precisamos relembrar urgentemente nossa história, lamentavelmente, para alguns, conhecê-la. Caso contrário, seremos estranhos à nossa própria gente e à nossa própria história; nossas raízes serão tão desconhecidas que, ao olharmos no espelho, não seremos capazes de nos reconhecer, e a pergunta de Sérgio Buarque continuará ecoando nas próximas gerações: “Como pensar num futuro, se não estamos sintonizados na mesma frequência de nosso tempo histórico específico? Se não conhecemos nossa própria cultura?”.


Ricardo Bitum

Fonte: Editora Vida nova

A Operação do Erro

Pr. Ron Riffe
www.espada.eti.br


"O que é a verdade?" - Pôncio Pilatos (João 18:38)

2 Tessalonicenses 2:11 diz que Deus enviará a "operação do erro" ao mundo quando o Anticristo ascender ao poder. A igreja de Jesus Cristo já terá partido no Arrebatamento, terminando assim com a influência de "sal e luz" da operação do Espírito Santo na humanidade por meio dos cristãos fiéis. Então, como que para adicionar insulto à injúria, uma alucinação sobrenatural virá sobre o mundo de modo a garantir que Satanás encarnado seja 100% bem-sucedido em sua conquista! Todos os homens em toda a parte darão as boas-vindas ao Anticristo com os braços abertos e nem uma única voz se levantará em protesto. Naquele ponto. o diabo alcançará seu objetivo de governar o mundo e de receber a adoração dos homens em lugar de Jeová Deus.

Por que você acha que Deus vai permitir ao diabo tamanha latitude? A Bíblia não nos dá uma razão específica, mas estou convencido de que ela se encontra na mesma categoria que o antigo ditado: "Cuidado com aquilo que você pede em oração, pois poderá terminar recebendo!" Sendo o deus deste século (2 Coríntios 4:4), Satanás tem usado todas as estratégias possíveis para colocar Deus de lado e usurpar Seu papel como Deus Soberano. Durante o período de sete anos da Tribulação, ele receberá corda suficiente para se enforcar. Com essa liberdade irrestrita, ele lançará seu ódio contra tudo o que Deus criou, e a monstruosa mentira ensinada pelas sociedades secretas e pelas religiões de mistério que Lúcifer é o "deus bom" será finalmente exposta - mas então será tarde demais para todos aqueles que foram enganados.

Durante algum tempo após o arrebatamento não haverá crentes na Terra e o "mistério da injustiça" (2 Tessalonicenses 2:7 - que eu pessoalmente acredito será o gnosticismo - florescerá rapidamente de forma plena. Mas a Bíblia - a Palavra de Deus - ainda estará disponível, porque o diabo e seus demônios não podem destruí-la (1 Pedro 1:23)! Não há dúvida que uma das primeiras ordens do Anticristo será proibir as pessoas que possuírem uma Bíblia e toda cópia que puder ser encontrada será queimada. Mas antes que o reinado de terror do Anticristo seja trazido ao fim na Batalha do Armagedom, milhões de pessoas chegarão ao conhecimento da salvação em Jesus Cristo por meio dos esforços dos 144.000 missionários judeus! O capítulo 7 do Apocalipse nos diz que 12.000 indivíduos de cada uma das 12 tribos serão "selados" por Deus para Seu serviço e que uma "grande multidão" (verso 9) será salva durante a Grande Tribulação (verso 14). A opinião majoritária entre os professores conservadores da Bíblia é que a grande multidão será o fruto espiritual desses judeus convertidos e nascidos de novo. Embora o Israel no Velho Testamento tenha falhado em sua responsabilidade de testemunhar para as nações, essa falha será retificada durante o Período da Tribulação.

O contexto de 2 Tessalonicenses 2:11 relativo a Deus enviar a "operação do erro" é geralmente interpretado como essa operação do erro vindo sobre a humanidade após o arrebatamento da igreja, mas não estou tão certo que ela não tenha seu início algum tempo antes desse evento. Na verdade, acho que se pode muito bem argumentar que a presença dessa operação do erro já esteja presente aqui e agora! Em meus quase 68 anos de vida, nunca houve um tempo anterior em que tantas pessoas estavam tão confusas sobre o que a Bíblia ensina. Homens com diplomas em Teologia estão agora promovendo planos e programas tão distantes das doutrinas bíblicas definidas de forma tão clara que só podemos pensar na "operação do erro".

Um caso em vista envolve "teonomia" - uma palavra de origem grega derivada de Theos e Nomos - significando "Deus" e "lei". Também chamada de Teologia do Domínio, ou Reconstrucionismo, é uma tentativa de colocar a América de volta às suas raízes puritanas e no ideal bíblico de sociedade. Embora eu concorde plenamente com o sentimento de viver de acordo com a Palavra de Deus, a tentativa por parte dos homens de forçar esse ideal sobre a sociedade é contrária às Escrituras! Isso não funcionou nos dias de João Calvino e de Oliver Cromwell e não funcionará até que o Príncipe da Paz imponha esse ideal sobre toda a humanidade durante Seu Reinado Milenar.

Um erro evidente nesse raciocínio é a crença que estamos agora vivendo no Reino e, como resultado, devemos estar reinando com Cristo sobre a terra - como diz Apocalipse 5:9-10:

"E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra."

Mas estamos agora vivendo no reinado de Jesus Cristo? E é verdade (como eles afirmam enfaticamente) que o Senhor não retornará - na verdade ele não pode voltar - até que Sua igreja tenha reivindicado este mundo do diabo? Devem os crentes usar qualquer e todos os métodos à sua disposição para estabelecer o domínio sobre os incrédulos, como os meios políticos, reformas sociais, ou até mesmo a violência, se for necessário?

Meus amigos, se você pensa que esse movimento é um elemento minoritário e marginal dentro da cristandade - pense novamente! Quando a Direita Religiosa iniciou seu esforço atual para influenciar a definição de políticas dos Estados Unidos durante a administração Reagan, eles estavam seguindo essa filosofia, percebessem ou não. É principalmente por essa razão que os 'progressistas' da Esquerda continuam a rosnar sobre a separação entre a igreja e o Estado. Eles sabem da história da igreja que inevitavelmente ocorre quando os cristãos com boas intenções vão longe demais. Portanto, fique informado que os zelotes nas altas esferas que corretamente condenam os excessos dos talibãs muçulmanos estão fazendo tudo o que podem para estabelecer uma versão cristã que tem o objetivo de subjugar todo o mundo!

Mas mesmo que esses esforços ganhem apoio popular dentro da cristandade, tentar forçar individuos espiritualmente mortos a se conformarem com os princípios bíblicos inevitavelmente falhará. Para provar essa asserção, somente temos de apontar para o fato que o próprio Rei dos reis entrará no Reinado Milienar com uma população totalmente regenerada. Então, à medida que as pessoas tiverem filhos e o número de incrédulos gradualmente aumentar ao longo dos séculos, o pecado da rebelião estará em seus corações. O Senhor Jesus Cristo governará com "vara de ferro" (Apocalipse 2:27; 12:5; 19:15) e todos serão forçados a aderir às Suas leis. Mas após 1.000 anos de obediência forçada, hordas dessas pessoas, cujo número será como "o da areia do mar" (Apocalipse 20:7-8) correrá para o lado de Satanás quando ele for solto de sua prisão no poço do abismo (Apocalipse 20:3) em uma tentativa de derrubar Deus. Portanto, mesmo depois de viver sob um governo perfeito e em um ambiente perfeito, o coração humano pecador não terá sido conquistado por essa pressão.

A Teologia do Domínio é apenas a manifestação mais recente da antiga teoria do "Destino Manifesto dos EUA" do século 19. Eis o que a enciclopédia on-line Wikipedia diz sobre o assunto:

"O historiador Beshoy Shaker observou que três temas fundamentais foram normalmente tocados pelos defensores do Destino Manifesto:


1. A virtude do povo americano e de suas instituições
2. A missão de alastrar essas instituições, desse modo redimindo e recriando o mundo à imagem dos EUA e
3. O destino sob a direção de Deus para realizar essa obra.


A origem do primeiro tema, mais tarde conhecido como Excepcionalismo Americano, foi freqüentemente rastreado à herança puritana, particularmente ao famoso sermão 'A Cidade Sobre a Colina', de 1630, em que ele propôs o estabelecimento de uma comunidade virtuosa que seria um exemplo reluzente para o Velho Mundo. Em seu influente panfleto de 1776, 'Senso Comum', Thomas Paine, um dos Pais Fundadores, ecoou essa noção, argumentando que a Revolução Americana oferecia uma oportunidade para a criação de uma nova e melhor sociedade.

"Temos em nossas mãos o poder de iniciar o mundo novamente. Uma situação similar a esta não acontece desde os dias de Noé. O nascimento de um novo mundo está diante de nós..." [fim da citação da Wikipedia]

Entretanto, esse novo mundo - a Nova Ordem Mundial - está definitivamente no horizonte e muitos elementos diversos estão juntando forças para "trazer o reino". Esteja ciente, porém, que esse não será o Reinado de Jesus Cristo.

"Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados." [2 Timóteo 3:13]

O mundo está se tornando mais apodrecido a cada minuto e a noção que toda a humanidade pode ser manipulada a aderir à igreja é claramente ridícula. Acautele-se desse ensino! Deus está atualmente tirando Seus eleitos do navio condenado do governo humano e nenhuma quantidade de intervenção econômica ou política conseguirá manter esse navio flutuando. Então, quando ele finamente emborcar e ficar com o casco para cima, no fim do Período da Tribulação, o diabo estará na cabine de comando.

Somente após as estratégias dos homens pecadores tiverem corrido seu curso total é que Jesus Cristo voltará para reinar e governar. A primeira coisa que ele fará ao retornar é destruir os exércitos do Anticristo com a aguda espada que sai da Sua boca. (Apocalipse 19:15) Somente esse fato indica que Ele não retornará para um mundo que foi trazido à submissão pela igreja.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Comissão analisa projeto que criminaliza homofobia

08 de dezembro de 2009

Proposta polêmica está na pauta de amanhã da Comissão de Direitos Humanos, mas há dois pedidos para a realização de novos debates, o que adiaria a decisão
Os dois primeiros itens da pauta da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) são requerimentos para uma nova audiência pública sobre o projeto de lei que criminaliza a homofobia e a discriminação de mulheres, idosos e deficientes. Se os requerimentos forem aprovados, a votação do projeto – que também está na pauta do colegiado – terá de ser adiada. A comissão se reúne amanhã.

A proposta de criminalização da homofobia e da discriminação por orientação sexual, sexo e gênero causa polêmica no Senado. Por um lado, parlamentares como Fátima Cleide (PT-RO), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) e Patrícia Saboya (PDT-CE) defendem sua aprovação. Por outro, senadores como Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) são contra a matéria – eles são os autores dos requerimentos de audiência.

Fátima Cleide é a relatora do texto, que teve origem na Câmara dos Deputados – a autora é a ex-deputada federal Iara Bernardi. Ao defender o projeto no mês passado, a senadora afirmou que a intolerância com homossexuais resultou em 122 assassinatos em 2008.

– Se essas vidas não importam, então podemos dizer que não existe homofobia no país – declarou.

Já Marcelo Crivella argumenta que o projeto é inconstitucional porque impediria o direito à livre expressão.

– Essa proposta fere todo sacerdote, todo padre, todo pastor e todo pai que queira ensinar ao filho que homossexualismo é pecado – disse.

Idosos e deficientes

Aprovado no final de 2006 pela Câmara, onde foi examinado sob a forma do PL 5.003/01, o projeto tramita desde então no Senado, como PLC 122/06. No mês passado, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou substitutivo de Fátima Cleide à proposta, que, assim, voltou à Comissão de Direitos Humanos.

No substitutivo, a senadora incluiu entre as atitudes discriminatórias que se tornariam crime as praticadas contra mulheres, idosos e deficientes. A relatora destaca que o substitutivo não cria novos tipos penais, apenas estende – alterando a Lei 7.716/89 – os tipos já existentes referentes à discriminação contra homossexuais, mulheres, idosos e pessoas com deficiência.

Além da CDH, a proposta ainda será votada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e pelo Plenário. Caso aprovado no Senado, o projeto volta à Câmara dos Deputados, uma vez que foi modificado pelos senadores.

Fonte: Agencia Senado

Criminalização da Homofobia - Resultado da enquete

Criminalização da homofobia

Você é a favor do PLC 122/06, que torna crime o preconceito contra homossexuais?

Período: 01/11/2009 a 30/11/2009
Número de votos: 465.326




Criminalização da homofobia


Fonte: Agencia senado

Ações do Ministério Público focam igrejas evangélicas em expansão

A recente decisão que condenou o casal Estevam e Sônia Hernandes por evasão de divisas, dada na terça-feira (1º/12) pela 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, põe novamente em destaque o nível de atenção dedicada pelo Ministério Público e pela Justiça aos movimentos religiosos de massa chamados neopentecostais evangélicos.

Em crescimento contínuo há mais de 40 anos e com previsão de abranger metade dos brasileiros até 2020, as igrejas não têm atraído apenas fiéis. Sob os holofotes, ao reunir milhões de adeptos nas ruas, eleger parlamentares e colocar no ar programas diários e até canais exclusivos de televisão, despertam também a atenção de quem duvida de que o seu sucesso venha mesmo do céu.

Os alvos preferidos têm sido as igrejas Renascer em Cristo e Universal do Reino de Deus. As principais denúncias, no entanto, enfrentam dificuldades na Justiça. O Ministério Público tenta encaixar a tese de que, como não precisam explicar a origem do que recebem, as igrejas mais engajadas em atividades extracultos podem estar lavando dinheiro. Assim, as empresas e fundações criadas para administrar canais de televisão, projetos assistenciais, bens imóveis e até contratar funcionários estariam esquentando dinheiro sujo.

O problema é justamente esse: até agora, nenhuma prova trazida a público levou a indícios de dinheiro ganho em crimes. As acusações menos voláteis se baseiam apenas no fato de entidades com imunidade tributária investirem em negócios empresariais — o que a lei não proíbe, desde que os tributos das empresas sejam pagos normalmente. Ou seja, a possibilidade de haver lavagem já é motivo para acusações. “Aí é elocubrar”, diz Luiz Flávio Borges D’Urso, advogado que defende os Hernandes e preside a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.

Até o acidente ocorrido em janeiro com o prédio da sede da Igreja Renascer, liderada pelo casal, virou assunto para o MP. Uma investigação apura se o desabamento do teto do templo, na Zona Central de São Paulo, que matou nove pessoas, foi culpa da direção, mesmo tendo a recente reforma do telhado sido aprovada pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo.

Nesta quinta-feira (3/12), a Justiça concedeu liminar ao MP que suspende a execução da reconstrução do prédio. O MP alega que o edifício vai trazer impacto no trânsito da região, no bairro do Cambuci, e que uma comissão especializada da Prefeitura é que deveria ter autorizado o alvará. Segundo a Assessoria de Imprensa da Igreja, o alvará foi expedido em agosto e passou duas vezes pela avaliação da Comissão de Edificações e Uso do Solo (Ceuso). A Igreja, no entanto, funciona neste local, na zona central da cidade, há mais de 20 anos.

Nem o jogador Kaká escapou. Membro mais ilustre — e responsável por um dos maiores dízimos — da igreja do apóstolo Estevam Hernandes, o craque de futebol recebeu na Itália, quando ainda jogava no Milan, uma intimação para prestar depoimentos sobre seu envolvimento na suposta lavagem. Não compareceu. A autoria da estranha intimação, no entanto, não foi assumida por ninguém.

A defesa dos Hernandes desconfiou do pedido e descobriu que o documento não havia sido homologado pela Justiça brasileira, como manda a lei, mas saiu direto do MP. Marcelo Mendroni, promotor paulista que tinha o nome assinado no pedido, negou o envio. Para complicar, o documento ainda exibia as armas da Justiça, como se tivesse saído da 1ª Vara Criminal de São Paulo. “Por parte do Juízo, em momento algum se determinou ou se expediu ofício à Justiça italiana para intimação da mencionada testemunha”, disse o juiz da 1ª Vara em despacho.

Para D’Urso, atribuir ao recebimento de dízimos a pecha de esquema de lavagem de dinheiro é criminalizar a atividade religiosa. “Todas as religiões sobrevivem das doações, que são destinadas à manutenção das entidades e a obras sociais comuns”, diz. A proibição de uma atividade lícita ou a criação de mecanismos que a restrinjam, para o advogado, é “uma hipocrisia”.

Condenação precipitada

Em relação à condenação dos Hernandes por evasão de divisas, o advogado afirma que o juiz Fausto De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo, se precipitou, o que pode garantir a absolvição no julgamento da apelação. Segundo D’Urso, a sentença do juiz se baseou em provas vindas da Procuradoria de Miami, nos Estados Unidos, onde o casal cumpriu pena por entrar com US$ 56 mil não declarados. “Mas os documentos vieram para instruir o processo que corre na 1ª Vara, e não poderiam ser emprestados à 6ª Vara, salvo com autorização expressa da Procuradoria de Miami”.

Segundo o advogado, a autorização é exigência prevista no Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal firmado entre os governos brasileiro e norteamericano, validado no Brasil pelo Decreto 3.810/01. Ele afirma que um ofício do Ministério da Justiça confirma a autorização verbal — e não expressa — da Procuradoria norteamericana, o que anularia as provas usadas na condenação. Como a fase de instrução acabou e o juiz não pode mais se manifestar no processo, só restaria a absolvição. “Juiz não pode emendar sentença, acabou sua jurisdição”, diz D'Urso.

Também foram religiosos os argumentos que levaram o juiz a aumentar a pena dos fundadores da Renascer na condenação. "A motivação não teria relevância se não fossem os réus quem são. Líderes religiosos, os acusados veneram as coisas sagradas e os mandamentos divinos", diz a sentença. Segundo ele, por defenderem esses princípios, "não poderiam incorrer à prática delitiva para o continuísmo de enriquecimento sem causa aparente colocado em marcha junto ao emaranhado de dogmas da fé cristã".

O agravante, segundo a sentença, se deve à função sacerdotal dos acusados. "Existem circunstâncias agravantes, em especial a de violação de dever inerente a ministério, ou seja, atividade religiosa, nos termos do artigo 61, inciso II, alínea ‘g’ (terceira figura), do Código Penal, de forma que aumento a pena aproximadamente em 1/6 (um sexto)”.

No entanto, a interpretação do dispositivo foi deformada, segundo D’Urso. Diz o texto do Código Penal: “São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime: ter o agente cometido o crime com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão.” Por isso, diz o advogado, “a lei não agrava em função da qualidade do ofício que a pessoa exerce, mas em violação cometida durante o exercício ofício”, o que, de acordo com ele, em nada se relaciona com uma viagem ao exterior.

Problema localizado

Isso não quer dizer que existe má vontade ou perseguição contra as igrejas, na opinião do criminalista Arthur Lavigne, que defende outro alvo religioso do MP, o bispo Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus. “Os excessos são condenáveis, o MP extrapola, mas isso acontece em todos os segmentos”, afirma. “Os advogados também abusam, quando levam, por exemplo, uma testemunha para mentir em favor de seu cliente”.

Para Lavigne, embora tenham ambições e desejem a vitória como qualquer advogado, os promotores e procuradores públicos devem se conscientizar que, como representam o Estado, podem fazer um estrago muito maior. “O exercício da atividade leva à ânsia pela vitória, mas o MP deveria agir como um juiz, de forma a pacificar conflitos”, diz. “Mas são problemas isolados, e não da classe”.

Holofotes da mídia também são um chamariz sedutor tanto para o MP quanto para a Polícia e o Judiciário, que podem forçar distorções, segundo o advogado. “Por que todo crime precisa ter imediatamente um suspeito? Isso é um comportamento defeituoso, que pode levar a erros judiciais. Trabalha-se apenas para confirmar convicções. Quantos inocentes saíram dos corredores da morte nos Estados Unidos depois que passaram a ser colhidas provas de DNA?”

De acordo com ele, os juízes de primeiro grau, por estarem mais próximos das denúncias, se contaminam com a repercussão dos crimes e, por isso, tendem a condenar. “Basta ver a quantidade de prisões que são revogadas em recursos”, diz. Já como o Supremo Tribunal Federal, instâncias acima, trabalha com assuntos constitucionais, privilegia as garantias individuais.

Pressão universal

Antes da Renascer em Cristo, outra comunidade entrou na mira do Ministério Público. Edir Macedo, líder da Universal do Reino de Deus, também foi acusado de lavar dinheiro, com o qual teria comprado a Rede Record, em 1989. Novamente as acusações ainda não tiveram desfecho. A investida começou depois que imagens captadas pela Rede Globo foram exibidas com insistência pelos telejornais, mostrando os obreiros da igreja levando sacolas de ofertas dos fiéis em um culto celebrado no estádio do Maracanã. A presssão contra a Universal, dona da Rede Record de Televisão, a segunda maior rede televisiva, é potencializada pela concorrência no setor, comanda pela líder Rede Globo de Televisão.

Macedo chegou a ficar 15 dias preso em 1992 por estelionato e charlatanismo. “Prender sob o argumento de que ele está enganando as pessoas com a sua religião ou coisa parecida é um absurdo, porque as pessoas têm fé naquilo que querem ter fé. Eu estou convencido de que se não tomarmos cuidado, daqui a pouco a polícia entra na sua casa e prende qualquer um sem nenhum critério. É preciso discutir o critério pelo qual o juiz julga ser charlatanismo.” A crítica, feita em 1992, foi do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Em seguida, vieram também denúncias de sonegação de impostos, crime financeiro e formação de quadrilha na compra da Record, e de contrabando e uso de documento falso na entrada de equipamentos eletrônicos estrangeiros no país, que seriam usados pela rede de televisão.

Mais tarde, em 2005, a Record e a Rede Mulher — esta também de propriedade de Macedo —, foram punidas por exibir depoimentos de pessoas que afirmavam ter sido adeptas de religiões africanas, como o Candomblé e a Ubanda, mas que se converteram ao Evangelho e deixaram a prática. A Justiça entendeu que havia discriminação a religiões afrobrasileiras, e condenou os canais a exibir por sete dias um programa de resposta, que deveria ser gravado nos próprios estúdios da emissora, com duração de uma hora. A decisão foi suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça um mês depois.

Discriminação também foi a alegação do Ministério Público Federal para pedir a proibição de circulação do livro Orixás, Caboclos e Guias: Deuses ou Demônios?, escrito por Edir Macedo. Segundo a ação civil pública, o livro era preconceituoso em relação às religiões de origem africana. A distribuição foi proibida em 2005 pela Justiça em primeiro grau, mas a decisão foi revertida no ano seguinte em segunda instância.

Em agosto, nova denúncia. A direção da igreja era acusada de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas a decisão judicial que autorizou a abertura do processo penal novamente não detalhou qual era o dinheiro sujo a ser lavado.

Como as denúncias chegavam de forma extremamente rápida à imprensa — a concorrentes da Record, inclusive —, e ganhavam destaque com frequência, Edir Macedo passou a revidar. Ações contra jornais foram a maneira encontrada para levar as críticas à Justiça. A jornalista Elvira Lobato, da Folha de S.Paulo, foi um dos alvos escolhidos para centenas de ações individuais de fiéis por todo o Brasil, devido a reportagens consideradas ofensivas. As ações, no entanto, caíram uma a uma porque a Justiça considerou ter havido orquestração.

Denúncias sem origem

Um dos casos já chegou ao Supremo Tribunal Federal. Um Habeas Corpus pediu o trancamento da Ação Penal por lavagem de dinheiro contra o casal Hernandes e está em julgamento pelo Plenário da Corte. A discussão definirá o conceito de organização criminosa e a possibilidade de o Ministério Público usar, em suas denúncias, esse conceito como crime antecedente para justificar denúncia de lavagem de dinheiro.

No julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio lembrou que não existe crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia menção legal, conforme o inciso XXXIX do artigo 5º da Constituição Federal. Em seu voto, Marco Aurélio disse que é necessária a edição de lei para dizer o que é uma organização criminosa. Ratificar a uma convenção internacional sobre assunto — a Convenção de Palermo, ratificada pelo Brasil com o Decreto 5.015, de 2004 —, no seu entendimento, não foi o mesmo que criar o tipo penal. O ministro Dias Toffoli acompanhou o relator. O julgamento foi interrompido por pedido de vista da ministra Cármen Lúcia, no último dia 10 de novembro.

Integrantes do MP têm declarado que se o STF concluir que a formação de organização criminosa não compõe a ordem jurídica, por não haver lei específica que trate do assunto, as denúncias por lavagem de dinheiro podem cair. Criminalistas dizem que não é bem assim, já que a maior parte das denúncias traz outros tipos de acusação, como forma de emplacar alguma delas. No entanto, se elas forem trancadas, a falha deve ser atribuída exclusivamente aos propositores das denúncias.

Em denúncias de lavagem de dinheiro, o Ministério Público afirma que o conceito de organização criminosa existe e está devidamente explicado na Convenção de Palermo. A ligação entre lavagem de dinheiro e organização criminosa, segundo o MP, é feita porque, de acordo com a legislação brasileira — a Lei 9.613/98 —, a ocultação de bens ilícitos sempre é antecedida por outro crime, aquele que gerou os bens ilícitos.

Fonte: Consultor Jurídico – escrito por Alessandro Cristo, repórter da revista Consultor Jurídico

Dia da Bíblia atrai mais de 15 mil pessoas para o Centro de Maceió

Nesse domingo (13), durante todo o dia, a igreja evangélica Assembléia de Deus realizou uma celebração com atendimentos sociais e muita oração, na Praça dos Martírios, frente ao Palácio Floriano Peixoto - antiga sede do governo alagoano -, no Centro de Maceió, para festejar o Dia da Bíblia.

O dia foi marcado de muita alegria e emoção. Três palestras foram organizadas para discutir temas sobre como a bíblia chegou até as pessoas, sobre a constante atualização da bíblia, e apra explicar o porquê de tantas versões da bíblia. Dentre as ações sociais realizadas os cristãos puderam contar com serviços médicos, odontológicos e jurídicos.

Mais de 15 mil pessoas compareceram ao evento. A igreja evangélica Assembléia de Deus possui mais de 140.000 seguidores que estão espalhados por 700 templos religiosos só em Alagoas. A celebração contou com o apoio da Prefeitura Maceió e do Governo do Estado.

Fonte: Alagoas em Tempo Real

Padre que casou gays não faz parte de igreja

O casamento gay que parou a cidade de Saloá, no Agreste pernambucano, no mês passado, continua gerando polêmica.

O principal nome da Igreja Ortodoxa Bielo-Russa Eslava, dom Athanasio Luiz Antônio do Nascimento, garantiu que o bispo Luiz Gonzaga da Silva, que celebrou a união entre o ajudante de pedreiro José Ricardo Néris Rocha e a cabeleireira Paloma Lino Rocha, cujo nome na carteira de identidade é Rogério Lino da Silva, não faz parte da congregação há mais de 10 anos.

De acordo com o bispo, Luiz Gonzaga teria sido desligado da igreja “por causa de problemas com o álcool” e por não participar desde 1997 de eventos da congregação. “Ele já pertenceu a nossa igreja, mas desde 1998 o referido senhor encontra-se fora de nossa jurisdição eclesiástica, portanto, toda e qualquer documentação em poder do mesmo, por nossa igreja expedida, ficaram anuladas a partir de 10 de janeiro de 1998”, garantiu.

O esclarecimento foi encaminhado ao JC por meio de documento assinado por dom Athanasio, vice-patriarca da Igreja Ortodoxa Bielo-Russa Eslava.

Procurado pela reportagem, dom Athanasio disse que além de não participar dos eventos, dom Luiz Gonzaga passou mais de um ano sem dar notícias à sede da igreja no Brasil, que fica em São Paulo. “Achávamos que ele tinha desaparecido. Como era considerado uma pessoa relapsa e tinha problemas com álcool, decidimos afastá-lo em 1998”, disse por telefone.

O bispo Luiz Gonzaga se mostrou surpreso ao ser informado pela reportagem sobre a existência do documento que garante que ele está desligado da igreja. “Nunca recebi nenhum comunicado desse tipo. Enquanto isso, sou bispo da igreja e vou continuar exercendo o sacerdócio”, afirmou.

Fonte: JC online

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Em Defesa da Família Natural

Albert Mohle
JesusSite


Albert Mohler, Jr. é presidente do Seminário Teológico Batista do Sul em Louisville, Kentucky. Para conhecer mais artigos e outros materiais do Dr. Mohler, visite seu site: www.albertmohler.com

Fonte: The Al Mohler Crosswalk Commentary - In Defense of the Natural Family, April 7, 2005.

Traduzido e adaptado por Julio Severo: juliosevero@hotmail.com


Os últimos dois séculos testemunharam uma transformação imensa no modo como os seres humanos vivem, pensam, trabalham e organizam suas vidas. Ao mesmo tempo, a instituição da família vem sofrendo ataques contínuos, sendo desmembrada e enfraquecida pelas sutis mudanças e tendências culturais. Agora, mal entramos no século XXI e estamos diante da realidade de que a instituição da família está enfrentando um desafio ainda mais profundo: o desafio de manter uma definição coerente de realidades básicas como casamento, parentesco e família natural.

Os revisionistas sociais habitualmente descrevem a unidade da família, que consiste de pais e seus filhos biológicos ou adotados, como a família “nuclear”. Essa não é uma descrição errada, pois esse padrão básico de relacionamentos, começando com o casamento de um homem e uma mulher e estendendo-se a seus filhos, realmente forma o núcleo da família em sua extensão maior.

Apesar disso, os revolucionários sociais de hoje rotineiramente dispensam a família nuclear como um produto de épocas passadas.

Em anos mais recentes, alguns defensores da família se referem à unidade básica da família como a família “natural”. Esse termo identifica corretamente a organização formada por marido, esposa e seus filhos como a unidade familiar mais importante e identificável para proteção, educação e estabilidade social. Tal desenvolvimento é saudável, pois mesmo que o conceito de família nuclear tenha se tornado menos útil, o foco da família natural esclarece as questões de modo considerável.

Agora, Allan C. Carlson e Paul T. Mero, defensores da família, estão disponibilizando “A Família Natural: Um Manifesto”, um documento que oferece uma defesa abrangente da família, sustentada por uma análise honesta e criteriosa das ameaças hoje dirigidas contra a família como instituição.

O manifesto começa com uma narrativa da vida em família, apresentando um jovem e uma moça que são atraídos um pelo outro e celebram essa união no pacto de casamento. Conforme explicam Carlson e Mero: “A união conjugal construída na base da fidelidade, obrigações e respeito mútuos permite que homem e mulher desenvolvam seu pleno potencial; eles se tornam o que seu Criador planejou, um ser completo”.

Naturalmente, esse casamento cria uma nova família, identificada no manifesto como “a primeira e mais fundamental unidade da sociedade humana”. Essa unidade estabelece uma nova ordem econômica na medida em que marido e esposa “têm parte no trabalho de prover e extrair os interesses, forças e talentos um do outro”. Como Carlson e Mero esclarecem: “Eles edificam um lar que se torna um lugar especial na terra. Nos séculos passados, a pequena fazenda ou a oficina do artesão era a expressão comum dessa união entre o sexual e o econômico. Hoje, são mais comuns as casas geminadas, os apartamentos e os lares suburbanos. Contudo, a pequena economia doméstica permanece o centro vital da existência diária”.

Da união natural do casamento “flui nova vida humana”. Filhos não são vistos como imposições casuais sobre as chances de os pais alcançarem seu pleno potencial como indivíduos, mas em vez disso entende-se que eles são os primeiros e mais importantes presentes dados à união conjugal. Conforme explicam os autores: “Filhos são a principal finalidade, ou propósito, do casamento”.

Em linguagem pitoresca, Carlson e Mero descrevem as alegrias, tristezas e desafios que uma família jovem enfrentará. Os pais dirigem suas energias para proteger, educar e criar os filhos, acompanhando o desenvolvimento deles nas experiências de joelhos esfolados, primeiras obrigações domésticas e seus passos iniciais no mundo. A mãe e o pai “são os primeiros professores da criança; seu lar, a primeira e mais vital escola”. Os pais transmitem para seus filhos “o treinamento especial para viver e lhes ensinam a satisfação de conversar, ler, raciocinar e explorar o mundo”.

A partir do contexto protegido da família natural, vem também uma família em toda a sua extensão maior. Os parentes que não são os pais e os filhos são acolhidos na vida da família e gerações se ligam num compromisso comum com os pais e as gerações futuras. “Cada geração se enxerga como um elo numa corrente inteira”, relatam os autores, “mediante a qual a família se estende dos séculos passados para os séculos futuros”.

Conforme deixam claro Carlson e Mero, a família natural “abre as portas para uma vida agradável e para a verdadeira felicidade” Em face dos inimigos da família, que rotineiramente criticam a família como uma instituição limitadora que reprime a individualidade, Carlson e Mero entendem que a reciprocidade e generosidade da vida em família, impulsionada e formalizada por obrigações mútuas, solidifica a união da família em experiências e metas partilhadas. “Bondade gera bondade, desenvolvendo um grupo unido trabalhando em amor. Os parentes repartem tudo o que têm, sem esperar nada em troca, só para receber mais do que eles já poderiam ter imaginado”, garante o manifesto.

Por muito tocantes e verdadeiras que sejam essas passagens, esse manifesto é importante pelo fato de que identifica o contexto social maior da vida em família. Carlson e Mero entendem que a família natural é a unidade econômica mais fundamental da civilização. Além disso, eles também compreendem que “a vida política flui de lares em que habitam a família natural”. Mais especificamente, uma vida política justa se forma a partir do contexto da família natural. Conforme eles explicam: “A verdadeira soberania se origina aí. Esses lares são a origem da liberdade com ordem, que é a fonte da real democracia e o terreno certo para o plantio de excelentes qualidades morais”. A vida social pode se estender até as vizinhanças, vilas e unidades maiores, porém tal extensão não substitui a família nem seu valor e importância. Conforme declaram corajosamente os autores desse manifesto: “Os governos existem para proteger as famílias e para encorajar o crescimento e integridade da família”.

Provavelmente, será muito difícil encontrar a última afirmação em livros sobre educação cívica nas escolas públicas, até mesmo naqueles raros distritos escolares em que algo parecido com cívica continua como parte do currículo. O que é mais preocupante é que essa afirmação sofreria oposição direta da elite dominante hoje mobilizada entre faculdades e universidades como revolucionários prontos para arrancar da família suas funções essenciais.

Carlson e Mero compreendem que a família natural agora enfrenta uma crise dramática. Em suas palavras, a família natural “continua sofrendo insultos e ameaças no início do século XXI”. Até que ponto essa situação está ruim? “Os inimigos vêm lançando ataques em todos os aspectos da família natural, desde a união do casamento até o nascimento de filhos na verdadeira democracia de lares livres. Cada vez mais, as famílias apresentam sinais de fraquezas e desordens. Vemos um número cada vez maior de rapazes e moças solitários, rejeitando a plenitude e alegria do casamento, escolhendo em vez disso substitutos baratos ou escolhendo permanecer solteiros, onde eles são presa fácil para o governo, que quer ser tudo na vida deles. Um grande número de crianças está nascendo fora do casamento, terminando sob a custódia desse mesmo governo. Poucas crianças estão nascendo em lares em que os pais estão casados, uma situação que prenuncia que um grave problema na sociedade nos anos seguintes: Diminuição da população jovem e aumento da população idosa”.

O manifesto identifica os revolucionários ideológicos como inimigos da família natural. Conforme declaram os autores: “Alguns filósofos políticos sustentavam que o indivíduo sozinho era a verdadeira célula da sociedade. Eles afirmavam que os laços de família — inclusive entre marido e esposa e entre mãe e filhos — mostravam simplesmente o domínio de uma pessoa egoísta sobre outra. Outros teoristas argumentavam que o indivíduo, sozinho, era realmente oprimido por instituições como a família e a igreja. De acordo com esse ponto de vista, o governo, que se tornava o centro de tudo, era apresentado e defendido como se fosse um suposto agente de liberação”.

Os inimigos ideológicos da família incluem todos aqueles que, qualquer que seja sua motivação, arrancam da família suas funções, reduzem a autoridade dos pais, removem a honra social ligada ao casamento e à família e transferem as funções da família para o governo e sua burocracia que não pára de se expandir. Esses revolucionários sociais incluem as feministas, os defensores do governo como provedor de todas as necessidades humanas, os secularistas e outros revisionistas sociais representados por “avanços” como o “movimento de direitos da criança” e o movimento de “liberação” sexual, principalmente o movimento de direitos homossexuais.

Essas forças ideológicas ganharam muito terreno nas décadas recentes, pressionando mudanças nas leis, nos hábitos sociais, no ambiente de trabalho e na economia do país. O surgimento e rápida aceitação de leis de fácil acesso ao divórcio e a imposição de penalidades sobre o casamento no sistema de taxação de impostos eram evidências tangíveis dos apuros em que se encontrava a família.

Carlson e Mero identificam alguns dos avanços mais prejudiciais como “campanhas conscientes para expulsar o Criador da vida cívica; a propagação rápida da pornografia; novas reivindicações de divórcio fácil; ataques contra o significado da palavra ‘esposa’ e ‘marido’; um aumento na retórica de direitos ‘sexuais’ e direitos de ‘gênero’; campanhas governamentais conscientes com o objetivo de reduzir o tamanho da população; medidas para facilitar o acesso ao aborto; reivindicações de revolução sexual; rejeição dos conceitos de obrigações e compromisso de longa duração, e avanços assustadores na manipulação da vida humana”.

Contudo, por mais prejudiciais que esses avanços tenham sido, a história ainda não acabou. Carlson e Mero merecem crédito por identificarem “o triunfo do industrialismo” como um dos fatores sociais mais importantes por trás do declínio da família. Eles explicam: “Maridos, esposas e até crianças eram atraídos para sair do lar e então organizados em fábricas de acordo com o princípio que regulava onde havia mais necessidade de seu trabalho. Máquinas sem alma minavam a complementaridade natural dos sexos nas tarefas produtivas. Crianças eram deixadas para se virarem sozinhas, pois achava-se que suas famílias não mais guiavam seu futuro. Em vez disso, as crianças agora viam apenas empregadores que eles mal conheciam”.

Essa última descrição tem uma importância especial, principalmente para os conservadores sociais de hoje. Carlson e Mero são conservadores verdadeiros — eles entendem que as incríveis transformações econômicas que mudaram tanto a sociedade humana durantes os dois séculos passados enfraqueceram de modo impressionante a unidade da família. Primeiro, o pai foi removido do lar ou da fazenda a fim de trabalhar num ambiente industrializado. Sem demora, muitas esposas acompanharam, deixando os filhos nas mãos de assistentes do governo ou simplesmente sem nenhuma companhia e supervisão a maior parte do dia. Como conseqüência, o papel da família como a primeira escola e a primeira sociedade foi subvertido pela própria revolução econômica que havia prometido riquezas e oportunidades.

Os conservadores precisam reconhecer que a cultura consumista de hoje cria ameaças diretas à estabilidade e integridade da família. Na busca de bens de consumo, as famílias estão sacrificando tempo, atenção e energia. Quando os casais direcionam sua atenção, tempo e energia para interesses e alvos longe da unidade da família, outros agentes — principalmente o governo — entram em cena. Em seu manifesto, Carlson e Mero fazem muito mais do que só oferecer uma descrição e análise. Eles também oferecem um conjunto de princípios importantes e propõem uma plataforma política para resgatar a família natural.

No final, eles dão uma chamada: “Uma nova tendência está se espalhando no mundo. A essência dessa tendência é a família natural. Convocamos todas as pessoas de boa vontade, cujos corações estão abertos para os estímulos dessa tendência, a se juntarem numa grande campanha. A família natural vem sofrendo muita perseguição, porém aproxima-se o tempo em que a guerra contra as crianças e as agressões à natureza humana acabarão”.

Conforme o entendimento de Carlson e Mero, os inimigos da família natural estão agora na defensiva. Eles podem estar certos. Na verdade, pode ser cedo demais para dizer. Apesar disso, o manifesto que esses autores ofereceram em defesa da família natural exige a atenção de todos os que querem defender a instituição mais essencial da civilização. Esse documento importante veio na hora certa.

O documento em inglês “The Natural Family: A Manifesto” encontra-se disponível através do Centro Howard de Família, Religião e Sociedade. Para mais informações, clique aqui: http://www.crosswalkmail.com/tkklcch_zvbfpana.html

Robin Williams e a polêmica “declaração”


Robin Williams é um dos comediantes americanos mais conhecidos no mundo. Vencedor de um Oscar e detentor de várias indicações, ele transpôs a barreira que separa comediantes dos atores considerados “sérios” e conseguiu ganhar o respeito de publico e critica tanto no drama quanto na comédia.

Além disso, o cara é uma figuraça! Suas entrevistas são sempre divertidíssimas e imprevisíveis. Ele não para a boca um segundo e faz piada com tudo e com todos deixando muitas vezes, os apresentadores sem saber o que fazer diante de tanta verborragia.

Recentemente, uma dessas entrevistas, no programa de David Letterman, causou uma reação enorme aqui no Brasil. Supostamente ele andou insinuando que o Rio de Janeiro só ganhou o direito de hospedar as Olimpíadas de 2016 porque levou “strippers” e cocaína para a comissão do COI.

Quando abri a internet no dia seguinte, tinha uma enxurrada de manchetes em letras garrafais sobre a tal “declaração” de Robin Willims. O prefeito do Rio Eduardo Paes, na elegância que lhe é peculiar, disse que Williams estava com “dor-de-corno” por ter perdido a indicação para o Rio; o comitê organizador das olimpíadas está até cogitando iniciar uma ação legal contra o comediante. Enfim, todos ficaram horrorizados com o tal disparate. Como sou fã de Robin Williams resolvi procurar um video da tal entrevista, pra tirar essa estória à limpo.

Na verdade, a tal “Declaração” não durou nem 30 segundos, e foi na verdade uma piada logo no começo da entrevista. Enquanto Robin entrava no palco, fez uma brincadeira com David Letterman, o comparando a Oprah Winfrey (ícone da televisão Americana), e emendou, “por sinal espero que Oprah não esteja muito triste com a perda das olimpíadas para o Rio de Janeiro; mas, também, enquanto Chicago mandou Oprah e Michelle Obama, o Rio mandou 50 dançarinas e um quilo de pó… assim não é justo!” e só. Ninguém falou mais nada sobre olimpíadas ou Rio de Janeiro depois disso.

Em primeiro lugar, quem achou que a piada de Williams foi uma “declaração”, merece um “chapéu de burro”. E quem levou à sério o que ele disse, merece ser internado em um hospício. Visivelmente o que ele fez foi uma piada, uma chacota, algo para quebrar o gelo e fazer rir. E convenhamos foi engraçado mesmo. E ninguém notou, mas a piada faz mais gozação com a Oprah e a Michelle Obama do que com o Rio!

A reação do prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi mais que ridícula, foi “ritrícula”,como diria minha mãe. Ou ele não fala nada de inglês, ou está muitíssimo mal assessorado, ou ambos. Vir à publico para se pronunciar sobre uma bobagem como esta é absolutamente patético. Ô, seu Eduardo, o senhor não tem nada mais importante pra fazer, não? Está achando que o Rio já está pronto para as olimpíadas, que a criminalidade acabou, que não existem mais favelas? Vá fazer o seu trabalho e deixe os comediantes em paz.

Acho engraçado como nós brasileiros nos doemos com certas coisas, mas não temos o menor pudor de fazer o mesmo ou muito pior com outros povos. Vocês já imaginaram se os Estados Unidos fosse se incomodar e protestar toda vez que o pessoal do Pânico ou do Casseta fizesse uma gozação com o George Bush? Ou se o governo Português fizesse uma declaração pública toda vez que o Jô Soares contasse uma piada de português? Ou mesmo se o presidente do Paraguai criasse um episódio diplomático toda vez que o pessoal do CQC tirasse onda da qualidade dos produtos daquele país? Ora, seu Eduardo Paes, me poupe…

Robin Williams na mesma entrevista fez piadas com irlandeses, escoceses, com o ator Tom Cruise, com o sotaque de americanos da região norte, e até mesmo com a cirurgia cardíaca a que se submeteu recentemente! Ele é uma metralhadora giratória que faz graça com qualquer tema sem limites, meios-termos ou censura, como, aliás, fazem todos os bons comediantes. Respeito quem acha que ele passou dos limites, embora não concorde, mas transformar uma piada em “declaração” é algo absurdo e descabido.

Para quem não sabia, Robin Williams adora o Brasil, tem vários amigos brasileiros e até fala um pouquinho de português. Certamente ele não está nem um pouco preocupado por Chicago ter perdido a nomeação, e é capaz até que venha para o Rio em 2016, quem sabe… agora só falta aparecer algum carioca xiita propondo um boicote aos seu filme mais recente, o que seria outra idiotice.

Um abraço,

Fonte: Folha Gospel Notícias

Igreja Anglicana reacende polêmica ao eleger bispa abertamente gay

A Igreja Anglicana na cidade americana de Los Angeles reacendeu neste domingo uma enorme polêmica ao eleger Mary Glasspool, que será o segundo bispo abertamente gay da igreja em todo o mundo.

A reverenda Mary Glasspool, de Baltimore, foi eleita bispa assistente, mas ainda precisa que a maioria da Igreja Episcopal nacional apóie a escolha.

Há seis anos, a eleição do primeiro bispo abertamente gay, Gene Robinson, de New Hampshire, causou enormes divisões entre os clérigos e fiéis.

Glasspool, de 55 anos, atuou como cânone da Diocese de Maryland por oito anos.

Em um comunicado divulgado após a eleição, ela disse que “qualquer grupo de pessoas que tenha sido oprimido por causa de qualquer elemento isolado de sua personalidade clama por justiça e direitos iguais”.

Divisões

Os conservadores já expressaram sua oposição à escolha da bispa.

Eles insistem que a Bíblia rejeita o homossexualismo, enquanto os mais liberais dizem que o livro deve ser reinterpretado sob a luz do conhecimento contemporâneo.

Na época da escolha do primeiro bispo gay, a briga levou à formação de um movimento alternativo conservador nos Estados Unidos, a Igreja Anglicana da América do Norte.

O chefe da comunidade anglicana mundial, o Arcebispo da Cantuária, Rowan Williams, está sob pressão para reconhecer o movimento.

O correspondente da BBC para assuntos religiosos, Chris Landau, disse que a eleição de Glasspool é mais uma evidência das divisões da Igreja em relação à questão da homossexualidade.

Segundo ele, para muitos fiéis nos Estados Unidos, a eleição de bispos abertamente gays é simplesmente um reflexo da diversidade que vem sendo defendida pela Igreja Anglicana há muito tempo.

A Igreja Anglicana possui 77 milhões de fiéis em todo o mundo.

Fonte: BBC Brasil

NATAL 2009 - ESPALHE ESSA IDÉIA

NATAL 2009
espalhe esta idéia....


Para o Natal 2009 , que tal fazer algo diferente? Sim ... Natal ... daqui a pouco ele chega .Que tal ir a uma agência dos Correios e pegar uma das 17 milhões de cartinhas de crianças pobres e ser o Papai ou Mamãe Noel delas?
Há a informação de que tem pedidos inacreditáveis. Tem criança pedindo um panetone, uma blusa de frio para a avó...É uma idéia. É só pegar a carta e entregar o presente numa agência do correio até dia 20 de Dezembro. O próprio correio se encarrega de fazer a entrega..

Minha sugestão: faça um projeto em sua igreja, peça aos correios as cartas das crianças próximas a sua igreja e leve-as com suas famílias para celebrar o natal em sua igreja.

Se não for possível pegue as cartas e mande 01 presente, livretos bíblicos, 01 bíblia ,etc.

Use essa oportunidade para apresentar o verdadeiro sentido do natal e o aniversariante.


Wanderley Almeida
Missionário e Capelão Evangélico
Coordenador do Projeto Boas Novas
Anunciando a Jesus Até Que Ele Venha

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A derrota secreta de Arruda


A Soberana Assembléia da maçonaria aceita pedido de expulsão de governador devido ao escândalo de corrupção


O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, enfrenta ameaças bastante claras e públicas. Apontado por um ex-colaborador como chefe de um esquema de corrupção, nos próximos dias ele pode ser expulso de seu partido, o DEM. Arruda também pode sofrer um processo de impeachment na Câmara Distrital – apesar de essa possibilidade ser menor. Longe do domínio público, Arruda enfrenta também uma ameaça discreta, mas não menos danosa para sua carreira política. Na noite da quarta-feira (2), cerca de 40 integrantes da Soberana Assembleia Federal Legislativa da Maçonaria se reuniram em Brasília para discutir a situação de Arruda. A assembleia é uma espécie de Congresso Nacional da organização, da qual Arruda participa com o grau de “mestre”. Um dos integrantes da assembleia fez um pedido de expulsão de Arruda. A decisão  sairá em 15 dias, sem possibilidade de recurso. 
A maçonaria é uma organização internacional formada exclusivamente por homens. Entre seus objetivos está “construir uma sociedade humana, fundada no Amor Fraternal, na esperança com amor a Deus, à Pátria, à Família e ao Próximo, com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade”. Em tese, antes de entrar para a maçonaria, qualquer um passa por uma espécie de investigação para atestar sua honestidade. Os preceitos da maçonaria envolvem hierarquia rígida e um forte simbolismo. Dentro da hierarquia, a ascensão de Arruda é considerada meteórica. Em apenas um ano, ele partiu de "aprendiz", grau mais baixo da organização, passou por "companheiro", grau intermediário, e chegou a "mestre", posição que goza de prestígio e interfere nas decisões mais importantes da maçonaria. “A evolução geralmente leva três anos. Essa rapidez foi objeto de contestação”, afirma um maçom. De acordo com as regras, os maçons não podem se identificar ou dizer quem é maçom. Também não podem cometer deslizes éticos.



Arruda pode ser expulso da maçonaria pelos mesmos motivos que podem tirá-lo do DEM. O principal é o vídeo em que ele aparece pegando R$ 50 mil com o ex-secretário Durval Barbosa. Os maçons consideram inaceitável que um membro da organização protagonize a cena. Além das evidências de corrupção, a situação de Arruda é delicada porque sua relação com a maçonaria é turbulenta. Depois de muito tempo afastado, Arruda voltou ao convívio da comunidade em 2006, antes da campanha para governador. Arruda esteve no Aerópago de Brasília e repetiu o discurso de cinco anos antes, quando foi flagrado por ter violado o painel de votação do Senado. Declarou-se arrependido dos erros e prometeu que, se eleito, faria um governo voltado para “o povo”. Deu certo. Muitos “irmãos”, como os maçons se tratam, se engajaram na campanha de Arruda, inclusive com contribuições financeiras. “O pessoal está se sentindo enganado”, diz um maçom.
Apesar da discrição da reunião do dia 2 e dos efeitos jurídicos nulos, a eventual expulsão da maçonaria não é um fato a ser desprezado. Os maçons formam uma rede de amizades que foi bastante útil a Arruda para voltar ao poder. Depois de eleito, Arruda colocou em seu governo alguns companheiros de maçonaria. Entidades ligadas aos maçons também foram favorecidas em contratos com o governo do Distrito Federal. Uma delas é Fundação Gonçalves Ledo que, sem participar de licitação pública, receberá mais de R$ 20 milhões para conduzir programas geridos pela Secretaria de Ciência e Tecnologia. Uma pessoa ouvida por ÉPOCA disse que um dos defensores de Arruda é o grão-mestre do Distrito Federal, Jafé Torres. “Não confirmo nem desminto nada. Se alguém falou sobre alguma sessão, tem de ser punido. Isso é um dogma”, diz Torres.